Lucas 19 — Comentário Devocional

Lucas 19

Lucas 19 apresenta ensinamentos importantes de Jesus por meio de histórias e interações, enfatizando arrependimento, mordomia, humildade e salvação. Aqui estão algumas lições que podem ser tiradas de Lucas 19:

1. Zaqueu, o cobrador de impostos: A história de Zaqueu destaca o poder transformador do encontro com Jesus. O arrependimento e a disposição de Zaqueu para fazer reparações nos ensinam sobre o impacto da conversão genuína.

2. A Parábola das Dez Minas: Jesus ensina sobre mordomia e responsabilidade por meio da parábola das dez minas. Esta parábola sublinha a importância de usarmos os nossos recursos para os propósitos de Deus.

3. Entrada Triunfal em Jerusalém: A entrada de Jesus em Jerusalém montado num jumento cumpre a profecia e demonstra Sua humildade. Isto nos ensina sobre a natureza de Sua realeza e a importância da humildade.

4. Purificação do Templo: A purificação do templo por Jesus revela Seu zelo pela verdadeira adoração e pureza. Isto nos ensina sobre honrar a casa de Deus e buscar reverência genuína.

5. Parábola dos Lavradores da Vinha: Jesus compartilha esta parábola para enfatizar a rejeição de Deus aos líderes religiosos infrutíferos. Ensina-nos sobre a responsabilidade de mordomia e de produzir frutos espirituais.

6. Chorando por Jerusalém: Jesus chora pela rejeição de Jerusalém a Ele, expressando Seu desejo pela salvação deles. Isto nos ensina sobre o anseio de Deus pela reconciliação com Seu povo.

Em resumo, Lucas 19 ensina lições sobre o poder transformador do encontro com Jesus, mordomia, responsabilidade, humildade, o significado de cumprir profecias, honrar a casa de Deus, produzir frutos espirituais e o desejo de Deus pela reconciliação.

Devocional

19:1-10 Para financiar seu império mundial, os romanos arrecadavam de todas as nações sob seu controle, grandes quantias em forma de impostos. Os judeus se opunham ao pagamento dessas taxas, por terem de sustentar um governo secular com deuses pagãos, porém eram forçados a pagar. Os cobradores de impostos estavam entre as pessoas mais impopulares do Israel. Judeus de nascimento, os publicanos escolheram trabalhar para Roma, por isso eram considerados traidores de Israel. Além disso, era de conhecimento de todos que os publicanos enriqueciam por meio da extorsão de seus companheiros judeus. Assim, não é de admirar que alguns tenham murmurado contra o Senhor Jesus, por Ele ter ido à casa de Zaqueu. Apesar de Zaqueu ser um trapaceiro e renegado. Jesus o amou e, em resposta, esse cobrador de impostos se converteu. Em toda sociedade, certos grupos de pessoas são considerados intocáveis ou indesejáveis, por causa de suas opiniões políticas, de seu comportamento imoral ou estilo de vida. Não devemos ceder à pressão social que nos força a evitar tais pessoas. Jesus as ama, e elas precisam ouvir as Boas Novas.

19.8 A julgar pela reação da multidão, Zaqueu deve ter sido um publicano muito desonesto. Mas depois que conheceu Jesus, percebeu que sua vida precisava ser completamente corrigida. Ao ofertar aos pobres com generosidade e fazer as devidas restituições àqueles a quem enganou. Zaqueu demonstrou mudança interior por meio de uma ação exterior. Não é suficiente seguir a Jesus apenas no pensamento ou no coração. É necessário demonstrarmos nossa fé por meio de uma mudança de comporta mento. Sua fé resultou em ação? Que mudanças você precisa fazer?

19.9, 10 Ao dizer que Zaqueu era um filho de Abraão, contudo estava perdido, Jesus deve ter chocado seu ouvintes, que não devem ter gostado de reconhecer que aquele publicano impo pular era um irmão e que um filho de Abraão pudesse perder-se. Mas uma pessoa não é salva por que nasceu em uma boa família nem condenada devido a uma herança ruim; a fé é mais importante do que a genealogia. Jesus veio salvar todos os perdidos, a despeito do passado ou estilo de vida que cada um teve anterior mente. Por meio da fé, os perdidos podem ser perdoados e transformados em novas criaturas.

19.11ss Os judeus ainda aguardavam um líder político que estabeleceria um remo terreno e os libertaria da dominação romana. A história de Jesus mostrou que seu Reino não assumiria esta forma imediatamente. Primeiro, o Senhor se retiraria por algum tempo, e os seus seguidores precisariam ser fiéis e produtivos durante a sua ausência. Em sou retorno, Jesus inauguraria um Reino mais poderoso e justo do que qualquer outro que pudessem esperar.

19.11ss Essa história ensinou aos seguidores de Jesus o que deveriam fazer durante o intervalo entre a partida e a segunda vinda dEle. Por vivermos nesse período, tal situação se aplica direta mente a nos. Recebemos recursos excelentes para edificar e expandir o Reino de Deus. Jesus espera que usemos nossos talentos de forma que se multipliquem, e que o Reino cresça. Ele pede contas a cada um de nós do que fazemos com os dons que Ele nos deu. Devemos fazer a obra de Cristo enquanto aguardamos a vinda do Reino de Deus em glória!

19.20-27 Por que o rei foi tão severo com o homem que não multiplicou o que havia recebido? Ele castigou o homem porque: (1) não compartilhou os mesmos interesses de seu senhor quanto ao reino; (2) não confiou nas intenções de seu senhor; (3) a única preocupação do homem foi consigo mesmo; e (4) nada fez para usar o dinheiro. Como o rei dessa história. Deus lhe deu dons para serem usados em benefício do Reino. Você quer que eles aumentem? Você confia em Deus para governar sua vida justamente? Você está tão preocupado com o bem-estar dos outros quanto com o sou? Você está disposto a usar fielmente o que o Senhor lhe confiou?

19.30-35 Nessa ocasião, Jesus já era muito conhecido. Todos aqueles que tinham ido a Jerusalém para a Pascoa tinham ouvi do falar dEle; por um certo tempo, a opinião popular lhe era favorável. Tudo o que os discípulos deveriam dizer aos donos do jumentinho era: "O Senhor precisa dele ": assim entregariam o animal alegremente.

19.35-38 Alguns comemoram a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém em um dia conhecido como “Domingo de Ramos”, porque, na época, as pessoas se posicionaram ao longo da es trada, louvando a Deus. agitando galhos de palmeira e lançando suas vestes diante do jumentinho quando Jesus passava diante deles. “Bendito o Rei que vem em nome do Senhor” foi a saudação alegre dos judeus, porque sabiam que Jesus estava cumprindo a profecia em Zacarias 5.9: “Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó (ilha de Jerusalém: eis que o teu Rei virá a li, justo e Salvador, pobre e montado sobre um jumento, sobre um asninho, filho de jumenta.” Para anunciar que realmente era o Messias, Jesus escolheu um momento em que o povo de Israel estaria reunido em Jerusalém, um lugar onde grandes multidões poderiam vê-lo, e proclamou sua missão de um modo inconfundível O povo estava extremamente animado. Tinham a certeza de que a sua libertação estava a caminho.

19.38 As pessoas que louvaram a Deus por dar-lhes um rei humano tiveram uma ideia errada a respeito de Jesus. Esperaram que Ele fosse o líder que restabeleceria a nação judaica à sua antiga glória; desse modo, ficaram surdos em relação ás palavras dos profetas e cegos quanto à verdadeira missão de Jesus. Quando se tornou aparente que Jesus não faria o que esperavam, muitas pessoas que o saudaram, se voltaram contra Ele.

19.39-40 Os fariseus pensaram que a aclamação da multidão fosse sacrílega, blasfema. Não queriam que alguém desafiasse o poder e autoridade deles, nem desejavam uma revolta, pois esta atrairia o exército romano contra eles. Então, pediram a Jesus que mantivesse o povo calado. Mas Ele disse que, caso as pessoas se calassem, até as pedras clamariam de alegria. Por quê? Não porque Jesus estivesse estabelecendo um poderoso reino secular, mas porque estava estabelecendo o Reino eterno do Deus, a razão para a maior de todas as comemorações.

19.41-44 Os líderes judeus haviam rejeitado o seu Rei (19.47). Foram longe demais. Recusaram a oferta de Deus de salvação em Jesus Cristo, quando foram visitados pelo próprio Deus encarnado; logo, a nação sofreria. Deus não abandonou o povo que o obedeceu, mas continua a oferecer a salvação ás pessoas a quem Ele ama, tanto judeus quanto gentios. A vida eterna está a seu alcance: aceite-a enquanto a oportunidade ainda está sendo oferecida!

19.43, 44 Essas palavras se cumpriram cerca de quarenta anos depois de Jesus as ter pronunciado. Em 66 d.C., os judeus se revoltaram contra o domínio romano. Três anos mais tarde. Tito, filho do imperador Vespasiano, foi enviado para acabar com a rebelião. Os soldados romanos atacaram Jerusalém e transpuseram o muro ao norte, mas não puderam tomar a cidade. Finalmente cercaram Jerusalém, e em 70 d.C., puderam entrar na cidade, já muito enfraquecida, e queimaram-na. Aproximadamente 600 mil judeus foram mortos durante a violenta in vestida de Tito.

19.47 Quem eram os “principais do povo”? Neste grupo, provavelmente estavam incluídos os ricos líderes da política e do comércio e os doutores da lei. Eles tinham várias razões para desejar livrar-se de Jesus. Ele havia arruinado os negócios no Templo ao expulsar os comerciantes e pregava contra a injustiça; seus ensinamentos frequentemente favoreciam os pobres, não os ricos. Além disso, a grande popularidade de Jesus poderia atrair a atenção de Roma, e os líderes de Israel não queriam ler problemas com os seus dominadores.

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