Significado de Levítico 12
Levítico 12
Levítico 12 trata da purificação após o parto, tanto para a mãe quanto para a criança.
Após dar à luz, uma mulher israelita fica impura por um período específico de tempo. Se ela der à luz um menino, ficará impura por sete dias, e durante esse tempo, qualquer pessoa que a toque também ficará impura até a noite.
Após o período de impureza, a mulher deve trazer uma oferta de purificação ao sacerdote no Tabernáculo. A oferta consiste em um cordeiro de um ano como holocausto e um pombinho ou uma rola como oferta pelo pecado.
Se a mulher der à luz uma menina, sua impureza será dobrada, durando quatorze dias. As instruções e ofertas de purificação para uma menina são as mesmas que para um menino.
A purificação após o parto enfatiza a importância da pureza ritual no contexto da vida cotidiana dos israelitas. Essas práticas ajudavam a manter a santidade do povo de Deus e a preservar a comunhão com Ele.
O capítulo conclui ressaltando que tanto a mãe quanto o bebê devem cumprir as leis de purificação estabelecidas por Deus. O não cumprimento dessas leis resultaria em impureza e separação do restante da comunidade.
Em resumo, Levítico 12 trata da purificação ritual após o parto, delineando os períodos de impureza para a mãe e estabelecendo as ofertas necessárias para a purificação perante o Senhor. Essas práticas demonstram a importância da pureza e da obediência às leis de Deus na vida do povo de Israel.
Levítico 12:1, 2 O filho não fazia com que a mãe ficasse imunda. Deus ordenou e abençoou a gravidez desde o começo, antes mesmo do pecado no jardim do Éden (Gn 1.28). Entretanto, o sangue e os fluidos do parto faziam com que a genitora ficasse ritualmente imunda por certo período, da mesma forma que outras substâncias corporais contaminavam as pessoas (cap. 15). Tal estado não era necessariamente um julga mento ou uma punição à moral daquela que deu à luz. Os sete dias de imundice relativos ao nasci mento de um filho homem correspondiam ao mesmo intervalo de tempo da impureza do período menstrual da mulher (Lv 15.19-24). Comentário de Levítico 12
Levítico 12:3 Pesquisas médicas recentes concluíram que o oitavo dia de nascido é o melhor dia para fazer a circuncisão. Antes desta data o sangue do recém-nascido não coagula tão bem, e, após, a sensibilidade à dor se tom a muito maior. A circuncisão também era praticada por povos como os amonitas, moabitas e edomitas. Entre tanto, para o povo de Israel simbolizava a aliança de Deus com Abraão (Gn 17.9-14). O fato de este símbolo envolver o órgão reprodutivo masculino era um lembrete de que Deus prometeu a Abraão muitos descendentes.
Levítico 12:4 O oitavo dia também marcava o fim da impureza materna com relação às atividades diárias e aos objetos comuns. A mulher não mais os contaminaria ao tocá-los. Mas a impureza pessoal continuaria por mais trinta e três dias. Tal período corresponde ao resguardo. Após sete dias, a maior parte das secreções já cessou, mas alguns sinais sutis ainda podem perdurar por até seis semanas. A expressão no sangue da sua purificação nos lembra disso. O sangue é o condutor da vida no corpo e o agente de limpeza do pecado, tanto no sistema de sacrifícios do Antigo Testamento quanto no sacrifício de Jesus Cristo. Ao mesmo tempo, o sangue pode ser uma fonte de contaminação e morte em algumas situações, e também se não for usado de maneira apropriada.
Levítico 12:5 O nascimento de uma menina dobrava o período de impureza ritual. Entretanto, nenhuma razão é dada para isso.
Levítico 12:6 Os sacrifícios exigidos eram os mesmos para um filho ou uma filha, mostrando que Deus colocava em patamares iguais ambos os sexos, e pretendia que Seu povo fizesse o mesmo. O holocausto (cap. 1) e a oferta pelo pecado (cap. 4) eram duas das cinco ofertas regulares que os israelitas tinham sido instruídos a levar perante Deus. Após o nascimento de uma criança, tais sacrifícios ficavam a cargo da mãe, apesar de o pai normalmente acompanhá-la (Lc 2.22-24). O fato de a mãe ter de oferecer os sacrifícios por ela mesma nos mostra que as mulheres eram bastante participativas na adoração de Israel. Vale lembrar que os animais levados para expiação do pecado, um pombinho ou uma rola, eram as ofertas de menor custo. Os pobres podiam levar tais aves quando não tinham condições de ofertar um cordeiro (Lv 5.7).
Levítico 12:7 Neste versículo, a repetição da expressão varão ou fêmea enfatiza o mesmo grau de importância de ambos os sexos.
Levítico 12:8 A sentença se a sua mão não alcançar assaz para um cordeiro significa literalmente se ela não tiver o suficiente em suas mãos para ofertar um cordeiro. Comprar um animal para oferecer em sacrifício era, provavelmente, tão comum quanto criar um para o mesmo fim. Dois pontos enfatizados por este trecho são: (1) as pessoas pobres não eram excluídas da participação nos sacrifícios do povo em razão da sua falta de recursos, e (2) os desprovidos não eram dispensados da ativa participação por causa de sua pobreza. Maria, após o nascimento de Jesus e os dias para sua purificação, foi ao templo em Jerusalém seguindo essas normas (Lc 2:22-24) Sua oferta foi duas aves. José e Maria eram muito pobres, e os magos não os tinham visitado ainda, levando os valiosos presentes para o Rei que acabara de nascer.
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