Significado de Levítico 27

Levítico 27

27:1-34 Este capítulo comenta os votos e os resgates. As pessoas fazem votos ao Senhor por muitas razões. A maioria são promessas de dar algo a Deus, tanto um bem como um serviço. Em qualquer situação, pode haver ou não uma razão válida para que o voto não deva (ou não possa) ser mantido como foi declarado. Assim, o resgate do que fora prometido se torna possível, e talvez necessário. Este capítulo pode parecer estranhamente localizado. Ele fala de resgate, e, como acontece em todo o livro de Levítico, diz respeito à vivência santa das pessoas. Assim, o autor considerou que este assunto se adequaria à conclusão do livro. O voto é a palavra falada. Tiago disse que qualquer pessoa que pudesse controlar sua língua teria o controle de todo o corpo (Tg 3.2). O exame cuidadoso dos votos e de suas próprias disposições ajuda as pessoas a manter o viver santo do resgatado constantemente à vista.

27:1-8 Apesar de todas as pessoas poderem dedicar-se e dedicar seus filhos (1 Sm 1.11, 22) ao Senhor, apenas os levitas tinham o consentimento de servir a Deus como sacerdotes. Por esta razão, os indivíduos consagrados para o culto a Deus deveriam ser resgatados. O fator principal ao determinar o valor do resgate estava relacionado à força física. A um homem era atribuída uma quantia maior do que a uma mulher, porque ele podia fazer trabalhos mais pesados. A idade também era um determinante. Ao resgatar por certo preço a pessoa dedicada ao santuário, o israelita pagava o valor da oferta pela qual fez o voto.

27:8 Uma pessoa poderia dedicar a si mesma como oferta a Deus e ir resgatar o voto, visto que ela própria não poderia servir no santuário, apenas para que o sacerdote constatasse que ela era mais pobre do que a avaliação dele. Naquele tempo, 50 siclos (v. 3) de prata representavam aproximadamente as economias de quatro anos [cerca de 600 gramas de prata (NVI)]. Neste caso, o sacerdote estabelecia um valor conforme o que [alcançasse] a mão do que fez o voto.

27:9, 10 Votos imprudentes e irrefletidos eram desencorajados. Se alguém fizesse o voto ou levasse o animal puro para o sacrifício e depois se arrependesse da decisão, o animal não poderia ser substituído.

27:11-13 Os animais imundos não podiam ser sacrificados. Por essa razão o sacerdote estabelecia um valor para cada animal desse tipo levado ao santuário como oferta, e o templo recebia esse valor.

27:14, 15 Os sacerdotes também estabeleciam um valor para a casa dada como cumprimento de um voto. Obviamente, estes servos de Deus deveriam ter conhecimento dos muitos tipos de transações comerciais. Uma casa em uma cidade murada poderia ser dedicada a Deus se não fizesse parte da herança que teria de ficar na família perpetuamente (Lv 25.29, 30).

27:16-25 A terra poderia ser consagrada ao Senhor. Se fizesse parte da herança da família, seria resgatada antes do Jubileu. O preço exigido por uma parte dela, um gômer [medida de os e capacidade para secos equivalente a 200 a 400 litros] de semente de cevada para plantar, era 50 siclos de prata. Durante os 49 anos do período entre Jubileus, o preço para resgatar a parcela do campo correspondia a aproximadamente um siclo por ano [cada siclo corresponde a cerca de 12 gramas de prata], o custo anual das sementes. Um indivíduo era encorajado a resgatar a terra o mais rápido que pudesse, a fim de que a família não ficasse desprovida de seu sustento. Os sacerdotes e os levitas não teriam tido tempo de trabalhar na terra dedicada ao santuário. Aparentemente, a pessoa que a consagrou continuava trabalhando nela, talvez pagando o gômer de semente de cevada cada ano para resgatá-la, embora o texto não mencione tal ajuste. Consagrar a terra ao santuário, e então vendê-la (arrendá-la) a outra pessoa até o Jubileu seguinte, provavelmente indicava uma tentativa de obter algum lucro do que foi consagrado. Isso resultava na perda do direito de resgatá-la no Ano do Jubileu.

27:22-25 A terra consagrada que não fazia parte da herança da família, mas que tinha sido comprada de outra pessoa, era resgatável antes do Jubileu sob os mesmos termos da terra que pertencia à herança da família. Entretanto, se não fosse resgatada, era revertida ao dono original no Ano do Jubileu.

27:26, 27 As primeiras crias dos animais não podiam ser consagradas a Deus, visto que já pertenciam a Ele (Ex 13.2). Uma pessoa não poderia cumprir um voto com a primeira cria dos animais, esperando receber crédito duplo de Deus por um único sacrifício. Animais puros não podiam ser resgatados; tinham de ser sacrificados. Animais impuros não podiam ser sacrificados, e tinham de ser resgatados com dinheiro.

27:28, 29 Consagrar um bem a Deus era um ato mais valioso do que dedicá-lo. Nada que fosse consagrado poderia ser resgatado. Toda coisa consagrada do homem certamente [morreria]. Nenhum cidadão comum possuía o poder de consagrar-se ou consagrar outra pessoa para a destruição.

27:30, 31 Para uma pessoa que vivia distante do santuário, era mais fácil resgatar os dízimos de sua colheita do que levá-los ao santuário.

27:32, 33 Os dízimos do rebanho eram contados e inspecionados quando passavam debaixo da vara do pastor. Cada ano, os animais nascidos eram computados dessa forma. Todo décimo animal fazia parte do dízimo que pertencia a Deus. Não era permitido que o dono ordenasse os animais de tal forma que o décimo fosse um animal pequeno, fraco ou doente, tampouco poderia substituir um ruim por um melhor.

27:34 Embora essas regras tenham sido estabelecidas para um povo antigo, com outra cultura, e não se adequem ao cristão moderno em muitos detalhes, o livro de Levítico tem muito a ensinar ao seguidor de Cristo. O viver santo deve ser nosso objetivo principal, porque fomos resgatados pelo sangue de Cristo, que é infinitamente mais precioso do que o sangue de qualquer animal sacrifical.

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