Lucas 21 — Comentário Devocional

Lucas 21

Lucas 21 contém ensinamentos de Jesus que enfatizam a prontidão, a perseverança e a confiança em meio aos desafios. Aqui estão algumas lições que podem ser tiradas de Lucas 21:

1. A oferta da viúva: Jesus destaca a oferta de sacrifício da viúva, ensinando-nos sobre o valor de dar de coração, independentemente da quantia.

2. Sinais do Fim dos Tempos: Jesus discute sinais que precederão Seu retorno. Isso nos ensina sobre a necessidade de sermos espiritualmente vigilantes e criteriosos.

3. Perseguição e Testemunho: Jesus prepara Seus discípulos para a perseguição e os incentiva a testemunhar com ousadia. Isto nos ensina sobre os desafios do discipulado e a importância de compartilhar nossa fé.

4. A Destruição do Templo: Jesus prediz a destruição do templo em Jerusalém. Isto nos ensina sobre a impermanência das estruturas terrenas e o significado último do reino de Deus.

5. A Vinda do Filho do Homem: Jesus fala de Seu retorno com poder e glória. Isto nos ensina a antecipar Sua segunda vinda e a permanecer fiéis e vigilantes.

6. Exortação para Vigiar e Orar: Jesus enfatiza a importância de estar alerta e orar, especialmente em tempos de provação. Isso nos ensina sobre o valor da disciplina espiritual e da confiança em Deus.

Em resumo, Lucas 21 ensina lições sobre doação sacrificial, vigilância espiritual, desafios duradouros, partilha da nossa fé, a impermanência das estruturas terrenas, a antecipação do regresso de Cristo e a importância da oração e da vigilância.

Devocional

21.1, 2 Jesus estava na área do Templo chamada de átrio das mulheres. Neste local, havia sete caixas. Em uma delas os adoradores poderiam depositar a quantia relativa ao imposto do Templo, e as outras seis caixas eram para ofertas voluntárias, como a que a viúva deu. Esta não era apenas pobre, tinha poucos meios para ganhar dinheiro. Seu pequeno presente era um sacrifício, mas ela o entregou voluntariamente.

21.1-4 Em contraste com o modo como a maioria de nós administra o dinheiro, aquela viúva deu tudo o que tinha, o próprio sustento. Quando nos considerarmos generosos ao dar uma pequena porcentagem de nossa renda ao Senhor, assemelhamo-nos àqueles que deram uma pequena parte do que sobrava. Mas, nessa história, Jesus destacou a doação generosa e sacrificial. Como cristãos, devemos considerar como podemos aumentar além da mera conveniência o que ofertamos em dinheiro, tempo e talentos.

21.5, 6 O Templo que os discípulos estavam admirando não era o da época de Salomão, destruído pelos caldeus no início do século 6 a.C. O Templo da época de Jesus fora reconstruído por Esdras depois do retorno do exílio babilônico, no final do século 6 a.C.; foi profanado pelos selêucidas, no século 2 a.C., e novamente consagrado a Deus pelos Macabeus: logo depois, foi reformado por Herodes, o Grande, cujas obras duraram 46 anos. Era uma estrutura bonita e imponente com uma história significativa, mas Jesus predisse que ele seria completamente destruído. Isto aconteceu em 70 d.C., quando o exército romano queimou Jerusalém.

21.7ss Jesus não deixou seus discípulos despreparados para os anos difíceis que se seguiriam. Ele os advertiu sobre os falsos messias, os desastres naturais o as perseguições, mas assegurou que estaria presente para protegê-los e fazer seu Reino tornar-se conhecido mundialmente por intermédio deles. Por fim, Jesus prometeu que retornaria em poder e glória para levá-los. As advertências e promessas de Jesus a seus discípulos aplicam-se também a nós, que esperamos ansiosamente por sua volta.

21.12, 13 Essas perseguições logo começaram. Lucas registrou muitas delas no livro de Atos. Paulo, na prisão, disse que sofria alegremente porque isto o ajudava a conhecer melhor a Cristo e a fazer a obra dEle a favor da Igreja (Fp 3.10: Cl 1.24). A Igreja Primitiva prosperou apesar da intensa perseguição. De fato, no final do século dois, o patriarca Tertuliano escreveu: “ O sangue dos cristãos é uma semente”, porque a oposição colaborava com a expansão do cristianismo.

21.14-19 Jesus advertiu que, nas perseguições vindouras, seus seguidores seriam traídos por membros da própria família e por amigos. Os cristãos de todas as eras tiveram que enfrentar esta possibilidade. É tranquilizante saber que mesmo quando nos sentirmos completamente abandonados, o Espírito Santo permanecerá conosco. Ele nos confortará, protegerá e dará as palavras de que precisamos. Esta garantia pode gerar a coragem e a esperança necessária para permanecermos firmes em Cristo, a despeito das situações difíceis.

21.18 Jesus não disse que os cristãos estariam isentos de danos físicos ou morte durante as perseguições. Lembre-se de que muitos dos discípulos foram martirizados. Na verdade. Jesus estava dizendo que nenhum de seus seguidores sofreria perda espiritual ou eterna. Na terra, todos morrerão; mas os crentes em Jesus Cristo ser ao salvos e preservados para a vida eterna.

21.24 Os “tempos dos gentios” começaram com a destruição de Jerusalém pela Babilônia, em 586 a.C., e o exílio do povo judeu. Israel não era mais uma nação independente; estava sob o controle fie governantes gentios. Na época de Jesus, Israel era governado pelo Império Romano, e um general romano destruiria a cidade em 70 d.C. Jesus disse que a dominação do povo de Deus por seus inimigos continuaria até que Deus decidisse dar fim a tal situação. A expressão “tempos dos gentios” refere-se não só ás repetidas destruições de Jerusalém, como também à continua e crescente perseguição do povo de Deus até o final.

21.28 O quadro das futuras perseguições e dos desastres naturais é sombrio, mas, em última instância, é motivo não de preocupação, mas de grande alegria. Quando os crentes virem estes episódios acontecendo, saberão que o retorno de seu Messias está próximo e poderão esperar ansiosamente pelo reinado de justiça e paz. Em vez de ficarmos apavorados pelo que está acontecendo em nosso mundo, devemos aguardar confiantemente que o retorno de Cristo traga a justiça e a restauração a seu povo.

21.34-36 Jesus disse aos discípulos que mantivessem uma constante vigilância em relação ao seu retorno. Embora mais de dois mil anos tenham se passado, desde que Ele pronunciou essas palavras, sua verdade permanece: Cristo está voltando, e precisamos vigiar e estar espiritualmente preparados. Isto significa trabalhar fielmente nas tarefas que Deus nos confiou. Não deixe que sua mente e seu Espírito fiquem entorpecidos por um viver descuidado, pela embriaguez ou pela tola procura pelo prazer! Não permita que os cuidados desta vida lhe deixem prostrado! Esteja pronto a mover-se de acordo com a ordem de Deus!

21.36 Poucos dias depois de dizer aos discípulos para orar, a fim de que pudessem escapar da perseguição, o próprio Senhor Jesus pediu a Deus que o poupasse das agonias da cruz, se esta fosse a vontade do Pai (22.41.42). Não é normal querer sofrer, mas, como seguidores de Jesus, devemos estar dispostos a padecer se assim pudermos ajudar a edificar o Reino de Deus. Temos duas promessas maravilhosas que nos ajudarão à medida que enfrentamos sofrimentos: Deus sempre estará conosco (Mt 28.20) e um dia nos resgatará e dará a vida eterna (Ap 21.1-4).

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