ABOLIR e ABOLIÇÃO — Enciclopédia Bíblica Online

ABOLIR/ABOLIÇÃO

Na Bíblia, o conceito de “abolir” e “abolição” é multifacetado e se desenvolve lexical e teologicamente ao longo das Escrituras. No Antigo Testamento hebraico, ele é expresso por duas raízes principais: ḥāthath (חתת), que raramente pode significar “abolir”, mas cujo uso majoritário se refere a estados emocionais de desânimo, terror ou colapso moral diante de uma ameaça, sendo muitas vezes traduzida por “espantar-se”, “quebrar-se” ou “ficar aterrorizado”, e māḥāh (מָחָה), que significa “apagar” ou “limpar”, usada pontualmente em contextos de erradicação deliberada, como a destruição dos altares idólatras. Em Isaías 51:6, por exemplo, a permanência da justiça divina (“lōʾ-tēḥāt”) é contrastada com a vulnerabilidade do homem, e o verbo transmite, em contexto teológico, a ideia de que aquilo que pertence a Deus jamais poderá ser quebrado ou anulado. No Novo Testamento, a noção de abolição é quase exclusivamente vinculada ao verbo grego katargeō (καταργέω), que não significa destruir ontologicamente, mas tornar algo inativo, sem efeito funcional. Com origem nos termos katá (para baixo) e argós (inativo), katargeō designa a neutralização de uma função ou domínio: a incredulidade não torna a fidelidade de Deus inoperante (Rm 3:3), a fé não anula a lei (Rm 3:31), e a cruz não é abolida pela circuncisão (Gl 5:11), mas sim torna inoperantes tanto o pecado quanto a morte (Rm 6:6; 1Co 15:26; 2Tm 1:10). Essa “abolição” se manifesta como perda de eficácia daquilo que antes dominava — o velho homem, a lei cerimonial, a morte, o poder do diabo. Os dons espirituais também serão “abolidos” (katargēthēsontai) no sentido de deixarem de ter função na era da perfeição (1Co 13). Em suma, a abolição bíblica não implica destruição literal, mas sim neutralização de função, perda de autoridade ou cessação de vigência. Em Cristo, tudo o que antes escravizava — pecado, morte, lei, inimizade — é vencido não por aniquilação, mas por esvaziamento de poder.

Significado original hebraico e grego de "abolir" e "abolição" na Bíblia

II. Uso no Antigo Testamento

No texto massorético do Antigo Testamento, a ideia de abolição é expressa principalmente por duas raízes verbais com nuances distintas. A primeira, e de longe a mais complexa em sua aplicação, é חתת (ḥāthath), uma raiz primitiva que ocorre aproximadamente 48 vezes. Para compreender como ela pode, em um contexto raro e específico, significar “abolir”, é imperativo primeiro examinar o espectro completo de seu significado em todas as suas ocorrências, que majoritariamente se afastam do conceito de abolição.

A aplicação mais comum de ḥāthath, cobrindo um grande número de passagens, denota um estado de quebra de moral, medo paralisante ou desânimo. Neste sentido, o verbo é frequentemente usado em exortações divinas para infundir coragem. É o caso em Deuteronômio 1:21 e 31:8, Josué 1:9, 8:1 e 10:25, 1 Crônicas 22:13 e 28:20, e 2 Crônicas 20:15, 17 e 32:7, onde líderes e o povo de Israel são repetidamente ordenados a “não temer” (ʾal-tēḥāt) ou “não se espantar/desanimar”. O mesmo sentido se aplica ao encorajamento divino aos profetas, como em Jeremias 1:17 e em Ezequiel 2:6 e 3:9, onde lhes é dito para não se quebrarem ou se aterrorizarem diante de seus oponentes. Este significado de medo e desânimo também é encontrado na reação das nações: em Isaías 20:5, elas “se assombrarão” e “se envergonharão”; e em Isaías 31:9, seus príncipes “se espantarão” da bandeira de Judá. Em Jeremias 10:2, o povo é advertido a não “se espantar” com os sinais dos céus, como fazem as nações pagãs. Nas promessas de restauração, Deus assegura a Israel que não haverá mais motivo para este tipo de medo, como em Jeremias 23:4, 30:10 e 46:27.

Uma segunda nuance, intimamente ligada à primeira, refere-se ao terror e à consternação resultantes de um juízo, aflição ou de uma força esmagadora. Em 1 Samuel 17:11, Saul e todo o Israel “se pasmaram” e “temeram” ao ouvir as palavras de Golias. Os inimigos de Israel são descritos como “espantados” e confusos em 2 Reis 19:26 e no seu paralelo, Isaías 37:27. Em Jeremias 8:9, os sábios da Judeia são “espantados” pelo juízo iminente. A terra de Judá “se fendeu” (ou “se desanimou”) por falta de chuva em Jeremias 14:4. No lamento de Jeremias 17:18, o profeta pede a Deus que seus perseguidores sejam “aterrorizados” (yēḥattū), mas não ele. No juízo contra Moabe, seus habitantes “se espantam” em Jeremias 48:1 e são chamados a lamentar em 48:20. No juízo sobre Elão, Deus promete “aterrorizá-los” diante de seus inimigos em Jeremias 49:37. Em Obadias 1:9, os valentes de Temã “se espantarão” na destruição de Edom. Nos salmos de Jó, o patriarca descreve como Deus o “aterroriza” com sonhos em Jó 7:14, como ele não sentia “pavor” da multidão em Jó 31:34, e como seus amigos, ao vê-lo, “se calaram espantados” em Jó 32:15.

Uma terceira nuance de ḥāthath move-se do campo emocional para um sentido mais próximo de “ser quebrado”, “ser estilhaçado” ou “ser desfeito” em poder. Em 1 Samuel 2:10, os adversários do Senhor serão “feitos em pedaços” (yēḥattū). Em Isaías 9:4, o jugo do opressor “foi quebrado”. Em Isaías 30:31, a Assíria “será feita em pedaços” pela voz do Senhor. Em Jeremias 48:39, lamenta-se como Moabe está “quebrantado”. No oráculo contra a Babilônia, seus valentes são “quebrantados” em Jeremias 50:36, e o próprio deus Bel está “espantado” (ou quebrado) em 50:2. A destruição da Babilônia é descrita como um martelo que é “feito em pedaços” em Jeremias 51:56. Em Habacuque 2:17, a violência feita ao Líbano “te cobrirá de pavor” (ou “te quebrantará”).

Existem também usos singulares. Em Jó 39:22, o cavalo de guerra “ri-se do temor, e não se espanta”. Em Isaías 31:4, o Senhor “não se espanta” com a multidão de pastores, mostrando Sua impassibilidade. E em Malaquias 2:5, Levi “temeu” o nome de Deus, um uso positivo do verbo que indica reverência e assombro.

Somente após percorrer todo esse espectro de significados é que podemos analisar o uso teológico da palavra em Isaías 51:6–7. No versículo 6, ao proclamar “a minha justiça não será abolida” (לֹא־תֵחָת, lōʾ-tēḥāt), e no versículo 7, ao exortar seu povo a “não temer” o opróbrio dos homens nem “se desanimar” com suas afrontas, o profeta usa a mesma raiz. A justiça de Deus não ser “quebrada/desfeita” é a base para que seu povo não precise ser “quebrado/desanimado” pelo medo. Aqui, e somente aqui, a ideia de não ser quebrado equivale a não ser invalidado, descontinuado ou anulado. A “abolição” seria, portanto, uma falha por quebra, algo que é impossível para a fidelidade de Deus.

A segunda raiz verbal, empregada em um claro contexto de juízo, é מָחָה (māḥāh). Em Ezequiel 6:6, a profecia contra os altares idólatras de Israel culmina na declaração de que “as vossas obras sejam abolidas”. O termo māḥāh significa “apagar”, “borrar” ou “limpar”. Neste caso, a abolição não é uma falha ou quebra, mas uma erradicação deliberada, um ato divino de limpar completamente a existência das obras idólatras, de modo que sejam desfeitas e eliminadas da paisagem religiosa e cultural do povo como uma escrita é apagada de uma tabuleta.

II. Uso no Novo Testamento

Ao adentrar o Novo Testamento, a discussão é dominada quase que exclusivamente pelo verbo grego καταργέω (katargeō), presente em 27 ocasiões. A sua etimologia, uma composição de κατά (katá, “para baixo”) e ἀργός (argós, “inativo” ou “ocioso”), fornece a chave fundamental para sua interpretação: literalmente, “reduzir à inatividade”. A implicação teológica é profunda, pois, como as fontes lexicográficas apontam, a ação de katargeō não denota primariamente uma perda de ser ou uma aniquilação, mas sim uma perda de função, propósito ou poder. Algo que é “abolido” neste sentido é tornado inoperante, ineficaz ou obsoleto, embora sua existência histórica ou física possa permanecer.

Um exemplo prático e não teológico que ilumina este conceito central encontra-se em Lucas 13:7. O dono da vinha, ao falar da figueira estéril, pergunta por que ela “ocupa inutilmente a terra” (καταργεῖ, katargei). A árvore, com sua presença, está tornando o solo inativo, roubando seus nutrientes e espaço sem cumprir sua função de dar fruto. Ela está, literalmente, reduzindo a terra à inoperância.

Esta noção de “tornar inativo” é então aplicada a diversas doutrinas centrais na teologia paulina. Em Romanos 3:3, Paulo questiona se a incredulidade de alguns poderia “invalidar” (καταργήσει, katargēsei) a fidelidade de Deus. A resposta implícita é negativa; a ação humana não tem o poder de tornar o compromisso pactual de Deus inativo ou ineficaz. Pouco depois, em Romanos 3:31, ele pergunta retoricamente: “Anulamos, pois, a lei pela fé?” (καταργοῦμεν, katargoumen). Ele refuta veementemente a ideia, argumentando que a fé não torna a lei inoperante, mas, ao contrário, a estabelece. A preocupação é se a fé abole a função moral da lei, o que Paulo nega. No capítulo 4, versículo 14, o argumento é invertido para mostrar que, se a herança viesse pela lei, “a fé se tornaria inútil, e a promessa, anulada” (κατήργηται, katērgētai). Um sistema de justificação baseado na lei tornaria o sistema baseado na promessa e na fé completamente inoperante.

A aplicação soteriológica mais densa talvez esteja em Romanos 6:6, onde se afirma que o nosso velho homem foi crucificado com Cristo “para que o corpo do pecado seja desfeito” (καταργηθῇ, katargēthē). A abolição aqui não é a aniquilação do corpo físico, mas a neutralização de sua servidão ao pecado. O corpo, como instrumento, é tornado inativo para o domínio do pecado; sua função como veículo para a injustiça é abolida. De forma análoga, em Romanos 7:2–6, a morte do marido libera a mulher da lei que a ligava a ele (κατήργηται, katērgētai); a lei matrimonial torna-se inoperante para ela. Paulo usa essa imagem para explicar que os crentes, mortos para a Lei através do corpo de Cristo, foram “dispensados” ou “desligados” dela, de modo que seu poder de condenar foi tornado inativo.

Em 1 Coríntios, o uso de katargeō expande-se. Em 1 Coríntios 1:28, afirma-se que Deus escolheu as coisas que não são para “reduzir a nada” (καταργήσῃ, katargēsē) as que são, ou seja, para tornar inoperantes as estruturas de poder e sabedoria do mundo. Similarmente, em 1 Coríntios 2:6, a sabedoria dos “poderosos desta era” está “sendo aniquilada” (καταργουμένων, katargoumenōn), indicando que sua influência e validade estão sendo progressivamente tornadas obsoletas pelo evangelho. Em 1 Coríntios 6:13, a afirmação de que “Deus destruirá tanto um como os outros” (o estômago e os alimentos) refere-se à cessação de sua função na era vindoura. A função biológica é temporária e será tornada inativa.

O famoso capítulo sobre o amor, 1 Coríntios 13, usa o verbo repetidamente (versículos 8 e 10) para descrever como os dons espirituais como profecia e línguas “passarão” (καταργηθήσονται, katargēthēsontai). Sua função é provisória e será tornada inoperante e desnecessária com a chegada da perfeição. O apóstolo ilustra isso em 1 Coríntios 13:11, ao dizer que, tornando-se homem, “acabei com as coisas de menino” (κατήργηκα, katērgēka), tornando-as inativas em sua vida adulta.

A dimensão escatológica é proeminente em 1 Coríntios 15:24–26. Cristo entregará o Reino ao Pai “quando houver destruído” (καταργήσῃ, katargēsē) todo domínio, autoridade e poder. Esta é a neutralização final de todas as forças que se opõem a Deus. O último inimigo a ser “destruído” é a morte (καταργεῖται, katargeitai), o que significa que seu poder e sua própria natureza como inimigo serão completamente desativados.

Este conceito é crucial em 2 Timóteo 1:10, que declara que Cristo Jesus “aboliu a morte” (καταργήσαντος τὸν θάνατον, katargēsantos ton thanaton). Isto não significa a cessação da morte física para todos, mas a anulação do seu poder, do seu aguilhão e da sua capacidade de infligir uma separação definitiva de Deus. Para o crente, a morte foi tornada inativa como poder final e transformada em passagem para a vida incorruptível.

Em Hebreus 2:14, o propósito da encarnação era que, por sua própria morte, Cristo pudesse “destruir” (καταργήσῃ, katargēsē) aquele que detinha o poder da morte, o diabo. A morte de Cristo tornou o poder do diabo inoperante, quebrando sua principal arma de domínio. Essa mesma anulação escatológica de um poder hostil é vista em 2 Tessalonicenses 2:8, onde o Senhor Jesus “destruirá” o homem da iniquidade com o sopro de sua boca, tornando-o completamente inativo e impotente.

A relação entre as alianças é detalhada em 2 Coríntios 3, onde katargeō é usado consistentemente para descrever a glória da antiga aliança como algo que “se desvanecia” (vv. 7, 11, 13). O ministério mosaico não é aniquilado da história, mas sua função e glória são tornadas obsoletas e inoperantes pela glória superior e permanente da nova aliança. Da mesma forma, em Efésios 2:15, Cristo aboliu em sua carne a inimizade, a “lei dos mandamentos expressa em ordenanças”, tornando inativa a função da lei cerimonial de criar uma barreira entre judeus e gentios. Finalmente, em Gálatas, Paulo argumenta que buscar justificação pela lei resulta em ser “desligado” de Cristo (κατηργήθητε ἀπὸ Χριστοῦ, katērgēthēte apo Christou, 5:4), uma condição na qual a relação com Cristo se torna inoperante. E se a circuncisão ainda fosse pregada, o “escândalo da cruz” estaria “anulado” (κατήργηται, katērgētai, 5:11), pois sua mensagem central e ofensiva sobre a graça teria sido tornada ineficaz.

Em conclusão, a jornada lexical e teológica da palavra “abolir” move-se da ideia veterotestamentária de quebra e erradicação para um conceito neotestamentário preciso de tornar inativo. Seja a lei em seu aspecto divisório, o pecado em seu domínio, ou a própria morte em seu poder final, a obra de Cristo, conforme descrita por katargeō, consiste em despojar essas realidades de sua força, função e eficácia, sem necessariamente erradicá-las da existência, mas subjugando-as e tornando-as inoperantes no novo regime da graça e da vida eterna.

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GALVÃO, Eduardo M. Abolir/Abolição. In: Enciclopédia Bíblica Online. BIBLIOTECA BÍBLICA, [S. l.]: [s. n.], 2025. Disponível em: [Cole o link aqui sem colchetes]. Acesso em: [Coloque aqui a data que você acessou a página, sem colchetes].

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