Gênesis 40 — Explicação das Escrituras
Gênesis 40
40:1–19 Entre os companheiros de prisão de José estavam o copeiro e o padeiro do rei do Egito (vv. 1–4). Quando cada um deles teve um sonho, José se ofereceu para interpretá-los (vv. 5–8). O sonho do mordomo com a videira significava que Faraó levantaria sua cabeça para uma posição de favor em três dias (vv. 9–15). Mas o sonho do padeiro sobre as três cestas de bolo branco indicava que dentro de três dias o Faraó levantaria sua cabeça - pendurando-o (vv. 16-19).
Observe que José não esperou que suas circunstâncias mudassem. Ele glorificou a Deus e serviu aos outros nas circunstâncias.
40:20–23 Quando o copeiro-mor foi solto, ele deixou de interceder por José, como havia prometido (v. 23). Mas o Senhor não esqueceu. “Lembra-te de mim, quando estiveres bem” (v. 14). O Salvador falou palavras semelhantes na noite de Sua traição, palavras que podemos obedecer tomando o pão e o vinho simbólicos.
Notas Adicionais:
40.4 A responsabilidade aqui atribuída a José, bem como a posição anterior de mordomo, exercida na casa de Potifar, proporcionaram-lhe treinamento necessário para conduzir sabiamente a nação em ambas as crises a sobrevirem, isto é, a crise da superprodução e da escassez.40.8 A interpretação dos sonhos pertence a Deus, por ser Ele a Fonte da qual provêm (cf. Dn 2.20-22), José se reconhecia como sendo apenas veiculo para a interpretação divina de Deus. Assim é que Deus sempre tem tornado conhecida sua vontade, mediante canais humanos e, de modo sublime, mediante seu Filho, que se fez carne (cf. Jo 1.14 com Hb 1.2).
40.11 Os copos egípcios não tinham nem hastes nem alças; pelo que, eram colocados na mão. Eis um pormenor comprovador da veracidade da narrativa (ver NCB, p 113).
40.20 Os aniversários de nascimento dos Faraós eram celebrados com grandes festas e com a libertação de prisioneiros. O copeiro-chefe e o padeiro-chefe eram pessoas de grande responsabilidade. Cumprir-lhes-ia exercer vigilância para que ficassem frustrados os constantes atentados contra a vida do Faraó. As evidências acumuladas contra o padeiro teriam comprovado que, não o copeiro-chefe, mas sim o superintendente da panificadora real estaria seriamente compro- metido.
40.23 A ingratidão do copeiro-chefe está demonstrada no fato do esquecimento a que José ficara relegado. Aquele profundo desapontamento de José, pois que teve de continuar naquela prisão, injustamente, por mais de dois anos, Deus o tornou útil (pois ele não o haveria de esquecer) fazendo-o ainda mais capacitado para a oportuna exaltação a primeiro ministro. Digno de comparação é o caso dos quarenta anos que Moisés passara no deserto de Midiã, aguardando o tempo que Deus havia estabelecido para constituí-lo líder do povo de Israel na libertação do Egito. • N. Hom. José teve oportunidade de aprender três coisas: 1) Os caminhos divinos são mais sábios - “Toda disciplina, no momento, não parece motivo de alegria” (Hb 12.11); 2) O tempo que Deus estabelece é o melhor - o relógio da providência divina não falha (cf. Jo 2.4, 7.6, 12.23, 13.1 e 17.1); 3) A graça divina era mais do que suficiente - observe-se a maneira como José, sem murmurações, ia enfrentando todas as injustiças; o ânimo inquebrantável que conservava no meio de tantos sofrimentos; a simpatia que demonstrava em face das aflições alheias: e, finalmente, a resignação com que se havia quando apanhado pelas surpresas desagradáveis. Tudo isso nos é possível ainda hoje, sob a graça de Deus (cf. 2 Co 12.9).
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