Significado de Levítico 2

Levítico 2

Levítico 2 detalha as instruções para as ofertas de cereais ou ofertas de alimentos que eram apresentadas ao Senhor. 

As ofertas de cereais poderiam ser feitas de várias maneiras, incluindo farinha de trigo, farinha de cevada ou grãos torrados. Elas eram consideradas ofertas voluntárias de adoração ao Senhor.

Deus instrui Moisés a garantir que as ofertas de cereais não contenham fermento nem mel. Isso simboliza a pureza e a separação dos elementos impuros, e ressalta a santidade das ofertas apresentadas a Deus.

As ofertas de cereais devem ser misturadas com óleo e sal como um símbolo de aliança e preservação. Isso representa a riqueza e a bênção da aliança com Deus, bem como a aceitação e a eternidade da comunhão com Ele.

As ofertas de cereais são preparadas em uma forma específica e então queimadas no altar como uma oferta de aroma agradável ao Senhor. A fumaça da oferta é vista como um símbolo de aceitação divina e uma expressão de adoração.

O capítulo descreve diferentes tipos de ofertas de cereais, incluindo ofertas assadas no forno, ofertas feitas em uma chapa ou frigideira, e ofertas mistas de grãos e óleo.

Em resumo, Levítico 2 estabelece os procedimentos e requisitos para as ofertas de cereais apresentadas ao Senhor, destacando a importância da pureza, da santidade e da adoração voluntária na comunhão com Deus.

Comentário de Levítico 2

Levítico 2:1-16 Este capítulo define os procedimentos para a oferta de manjares e diz o que era ou não aceito. As ofertas de animais vivos enfatizavam o aspecto da substituição na adoração sacrificial de Israel: a vida do animal era trocada pela vida do ofertante. A oferta de manjares dizia respeito à dependência de Israel em relação a Deus para sua sobrevivência. O pão era, tanto antes como agora, o sustento da vida. Apresentar uma oferta do alimento diário mais importante indicava agradecimento a Deus pela provisão. Também expressava a confiança do povo em que o Senhor continuaria a providenciá-la.

Levítico 2:1 Alguma pessoa (hb. nephesh, geralmente traduzido como alma) é um termo inclusivo que enfatiza que o homem e a mulher, israelitas nativos ou convertidos, poderiam levar a Deus uma oferta (Lv 1.2). Esta consistia na melhor farinha, flor de farinha, feita de grãos de qualidade superior e livre de impurezas. Ela era própria para a mesa do rei (1 Rs 4-22; Ez 16.13) e servia aos mais honrados visitantes (Gn 18.6). Como no sacrifício dos animais, a oferta deveria ser o melhor que o adorador possuísse. O azeite de oliva, um produto importante na Terra Prometida, era fundamental na dieta das pessoas e era um símbolo proeminente de bênção e prosperidade, não apenas em Israel, mas em toda a área do Mediterrâneo. O incenso, de um tipo especial e caro de especiaria, provinha do sul da Arábia e do leste da África. Sua fragrância e seu valor engrandeciam a oferta. Visto que era um artigo de luxo, o incenso deveria ser comprado com dinheiro. Ao incluir o incenso nesta oferta, a prosperidade do israelita se tornava parte do que ele ou ela oferecia a Deus.

Levítico 2:2 O punhado da oferta queimado no altar incluía todo o seu incenso. Isso ajudava a fazer com que ela fosse de cheiro suave ao Senhor. [O incenso simboliza as orações dos santos que sobem até o trono de Deus (Ap 5.8; 8.3, 4).]

Levítico 2:3 Grande parte do alimento diário dos sacerdotes derivava das ofertas de manjares, por isso foi dito que o excedente seria de Arão e de seus filhos, coisa santíssima. Somente os sacerdotes consagrados podiam comer as ofertas e apenas no tabernáculo (Lv 6.16). O que é santo deve ser usado em um lugar santo, por pessoas santas e de maneira santa.

Levítico 2:4-7 Estes versículos listam três tipos de ofertas de manjares cozidas: (1) cozidas no fomo, (2) cozidas na caçoula, isto é, num utensílio de louça ou metal, e (3) da sertã, ou seja, cozidas numa panela. Todas deveriam ser preparadas com a mais fina farinha e misturadas com o azeite. Visto que a maioria dessas ofertas era consumida pelos sacerdotes, o incenso era deixado de fora, pois se espalharia nos pães e bolos se cozido dentro destes.

Levítico 2:8-10 A apresentação das ofertas cozidas, feita pelos sacerdotes no altar, era essencialmente a mesma para as ofertas não cozidas.

Levítico 2:9 O termo memorial (hb. 'azkaratah, derivado do verbo zakar, que quer dizer relembrar) aparece três vezes nas descrições das ofertas de manjares (Lv 2:2, 9, 16). Isso demonstra que o adorador se recordava do caráter gracioso e da generosidade de Deus, principalmente de como o Senhor se havia lembrado dele e o abençoado.

Levítico 2:10, 11 A proibição de preparar com fermento os alimentos que eram queimados no altar pode ter sido baseada no mesmo princípio que não permitia a ingestão do sangue dos animais. Do mesmo modo que o sangue é a vida dos animais, o fermento contribui para que os alimentos derivados dos vegetais cresçam.

Levítico 2:12 Uma oferta distinta das primícias da colheita é descrita posteriormente (Lv 23.9-21).

Levítico 2:13 O sal do concerto do teu Deus era usado em toda oferta de manjares (o sal como símbolo da aliança também era conhecido entre os gregos e os árabes). Cada oferta consistia na lembrança do concerto que Deus fez com Israel no monte Sinai e das obrigações e privilégios do adorador quanto a permanecer fiel ao Senhor e à Sua aliança. É provável que Jesus tivesse em mente a aliança quando disse a Seus seguidores: vós sois o sal da terra (Mt 5.13).

Levítico 2:14-16 Esta oferta de manjares era preparada e oferecida no altar da mesma forma que as comentadas anteriormente. Assim como estas tinham de ser preparadas com a melhor farinha, a oferta descrita nestes versículos deveria proceder da primeira colheita de grãos, isto é, das primícias. Sendo assim, observamos a reafirmação do princípio de que apenas o melhor dentre as posses de uma pessoa era bom o bastante para ser oferecido a Deus.

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