Levítico 7 — Explicação das Escrituras

Levítico 7 — Explicação das Escrituras

Levítico 7 — Explicação das Escrituras


Levítico 7

7.11-21 Havia três tipos de ofertas pacíficas: 1) As ofertas de ações de graça, que eram feitas para relembrar com gratidão as misericórdias alcançadas; 2) As ofertas votivas, promessas feitas no sentido de trazer uma oferta, se certa aspiração fosse atendida; 3) Ofertas voluntárias, que se distinguiam das votivas por não haver uma promessa anterior, e das de ações de graça, por não se referirem a alguma bênção específica alcançada; o primeiro tipo devia ser comido pelo ofertante e pelos seus amigos no mesmo dia no qual foi oferecido, mas os outros dois tipos não tinham o mesmo grau de santidade, e podiam ser comidos até no dia seguinte.
7.12 Obreias. Heb rãqiq, um bolo de forma feito de uma camada fina, 2.4; 8.26; Êx 29.2, 23; Nm 6.15, 19. Bolos. Heb hallah, pães que se perfuravam em cima, na hora de assar. A palavra vem da raiz hãlal, “furar”. O seu peso era de 3,5 kg (duas dízimas de uma efa, 24.5).
7.13 Levedado. A levedura (um resto de massa apodrecida), se usava comumente nas festas sociais, e era permitida nas ofertas de ações de graça, sendo que estas eram a expressão espontânea da dedicação de vidas que nunca eram totalmente isentas de pecados e males. A presença desta levedura, símbolo da impureza, nos ajuda a entender que tudo o que se come é santificado pela Palavra de Deus e pela oração (1 Tm 4.4-5, 1 Co 10.23, 30), e não pela sua pureza cerimonial intrínseca (At 11.1-18). Não é a comida que entra pela boca que contamina o homem, Mt 15.11. Esses bolos de pães levedados, que acompanhavam a oferta pacífica, não eram os mesmos da oferta de manjares, os quais eram sem levedura.(asmos), e se ofereciam no altar.
7.14 Um de cada tipo de obreia, bolo e pão era a porção dos sacerdotes.
7.15 Se comerá. É claro que qualquer animal grande, seja um bezerro, um novilho ou um cordeiro (3.1, 7), não poderia ser comido dentro de um ou respectivamente dois dias, somente pelo ofertante ou por alguns sacerdotes que o ajudavam, segundo a exigência da Lei, 15-18. Vê-se claramente que uma parte do sentido da festa religiosa seria que o ofertante participasse do sacrifício com seus amigos, ou também com estranhos pobres e necessitados, e assim a generosidade, a caridade e o cuidado dos aflitos, fariam parte da festa, para completar uma verdadeira ceia sacrificial, de bom agrado para Deus e para os homens.
7.26 Não comereis sangue. Desde que o derramamento de sangue representava perda de vida (Gn 9.4), e que o sangue assim derramado era usado somente para a expiação, nunca se podia comer ou beber. Esta proibição se referia somente ao uso do sangue como alimento, e não deve ser considerada uma lei contra a transfusão do sangue, o que é uma operação médica para salvar vidas. Se queremos atribuir-lhe algum sentido espiritual, seria apenas o de ilustrar a santidade do sangue de Cristo, derramado em nosso favor para que tenhamos a plenitude da vida mediante Seu sacrifício supremo.
7.30 Oferta movida. Em primeiro lugar, o sacrifício era “movido”, ou abanado na direção do altar de bronze, simbolizando assim que estava sendo oferecido ao Senhor, e depois era movido em direção contrária para indicar que estava sendo devolvido aos sacerdotes para os alimentar pelos seus serviços. Depois disto, a gordura da oferta pacífica era queimada como oferta ao Senhor, a coxa direita ou a espádua com o peito eram comidos pelos sacerdotes, e o que restava era comido pelos fiéis, Êx 29.26n.

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