Levítico 13 — Explicação das Escrituras
Levítico 13 aborda as leis sobre doenças de pele e condições corporais consideradas impuras. O capítulo descreve os procedimentos para identificar e diagnosticar vários problemas de pele, incluindo a hanseníase. Quando alguém mostra sinais de um problema de pele, deve ser examinado por um sacerdote, que determina se está limpo ou impuro.
Se a condição for considerada impura, o indivíduo é isolado da comunidade até que o padre o reexamine. O capítulo fornece descrições detalhadas de diferentes condições de pele e suas implicações, incluindo como distinguir entre condições limpas e impuras. Esses regulamentos garantem que os israelitas mantenham um estado de pureza ritual e evitem a propagação de doenças contagiosas dentro da comunidade.
13.2 Lepra. Este termo genérico era usado para descrever uma variedade de doenças, e até a bolor ou manchas nas vestimentas e nas casas, Lv 13.47-59; 14.34-53. Incluía certa impigem, uma doença que era confundida com a lepra, 13.39. A lepra tuberosa começava com empolas vermelhas e produzia manchas e deformações (as lepromas). A lepra trofoneurológica paralisava os nervos de tal maneira que os membros tornavam-se entorpecidos, atrofiados e sem vida. Seja qual for o tipo da lepra, a lei exigia que a doença fosse observada, a fim de debelá-la nos seus estágios primários.
13.8 Examinará. Entre as muitas doenças semelhantes à lepra propriamente dita, havia a escrófula (que produz tumores), a eczema, a micose e várias dermatites, as quais os sacerdotes precisavam conhecer para identificá-las em cada caso, individualmente.
13.13 A brancura no corpo inteiro sem, porém; haver sinais de apodrecimento, indicava uma doença da pele, diferente da verdadeira lepra.
13.14 Imundo. Veja as Notas de 10.10 e 11.4. Quem tocasse em qualquer forma de imundície humana era considerado culpado (5.3) e teria que trazer uma oferta pela culpa, segundo as instruções divinas 5.6. Quando o Senhor Jesus Cristo, movido de íntima compaixão tocou num leproso, este sarou no mesmo instante, Mc 1.40-42.
13.18 úlcera. Heb shehin, “inflamação”, uma queimadura produzida por um golpe ou por uma contaminação, mas não pelo fogo. A lepra teria mais facilidade em atacar um centro assim debilitado.
13.24-28 Queimadura. Heb mikhwâh, “lugar chamuscado”. O fogo se menciona especificamente (veja a Nota acima). Sendo um ponto onde a lepra poderia se manifestar, havia exames repetidos, tanto para descobrir a doença, como também , verificar sua ausência e evitar uma quarentena indevidamente imposta quando não se tratasse da lepra verídica. • N. Hom. Em muitos pormenores, as leis sobre a lepra se assemelham a realidades espirituais, sobre a contaminação do pecado. Os sinais são: 1) A inchação (sugere o orgulho); 2) A pústula (sugere a deformação produzida pela sensualidade); 3) A mancha lustrosa (talvez o brilho da falsa religiosidade, a hipocrisia). São portanto, os pecados: 1) Da mente; 2) Do corpo; 3) Do espírito. Quem pronuncia sobre este estado é o sacerdote, assim como o Ministro reconhece os sinais do pecado e os anuncia ao povo. O pronunciamento eterno sobre o estado final do pecador só pode ser feito por Jesus Cristo, o único Sacerdote eterno e perfeito, e só Ele tem poder para salvar a vítima do pecado, Hb 7.23-27. Percebe-se, neste capítulo, que nada há que o sacerdote humano possa fazer para eliminar a lepra, e muito menos o pecado que simboliza. A responsabilidade dos espirituais (Gl 6.1) é perceber a doença e a cura, separando os doentes, e recebendo os curados à plenitude da Comunhão. A lepra é contagiosa, o pecado o é também. A doença espiritual se reconhece quando as obras da carne se revelam de maneira crua e dramática em nossas vidas, vv. 14 e 15, cf. Gl 5.19-21. Talvez a doença da pele, mencionada nos vv. 12 e 13 possa sugerir que quando o pecado se torna claramente visível ao pecador, a situação se transforma totalmente: o Espírito Santo o convence do pecado (para reconhecer seu estado), da justiça (apontando-o para o Salvador que o purifica de todo o pecado), e do juízo (fazendo-o compreender que Cristo já o pronuncia limpo aqui na terra, Jo 15.3, e também no julgamento final), veja Jo 16.7-11. Esta mudança sobrenatural e eterna se simboliza no v. 16. A úlcera descrita nos vv. 18-23, é comparável às feridas recebidas no mundo; as mágoas e os maus hábitos antigos, normalmente são um ponto fraco para onde converge o pecado. Mas o crente recebe os golpes da vida com fé e com coragem, e então qualquer estrago causado pelo mundo não o levará à corrupção do pecado, não ficará “mais fundo do que a pele”, não produzirá, o pêlo branco do desfalecimento espiritual. A queimadura “descrita” nos” vv. 24-28 pode representar alguma paixão, como se descreve em 1 Co 7.9, que levaria ao pecado se não fosse regulada e dominada pela Palavra de Deus. Os impulsos naturais são parte do nosso ser, mas não nos devem imergir no pecado.
13.40-44 A queda do cabelo não era, necessariamente, um sinal de lepra.
13.45,46 Se fosse realmente leproso, o; homem deveria aparecer como quem está de luto, e, recluir-se em quarentena, Jó 2.7-8. Era considerado “imundo” pelo fato de sua doença poder ser transmitida a outros, e era também ritualmente imundo, o que quer dizer que mesmo depois da cura só podia ser considerado “limpo” depois de ter sido ritualmente purificado (14.1-32). Com o desenvolvimento posterior das sinagogas, foram admitidos ao culto num lugar à parte. Entravam no local do culto antes dos demais adoradores, e saíam depois que a congregação deixava o recinto. Esta doença pode ser encarada como símbolo do pecado nos seguintes pontos: 1) Era contagiosa, assim como o pecado de Adão passou a todos os homens, Rm 5.12; 2) Era progressiva: os pecados e os hábitos depravados tendem a aumentar, dominando suas vítimas; 3) Era motivo de isolamento, assim como o pecado causa separação de Deus (Is 59.1-2), e separa os vários membros do povo de Deus (2 Co 6.17); 4) Causa angústia, tormento e até a morte, Rm 6.23. Veja a N. Hom. em 13.24-28.
13.56 Sendo que as vestimentas são tecidos, e não um organismo vivo, a remoção da parte afetada deveria pôr fim à praga. Havia uma semelhança à lepra no fato de existir a mudança de cores nas manchas, para o verde ou para o vermelho, o que provavelmente era devido à atuação de cogumelos. A limpeza e a higiene exigiam que a praga fosse interrompida e removida. Alguns acham que este trecho se refere ao bolor, ao mofo ou à mangra.
Índice: Levítico 1 Levítico 2 Levítico 3 Levítico 4 Levítico 5 Levítico 6 Levítico 7 Levítico 8 Levítico 9 Levítico 10 Levítico 11 Levítico 12 Levítico 13 Levítico 14 Levítico 15 Levítico 16 Levítico 17 Levítico 18 Levítico 19 Levítico 20 Levítico 21 Levítico 22 Levítico 23 Levítico 24 Levítico 25 Levítico 26 Levítico 27
13.2 Lepra. Este termo genérico era usado para descrever uma variedade de doenças, e até a bolor ou manchas nas vestimentas e nas casas, Lv 13.47-59; 14.34-53. Incluía certa impigem, uma doença que era confundida com a lepra, 13.39. A lepra tuberosa começava com empolas vermelhas e produzia manchas e deformações (as lepromas). A lepra trofoneurológica paralisava os nervos de tal maneira que os membros tornavam-se entorpecidos, atrofiados e sem vida. Seja qual for o tipo da lepra, a lei exigia que a doença fosse observada, a fim de debelá-la nos seus estágios primários.
13.8 Examinará. Entre as muitas doenças semelhantes à lepra propriamente dita, havia a escrófula (que produz tumores), a eczema, a micose e várias dermatites, as quais os sacerdotes precisavam conhecer para identificá-las em cada caso, individualmente.
13.13 A brancura no corpo inteiro sem, porém; haver sinais de apodrecimento, indicava uma doença da pele, diferente da verdadeira lepra.
13.14 Imundo. Veja as Notas de 10.10 e 11.4. Quem tocasse em qualquer forma de imundície humana era considerado culpado (5.3) e teria que trazer uma oferta pela culpa, segundo as instruções divinas 5.6. Quando o Senhor Jesus Cristo, movido de íntima compaixão tocou num leproso, este sarou no mesmo instante, Mc 1.40-42.
13.18 úlcera. Heb shehin, “inflamação”, uma queimadura produzida por um golpe ou por uma contaminação, mas não pelo fogo. A lepra teria mais facilidade em atacar um centro assim debilitado.
13.24-28 Queimadura. Heb mikhwâh, “lugar chamuscado”. O fogo se menciona especificamente (veja a Nota acima). Sendo um ponto onde a lepra poderia se manifestar, havia exames repetidos, tanto para descobrir a doença, como também , verificar sua ausência e evitar uma quarentena indevidamente imposta quando não se tratasse da lepra verídica. • N. Hom. Em muitos pormenores, as leis sobre a lepra se assemelham a realidades espirituais, sobre a contaminação do pecado. Os sinais são: 1) A inchação (sugere o orgulho); 2) A pústula (sugere a deformação produzida pela sensualidade); 3) A mancha lustrosa (talvez o brilho da falsa religiosidade, a hipocrisia). São portanto, os pecados: 1) Da mente; 2) Do corpo; 3) Do espírito. Quem pronuncia sobre este estado é o sacerdote, assim como o Ministro reconhece os sinais do pecado e os anuncia ao povo. O pronunciamento eterno sobre o estado final do pecador só pode ser feito por Jesus Cristo, o único Sacerdote eterno e perfeito, e só Ele tem poder para salvar a vítima do pecado, Hb 7.23-27. Percebe-se, neste capítulo, que nada há que o sacerdote humano possa fazer para eliminar a lepra, e muito menos o pecado que simboliza. A responsabilidade dos espirituais (Gl 6.1) é perceber a doença e a cura, separando os doentes, e recebendo os curados à plenitude da Comunhão. A lepra é contagiosa, o pecado o é também. A doença espiritual se reconhece quando as obras da carne se revelam de maneira crua e dramática em nossas vidas, vv. 14 e 15, cf. Gl 5.19-21. Talvez a doença da pele, mencionada nos vv. 12 e 13 possa sugerir que quando o pecado se torna claramente visível ao pecador, a situação se transforma totalmente: o Espírito Santo o convence do pecado (para reconhecer seu estado), da justiça (apontando-o para o Salvador que o purifica de todo o pecado), e do juízo (fazendo-o compreender que Cristo já o pronuncia limpo aqui na terra, Jo 15.3, e também no julgamento final), veja Jo 16.7-11. Esta mudança sobrenatural e eterna se simboliza no v. 16. A úlcera descrita nos vv. 18-23, é comparável às feridas recebidas no mundo; as mágoas e os maus hábitos antigos, normalmente são um ponto fraco para onde converge o pecado. Mas o crente recebe os golpes da vida com fé e com coragem, e então qualquer estrago causado pelo mundo não o levará à corrupção do pecado, não ficará “mais fundo do que a pele”, não produzirá, o pêlo branco do desfalecimento espiritual. A queimadura “descrita” nos” vv. 24-28 pode representar alguma paixão, como se descreve em 1 Co 7.9, que levaria ao pecado se não fosse regulada e dominada pela Palavra de Deus. Os impulsos naturais são parte do nosso ser, mas não nos devem imergir no pecado.
13.40-44 A queda do cabelo não era, necessariamente, um sinal de lepra.
13.45,46 Se fosse realmente leproso, o; homem deveria aparecer como quem está de luto, e, recluir-se em quarentena, Jó 2.7-8. Era considerado “imundo” pelo fato de sua doença poder ser transmitida a outros, e era também ritualmente imundo, o que quer dizer que mesmo depois da cura só podia ser considerado “limpo” depois de ter sido ritualmente purificado (14.1-32). Com o desenvolvimento posterior das sinagogas, foram admitidos ao culto num lugar à parte. Entravam no local do culto antes dos demais adoradores, e saíam depois que a congregação deixava o recinto. Esta doença pode ser encarada como símbolo do pecado nos seguintes pontos: 1) Era contagiosa, assim como o pecado de Adão passou a todos os homens, Rm 5.12; 2) Era progressiva: os pecados e os hábitos depravados tendem a aumentar, dominando suas vítimas; 3) Era motivo de isolamento, assim como o pecado causa separação de Deus (Is 59.1-2), e separa os vários membros do povo de Deus (2 Co 6.17); 4) Causa angústia, tormento e até a morte, Rm 6.23. Veja a N. Hom. em 13.24-28.
13.56 Sendo que as vestimentas são tecidos, e não um organismo vivo, a remoção da parte afetada deveria pôr fim à praga. Havia uma semelhança à lepra no fato de existir a mudança de cores nas manchas, para o verde ou para o vermelho, o que provavelmente era devido à atuação de cogumelos. A limpeza e a higiene exigiam que a praga fosse interrompida e removida. Alguns acham que este trecho se refere ao bolor, ao mofo ou à mangra.
Índice: Levítico 1 Levítico 2 Levítico 3 Levítico 4 Levítico 5 Levítico 6 Levítico 7 Levítico 8 Levítico 9 Levítico 10 Levítico 11 Levítico 12 Levítico 13 Levítico 14 Levítico 15 Levítico 16 Levítico 17 Levítico 18 Levítico 19 Levítico 20 Levítico 21 Levítico 22 Levítico 23 Levítico 24 Levítico 25 Levítico 26 Levítico 27