Gênesis 21 — Explicação das Escrituras

Gênesis 21

21:1–10 Quando o filho prometido nasceu para Abraão e Sara, os pais em êxtase o chamaram de Isaque (“risos”), conforme ordenado por Deus (17:19, 21). Isso expressava seu próprio deleite e o deleite de todos os que ouviam as notícias. Isaque provavelmente tinha de dois a cinco anos quando foi desmamado. Ismael teria entre treze e dezessete anos. Quando Sara viu Ismael zombando de Isaque na festa de desmame, ela ordenou a Abraão que expulsasse Hagar e seu filho. Paulo interpreta essa ação como evidência de que a lei persegue a graça, que a lei e a graça não podem ser misturadas e que as bênçãos espirituais não podem ser obtidas com base no princípio legal (Gálatas 4:29).

21:11–13 Abraão ficou triste por perder Hagar e Ismael, mas Deus o consolou com a promessa de que Ismael se tornaria o pai de uma grande nação. Ainda assim, o Senhor deixou claro que Isaque era o filho prometido por meio de quem o convênio seria realizado.

21:14–21 Quando Hagar e o menino quase morreram de sede no deserto ao sul de Canaã, Deus os fez encontrar um poço e foram poupados. Ismael era adolescente nessa época; portanto, o versículo 15 provavelmente significa que Hagar o empurrou para baixo de um dos arbustos em sua fraqueza. O nome de Ismael, “Deus ouve”, é encontrado duas vezes no versículo 17 – “Deus ouviu” e “Deus ouviu”. Crianças e jovens devem ser encorajados a orar. Deus ouve e responde!

21:22–34 O Abimeleque no versículo 22 não é necessariamente o mesmo do capítulo 20. Os servos desse chefe haviam tomado um poço de água dos homens de Abraão. Quando Abimeleque e Abraão fizeram um tratado de amizade, o patriarca contou a Abimeleque sobre o poço que havia sido apreendido. O resultado foi uma aliança que concedeu o poço a Abraão. Ele prontamente o chamou de Berseba (“poço do juramento”). O lugar mais tarde se tornou uma cidade, marcando o limite sul da terra. Abraão plantou uma tamargueira como memorial.

Notas Adicionais:

21.1 Este é um maravilhoso comentário a respeito da natureza de Deus que exulta em realizar aquilo que aos homens parece impossível, cumprindo sua promessa feita aos que creem em sua palavra (cf. Gn 17.15,16). • N. Hom. 21.7 O nascimento de Isaque mostra: 1) A fidelidade imutável de Deus (cf. Js 21.45; 23.14); 2) O plano perfeito de Deus. Abraão e Sara estavam resignados a aceitar Ismael, como se este desse cumprimento à promessa de Deus. Não obstante, os padrões divinos são muito mais excelentes (Gl 4.22-31); 3) A suficiência absoluta de Deus, que podia eliminar dúvidas sobre todas as coisas, quando Abraão não as podia provar para si mesmo.

21.11 As leis da época, reveladas nos tabletes de Nuzi, indicam não só o fato de que o filho da esposa tinha precedência sobre o filho da escrava no caso de herança, mas também que o filho da serva não podia ser expulso depois do nascimento do filho da esposa. Deus desfez os receios de Abraão, asseverando-lhe que Isaque era, realmente, o continuador da linha genealógica da bênção prometida.

21.17 Ismael contava, já, com cerca de 17 anos de idade; não era mais aquela criancinha que Agar tinha carregado em seus braços. A referência ao fato de Deus ter ouvido (Ismael significa “Deus ouve”) a voz de Ismael, indica que Abraão lhe havia ensinado a orar.

21.22 Abimeleque, aqui, pode ser ou não o mesmo rei referido no capítulo 20. Não se tratava de um nome pessoal, e sim, de um título como os de Faraó, rei ou presidente. Deus é contigo. Empolgante característica dos patriarcas (Isaque, 26.2; 28; Jacó, 30.27; José, 39.3).

21.30 A oferta de sete cordeiras; feita por Abraão, é descritiva de uma das maneiras pelas quais se estabeleciam alianças. O nome Berseba (“fonte dos sete”) indica que o poço era reconhecido como pertencente a Abraão mediante ajuste solenemente celebrado (ver Gn 26.32 e cf. NCB, p 103).

21.33 Antes da centralização do culto no Tabernáculo ou no templo, era costume plantarem-se árvores como memorial relacionado com certos acontecimentos religiosos. Abraão assim procedeu em Berseba e prestou culto ao Deus da Eternidade (heb. El Olam) que é de eternidade a eternidade, nome particularmente apropriado quando em conexão com o estabelecimento de uma aliança. Cada nome especial de Deus, em Gênesis, revela um novo aspecto da sua auto-revelação (cf. 14.18; 16.13;17.1; 33.20; 35.7 e as notas respectivas).

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