Salmos 54 — Comentário de Matthew Henry

Salmos 54 — Comentário de Matthew Henry


Comentário de Salmos 54


Salmo 54


Versículos 1-3: Davi queixa-se da maldade de seus inimigos; 4-7: A segurança do favor e da proteção divina.

Vv. 1-3. Ainda que não se possa confiar nos homens, Deus é fiel, e é bom para nós que assim seja. Davi não tinha outra súplica, mas confiava somente no nome do Senhor; não tinha outro poder no qual confiar que não fosse o de Deus; e estes foram para ele o seu refúgio e confiança. Esta seria a resposta efetiva às suas orações. se olharmos atentamente para Davi, traído pelos homens de Judá, e para Jesus, que foi traído por um dos seus apóstolos, o que podemos esperar de alguém que não tenha posto Deus diante de si, senão ingratidão, traição, maldade e crueldade? Que laços naturais, de amizade ou gratidão, ou de pacto respeitarão os que não praticaram o temor a Deus?

Pensemos nestas coisas e destaquemos o seguinte: coloquemo-nos diante do Senhor nosso Deus a cada momento, durante todo o tempo, porque, se não o fizermos, corremos o risco de nos desesperar.

Vv. 4-7. Eis que Deus é aquEle que me ajuda. Se estivermos com o Senhor, Ele será por nós; e se Ele é por nós, não temos que temer. Toda a criatura é para nós o que Deus faz com que seja, e não mais do que isto. O Senhor salvará o seu povo no momento oportuno, e enquanto isto, o sustenta e o tolera, para que não desfaleça o espírito que Ele mesmo criou. Tanto as ameaças quanto as promessas de Deus são verdadeiras; os pecadores que não se arrependerem aprenderão esta lição mediante o devido preço.

Este livramento de Davi foi um sinal de seu livramento posterior. Fala de completar a sua libertação como algo já realizado, apesar de ter diante de si muitas tribulações; porque, apesar de ter a promessa de Deus, sentia-se tão seguro quanto se a promessa já tivesse se cumprido. O Senhor o livraria de todas as suas tribulações. Que Ele ajude a cada um de nós a levar a cruz sem afãs e, a longo prazo, a participar de suas vitórias e de sua glória. Os cristãos jamais devem tolerar que a voz dos louvores e das ações de graças cesse na congregação dos remidos.