Lucas 13 — Comentário Devocional

Lucas 13

Lucas 13 ensina lições sobre a urgência do arrependimento, da produção de frutos, da compaixão pelas regras, do crescimento do reino de Deus, do caminho estreito para a salvação e do desejo de reconciliação de Jesus.

1. Arrependimento e Urgência: Jesus enfatiza a necessidade de arrependimento e alerta contra demora. Isto nos ensina sobre a urgência de nos voltarmos para Deus e não considerarmos a salvação garantida.

2. Parábola da Figueira: A parábola da figueira estéril ensina sobre dar frutos em nossas vidas. Ele destaca a importância de vivermos nossa fé por meio de boas obras.

3. Cura no Sábado: A cura de Jesus no Sábado revela a Sua compaixão e desafia atitudes legalistas. Isto nos ensina sobre o valor da misericórdia e o cerne da lei de Deus.

4. Parábolas do grão de mostarda e do fermento: Estas parábolas enfatizam o crescimento do reino de Deus a partir de pequenos começos. Eles nos ensinam sobre o poder transformador do Evangelho.

5. A Porta Estreita: Jesus fala da porta estreita para o reino, destacando a exclusividade da salvação através Dele. Isso nos ensina sobre a importância de entrar pela fé em Cristo.

6. Lamento por Jerusalém: Jesus expressa tristeza pela rejeição de Jerusalém por Ele. Isto nos ensina sobre o anseio de Deus pela reconciliação e as consequências de rejeitar a Sua graça.

7. A Cura no Sábado Revisitada: A cura de uma mulher por Jesus no Sábado revela a Sua preocupação pelas necessidades dos indivíduos em detrimento de regras rígidas. Isso nos ensina como priorizar a compaixão e as pessoas em vez do legalismo.

8. A parábola do grão de mostarda e do fermento revisitada: Jesus repete estas parábolas para enfatizar o crescimento e a influência do reino. Isto nos ensina sobre a propagação gradual, porém impactante, da verdade de Deus.

9. Partida de Herodes: Jesus reconhece ameaças à Sua vida, mas continua a Sua missão. Isto nos ensina sobre Sua determinação e compromisso em cumprir o plano de Deus.

Em resumo, Lucas 13 oferece lições sobre arrependimento, urgência em buscar a Deus, dar frutos, compaixão pelo legalismo, o crescimento do reino, a exclusividade da salvação em Cristo, o desejo de reconciliação de Deus e a determinação de Jesus em cumprir Sua missão.

Devocional

13.1-5 Pilatos pode ter ordenado a execução dos galileus por achar que estivessem se rebelando contra Roma. Talvez os que morreram na queda da torre de Siloé estivessem trabalhando para os romanos na construção de um aqueduto naquele local. O fato é que os fariseus, contrários ao uso da torça nas relações com Roma, teriam dito que os galileus mereceram morrer por terem se rebelado, enquanto os zelotes, um grupo de terroristas anti-romanos, teriam dito que os trabalhadores do aqueduto mereciam morrer por cooperarem com Roma. Jesus disse que nem os ‘ galileus cujo sangue Pilatos misturara com seus sacrifícios” nem os “dezoito sobre os quais caiu a torre de Siloé” eram culpados pela calamidade que os sobreveio. Em vez de culpar os outros, todos deveriam preocupar-se consigo e com o dia em que enfrentariam o Juízo Final. 

13.5 A morto ou a sobrevivência milagrosa de uma pessoa em um acidente trágico não implica justiça, pois todos morrerão um dia; morrer faz parte de nossa condição de seres humanos. Mas os cristãos não permanecerão mortos. Jesus promete que aqueles que crerem nEle não perecerão, mas terão a vida eterna (Jo 3.16). 

13.6-9 No AT, uma árvore frutífera frequentemente era usada como um símbolo de uma vida reta (ver S11.3; Jr 17.7,8). Jesus indicou o que aconteceria com o outro tipo de árvore, a que tomou tempo e espaço valiosos e nada produziu para o paciente jardineiro. Através dessa ilustração. Jesus advertiu seus ouvintes de que Deus não toleraria para sempre a falta de produtividade de uma pessoa (em 3.9. há um registo da pregação de João Batista sobre o mesmo assunto). Você tem desfrutado do trata mento especial de Deus sem dar qualquer coisa em troca? Neste caso, responda ao cuidadoso e paciente Jardineiro, produzindo os frutos que Deus lhe destinou a produzir. 

13.10-17 Por que curar era considerado um trabalho? Os líderes religiosos viam a cura como um atributo daquele que pratica a medicina, e exercer a profissão no sábado era proibido. O líder da sinagoga não conseguia ver além da lei: não era capaz de enxergar a compaixão de Jesus ao curar a mulher paralítica. Jesus envergonhou o líder e os demais religiosos, revelando a hipocrisia das palavras e ações deles, pois cuidavam de seus animais, e recusaram-se a regozijar-se quando um ser humano foi liberto da escravidão de Satanás. 

13.15.16 Os fariseus se escondiam atrás das leis que formularam, a fim de evitar as implicações do amor. Nós também podemos usar a letra da lei para argumentar contra a nossa obrigação de cuidar dos outros (omitindo o dizimo regularmente ou nos recusando a ajudar um vizinho que precise). Mas as necessidades das pessoas são mais importantes do que as regras e os regulamentos. Reserve tempo para ajudar o próximo, ainda que esta atitude possa de algum modo comprometer a sua imagem pública. 

13.16 Em nosso mundo decaído, a doença e a debilidade sã comuns. As causas são muitas: nutrição inadequada, contato com uma fonte de infecção, baixa defesa do organismo, e até um ataque direto de Satanás. Qualquer que seja a causa de nossas enfermidades, podemos pesquisar e chegar à fonte original: Satanás, o autor de todo o mal em nosso mundo. Mas as Boas Novas são que Jesus é mais poderoso do que o Diabo ou qual quer enfermidade. O Senhor frequentemente traz a cura para o corpo e para a alma e, quando Ele retornar, dará fim a toda enfermidade e incapacidade. 

13.18-21 A expectativa geral entre os ouvintes de Jesus era a de que o Messias viria como um grande rei e, como tal, livraria a nação judaica de Roma e restabeleceria a antiga glória de Israel. Mas Jesus disse que seu Reino começava silenciosamente. Como a minúscula semente de mostarda, que cresce e transforma-se em uma árvore enorme, ou como um pouco de fermento, que faz dobrar de tamanho a massa de pão, o Reino de Deus se expandirá até que o mundo inteiro seja mudado. 

13.22 Esta é a segunda vez que Lucas nos lembra que Jesus se dirigia intencionalmente a Jerusalém (a outra ocasião foi em 9.51). Jesus sabia que estava a caminho da execução, mas continuou a pregar para grandes multidões. A iminência da morte não deteve Jesus nem o impediu de cumprir a sua missão. 

13.24, 25 Encontrar a salvação exige um esforço mais concentrado do que a maioria das pessoas está disposta a empreender. Obviamente, não podemos salvar a nós mesmos: não há o que possamos realizar para ganhar o favor de Deus. Esforçamo-nos arduamente para entrar pela porta estreita e segui-lo, porque desejamos sinceramente conhecer Jesus pessoalmente, a qualquer custo. Não ousemos adiar esta decisão, porque a porta da graça não ficará aberta para sempre! 

13.26-27 Não veremos necessariamente as pessoas que esperamos encontrar no Reino de Deus. Alguns líderes religiosos bem respeitáveis, que hoje reivindicam lealdade a Jesus, talvez não estejam lá por terem sido secretamente corruptos. 

As pessoas estavam ansiosas para saber quem estaria no Reino de Deus. Jesus explicou que, embora muitos conheçam algo a respeito de Deus, somente alguns reconhecem seus pecados e aceitam o perdão divino. Escutar as palavras de Jesus ou admirar os milagres que Ele operou não é o bastante para ir para o céu. Devemos nos converter dos nossos pecados e confiar em Deus para sermos salvos. 

13.29 O Reino de Deus incluirá pessoas de todas as partes do mundo. A rejeição de Israel a Jesus como o Messias não deteve o plano de Deus. A verdadeiro Israel inclui todas as pessoas que creem em Deus. Este foi um fato importante a que Lucas deu o devido destaque ao anunciar as Boas Novas aos gentios (ver Rm 4.16-25: Gl 3.6-9). 

13.30 Haverá muitas surpresas no Reino de Deus. Alguns que agora são menosprezados, lá serão muito honrados; algumas pessoas que são influentes neste mundo serão deixadas do lado de fora dos portões celestiais. Muitos dos “grandes aos olhos de Deus” são completamente ignoradas nesta terra, pois o que importa para Deus não é a popularidade a posição social, a riqueza, a herança ou o poder que uma pessoa desfruta neste mundo, mas seu compromisso com Cristo. Seus valores estão de acordo com os padrões da Bíblia Sagrada? Coloque Deus em primeiro lugar, e você se unirá a pessoas do mundo inteiro que terão lugar garantido no banquete que acontecerá no Reino dos céus. 

13.31-33 Os fariseus não estavam interessados em proteger Jesus do perigo. Queriam prendê-lo. Eles rogaram ao Senhor que partisse, porque visavam impedi-lo de ir a Jerusalém, e não por quo temiam Herodes. Mas a vida, obra, morte e a ressurreição de Jesus não foram determinadas por Herodes nem pelos fariseus. A vida de Jesus foi planejada e dirigida pelo próprio Deus: a missão dEle se desdobraria no tempo certo e de acordo com o plano de Deus. 

13.33, 34 Por que Jesus focou Jerusalém? A cidade simbolizava a nação inteira. Era a maior cidade de Israel, a capital espiritual e política da nação; judeus de todo o mundo a visitavam frequentemente. Mas Jerusalém apresentava um histórico de rejeição aos profetas de Deus (1 Rs 19.10: 2 Cr 24.19; Jr 2.30; 26.20-23); e rejeitaria o Messias da mesma maneira que havia rejeitado os seus precursores.

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