Salmo 69 — Estudo Devocional

Salmo 69 

Oração de um homem perseguido
De Davi. Ao regente do coro — com a melodia de “Os Lírios”.

O Salmo 69 é um clamor sincero de angústia e um apelo pela ajuda de Deus em tempos de sofrimento e perseguição. Também expressa confiança na salvação de Deus. Aqui estão algumas aplicações de vida básicas nos ensinamentos do Salmo 69:

1. Volte-se para Deus em tempos de angústia: imite o exemplo do salmista voltando-se para Deus em momentos de angústia ou sofrimento. Ao enfrentar a adversidade, busque consolo, orientação e força por meio da oração e da fé.

2. Expresse seus sentimentos a Deus: O salmista expressa honestamente seus sentimentos de angústia e angústia. Aplique isso sendo aberto e honesto com Deus sobre suas próprias lutas e emoções. Deus é um ouvinte compassivo.

3. Ore por libertação: Como o salmista, ore por liberação de seus problemas e desafios. Confie que Deus é um refúgio e um ajudador em tempos de dificuldade.

4. Busque a misericórdia e a compaixão de Deus: Reconheça a misericórdia e a compaixão de Deus em sua vida. Mesmo em tempos difíceis, saiba que o amor e a graça de Deus estão disponíveis para sustentá-lo e confortá-lo.

5. Apoie-se na força de Deus: O salmista confia na força de Deus para perseverar. Aplique isso apoiando-se na força e na graça de Deus para ajudá-lo a perseverar em meio às dificuldades e desafios.

6. Mantenha sua fé: Mesmo diante da adversidade, continue a manter sua fé na segurança e na soberania de Deus. Confie que Ele está cumprindo Seus propósitos, mesmo em situações específicas.

7. Minério por seus inimigos: O salmista ora pela destruição de seus inimigos. Embora seja natural desejar justiça, considere também orar pela transformação e redenção de seus inimigos. Mostre amor e perdão, como Cristo ensinou.

8. Reflita sobre a salvação de Deus: O salmista expressa confiança na salvação de Deus. Aplique isso refletindo regularmente sobre a salvação encontrada em Jesus Cristo. Encontre esperança e segurança no conhecimento da obra redentora de Deus.

9. Mantenha um Coração de Louvor: Apesar dos desafios, esforce-se para manter um coração de louvor e agradecimentos. Encontre motivos para adorar a Deus mesmo em tempos difíceis, regularizando Sua fidelidade e gentileza.

10. Apoie e incentive outras pessoas: Esteja atento a outras pessoas que possam estar passando por momentos difíceis. Oferecer apoio, incentivo e oração àqueles que sofrem ou estão em perigo.

11. Busque Justiça e Retidão: Busque justiça e retidão em sua própria vida e em suas interações com outras pessoas. Defenda a justiça, especialmente para aqueles que são oprimidos ou marginalizados.

12. Lembre-se do amor infalível de Deus: O salmista menciona o amor infalível de Deus. Aplique isso ancorando sua confiança no amor infalível de Deus, mesmo quando as situações forem solicitadas. Seu amor permanece constante e pode proporcionar conforto e força.

Em resumo, o Salmo 69 nos encoraja a nos voltarmos para Deus na angústia, expressar sentimentos honestamente, orar por libertação, buscar a misericórdia e nossa compaixão de Deus, confiar em Sua força, manter nossa fé, orar pela transformação dos inimigos, refletir sobre a salvação de Deus, mantenha um coração de louvor, apoie outros em suas dificuldades, busque justiça e retidão e lembre-se do amor infalível de Deus. Esses aplicativos podem ajudá-lo a enfrentar os desafios com fé, confiança e confiança no cuidado e orientação de Deus.

Devocional

Este é mais um salmo messiânico, no qual Davi expressa alguns dos sentimentos que, 1.000 anos depois, seriam experimentados por seu descendente e Salvador, Jesus Cristo. Veja os quadros “Meditando nos Salmos” (Sl 3), e “Salmos Reais e Messiânicos” (Sl 22).

69.1-2 Entrei em águas profundas. Às vezes nos metemos em questões que se revelam muito mais complicadas do que nossa capacidade de lidar com elas, e acabamos precisando de socorro. Pode tanto ser um lamaçal no sentido figurado — como problemas sem nenhuma solução aparente — quanto no sentido literal, como por exemplo, nas tragédias de deslizamentos de terra e desabamentos por excesso de chuvas. Podemos ser transparentes com Deus, gritar por socorro, e compartilhar como nos sentimos na hora do nosso desespero.

69.3-4 Estou rouco de tanto gritar. Para piorar a situação, o socorro que esperamos da parte de Deus pode demorar para chegar, e enquanto esperamos, muitas vezes sofremos sem justa causa. Tal como aconteceu com Lázaro, o amigo de Jesus, Deus pode ter outros planos para a situação. Estes serão melhores, mas ainda não os conhecemos. Veja Jo 11.1-44, notas.

69.5 meus pecados não estão escondidos de ti. Deus sempre sabe o que estamos fazendo ou pensando. Ele sabe tudo, mas o bom é que mesmo sabendo ele continua nos amando — exatamente por causa de nossos pecados, ele sabe que precisamos de salvação. Essa autoimagem realista, de nos sabermos pecadores, é um importante fator de saúde, pois nos mantém apegados à verdade, e também ao sacrifício salvador do Messias.

69.6 não permitas que eu traga desgraça. Note a preocupação do salmista com as pessoas que o seguem, seus compatriotas e companheiros de fé em Deus. Assim também fez Jesus, que se dedicou a preparar seus discípulos para a difícil mas necessária experiência de verem seu herói ser preso e morto.

69.6-12 é por causa do meu amor por ti. Percebemos aqui referências que se aplicam ao Messias, o filho de Davi, e portanto também a seus seguidores: às vezes sofreremos por causas justas. Se perseguiram a Jesus, que era sem pecado e perfeito, quanto mais farão isso conosco também. o meu amor pelo teu Templo queima. Esta frase é citada em Jo 2.17, quando Jesus expulsa os vendedores do templo. Veja o quadro “Salmos Reais e Messiânicos” (Sl 22).

69.13-21 não te escondas do teu servo. O clamor a Deus pelo livramento, que veio em tempo para Davi (e para Jesus só veio após a morte e sepultamento). estava com sede, me ofereceram vinagre. Mais uma profecia messiânica cumprida na crucificação de Jesus. 

69.22-28 que os seus banquetes sejam a desgraça deles. A transparência de Davi mostra que podemos expressar a Deus nossos sentimentos reais, inclusive os de vingança e mágoa pelas injustiças sofridas. Aqui podemos perceber diferenças entre Davi e o Messias, que pede perdão pelos seus perseguidores. Ao mesmo tempo, o Novo Testamento aplica estes versos a judeus que não querem aceitar a Cristo (Rm 11.9-10) e também a Judas, que o traiu (At 1.20). 

69.29-36 os descendentes… aqueles que o amam viverão ali. Mesmo sem ter visto a obra de Cristo, Davi profetiza o resultado do seu sacrifício: amor a Deus e vida em paz (veja Rm 5.1-5, notas). O sofrimento do Messias se converte em louvor e anúncio da grandeza da salvação de Deus, que é muito maior do que as oferendas de animais. Percebemos, mesmo que com a linguagem daquela época, sinais da vitória final, dada por Deus, sobre a morte.

69.35 construirá de novo as cidades. Ele nos promete esperança de reconstrução das nossas vidas.