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AARÃO
Personagem bíblico do Antigo Testamento (do hebraico אַהֲרֹן — Aharon; LXX: Ἀαρών — Aarōn; Vulgata: Aaron). O nome é de etimologia incerta, e diversas hipóteses foram levantadas ao longo da história da pesquisa filológica. Entre as propostas estão “montanhês” (Gesenius), “iluminado” (Fürst), ou ainda uma derivação especulativa de uma raiz arcaica associada ao termo “arca” (ha-’aron), como conjectura Redslob — embora essa seja considerada uma hipótese tardia e pouco provável. Outras sugestões incluem significados como “monte de força” ou “enriquecido”, porém nenhuma dessas etimologias é confirmada pelo próprio texto bíblico, que não oferece explicação para o nome. Notavelmente, Aarão é o único personagem na Bíblia a possuir esse nome.
I. GENEALOGIA, FAMÍLIA E ORIGEM
Aarão foi filho de Amrão (Amram) e Joquebede (Yokheved), ambos da tribo de Levi (Êxodo 6:20; Números 26:59). Era irmão mais velho de Moisés, por três anos (Êxodo 7:7), e de Miriã (Êxodo 15:20), compondo uma tríade familiar de figuras centrais na história do Êxodo e da formação da identidade nacional israelita.
O nascimento de Aarão se deu durante o período de opressão dos hebreus no Egito, mas aparentemente antes da promulgação do decreto genocida de Êxodo 1:22, que ordenava o extermínio dos meninos hebreus. Seu irmão Moisés nasceu posteriormente, sob essa ameaça direta.
A tradição genealógica (Êxodo 6:16-20; 1 Crônicas 6:1-3) o coloca como bisneto de Levi, sendo filho de Anrão, neto de Coate e bisneto de Levi. Entretanto, os próprios dados numéricos do censo dos coatitas (Números 3:28) e os padrões das genealogias hebraicas — frequentemente estilizadas, seletivas ou representativas — sugerem lacunas nas gerações, reforçando a hipótese de que a linha é abreviada.
Aarão casou-se com Eliseba (Elisheva), filha de Aminadabe e irmã de Naassom, príncipe da tribo de Judá (Êxodo 6:23; Rute 4:20; 1 Crônicas 2:10; Mateus 1:4), unindo, assim, laços entre a liderança levítica e a linhagem régia davídica. Dessa união nasceram quatro filhos: Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar (Êxodo 6:23; Levítico 10:1,6). Nadabe e Abiú morreram tragicamente, consumidos por fogo divino, em razão de um ato de sacrilégio ao oferecerem “fogo estranho” diante do Senhor (Levítico 10:1-2). A descendência sacerdotal perpetuou-se através de Eleazar e Itamar (1 Crônicas 24:1ss).
II. AARÃO COMO PORTA-VOZ DE MOISÉS
A história pública de Aarão começa no episódio da sarça ardente (Êxodo 3–4). Diante da resistência de Moisés ao chamado divino, que se dizia “pesado de boca e pesado de língua” (Êxodo 4:10), Deus nomeou Aarão como seu porta-voz: “Certamente ele pode falar bem” (Êxodo 4:14). Assim, Aarão foi instituído como o “boca” de Moisés (Êxodo 4:16) e seu “profeta” (Êxodo 7:1).
O reencontro entre os irmãos deu-se no deserto, no Monte Horebe, por ordem direta do Senhor (Êxodo 4:27). Dali, juntos, seguiram para o Egito, onde se apresentaram tanto aos anciãos de Israel quanto ao próprio Faraó, iniciando a missão de libertação do povo (Êxodo 4:29-31; 5:1ss).
Em todas as negociações com Faraó e na realização dos sinais miraculosos, Aarão atuou como agente da palavra e, por vezes, executor dos sinais, como o uso do cajado que se transformou em serpente (Êxodo 7:9-12) e nas pragas subsequentes (Êxodo 7–12). Contudo, é sempre Moisés quem detém a autoridade última, enquanto Aarão permanece numa função auxiliar, subordinada, mas indispensável.
O episódio da batalha contra os amalequitas (Êxodo 17:8-13) ilustra também o papel de suporte de Aarão: juntamente com Hur, ele sustenta as mãos de Moisés durante a batalha, simbolizando o suporte espiritual e político no enfrentamento das adversidades.
III. EPISÓDIO DO BEZERRO DE OURO
Durante a permanência de Moisés no Monte Sinai por quarenta dias e quarenta noites, Aarão permaneceu no acampamento como líder interino (Êxodo 24:14). A pressão popular levou-o a cometer seu erro mais notório: a fabricação do bezerro de ouro (Êxodo 32).
Atendendo à exigência do povo, Aarão recolheu os brincos de ouro e fundiu uma imagem de bezerro — possivelmente uma representação sincrética inspirada no culto egípcio ao deus Ápis. Apesar de declarar que o culto seria ao Senhor (YHWH), a transgressão residiu tanto na violação do mandamento contra imagens (Êxodo 20:4) quanto na tentativa de mediar a adoração do Deus invisível por meio de um símbolo visível.
Confrontado por Moisés, Aarão tentou justificar-se, responsabilizando o povo (Êxodo 32:22-24). De acordo com Deuteronômio 9:20, a ira de Deus se acendeu contra Aarão “para destruí-lo”, e apenas a intercessão de Moisés evitou sua morte. Este episódio marca um ponto crucial, revelando tanto a fraqueza de liderança de Aarão quanto sua dependência espiritual do irmão.
IV. CONSAGRAÇÃO SACERDOTAL E FUNÇÃO NO CULTO
Após a construção do tabernáculo (Êxodo 40), Aarão foi solenemente consagrado ao sumo sacerdócio por Moisés, que derramou sobre sua cabeça o óleo da unção (Levítico 8:12), símbolo do Espírito de Deus. Suas vestes sacerdotais — meticulosamente descritas em Êxodo 28 — tinham função teológica e representativa: O peitoral com doze pedras preciosas, representando as doze tribos (Êxodo 28:17-21); A lâmina de ouro sobre a mitra, gravada com as palavras “SANTIDADE AO SENHOR” (Êxodo 28:36); O éfode, o urim e tumim como instrumentos oraculares.
Aarão tornou-se, assim, mediador entre Deus e o povo, oficiando sacrifícios e especialmente o ritual do Dia da Expiação (Levítico 16), no qual entrava no Santo dos Santos uma vez por ano, aspergindo sangue sobre o propiciatório para fazer expiação por todo o povo.
A teologia sacerdotal do Pentateuco define o papel de Aarão como central no processo de kapparah (expiação), cujo conceito, conforme Levítico 1–7, envolve tanto “cobrir” quanto “cancelar” a dívida do pecado através da transferência simbólica do pecado para o animal sacrificado.
V. EPISÓDIOS DE REBELIÃO E CONFLITOS
Apesar da dignidade de seu ofício, Aarão esteve envolvido em dois episódios que revelam sua fragilidade moral:
Rebelião com Miriã contra Moisés (Números 12) — Motivados pela questão do casamento de Moisés com uma mulher cuxita, Aarão e Miriã questionaram a singularidade da mediação profética de Moisés. Deus interveio diretamente, declarando que com Moisés falava “boca a boca” (Números 12:8). Miriã foi castigada com lepra, e Aarão, tomado de temor, intercedeu a Moisés pelo perdão (Números 12:11-13).
Rebelião de Corá, Datã e Abirão (Números 16) — Uma insurgência contra a liderança de Moisés e contra o sacerdócio aarônico. A rebelião culminou com a destruição miraculosa dos conspiradores e com a praga que se abateu sobre o povo. Aarão, por ordem de Moisés, correu com o incensário entre os vivos e os mortos, ficando “entre os mortos e os vivos; e cessou a praga” (Números 16:48). A confirmação definitiva do sacerdócio de Aarão veio com o milagre da vara que floresceu, brotou amêndoas e foi guardada no tabernáculo como testemunho (Números 17:8-10; Hebreus 9:4).
VI. MERIBÁ E SUA MORTE
O episódio de Meribá (Números 20:1-13) sela o destino final de Aarão. Deus ordenou que Moisés e Aarão falassem à rocha para que dela saísse água. Contudo, Moisés, irado, feriu a rocha duas vezes com seu bordão, e ambos foram considerados culpados por não haverem santificado o nome do Senhor diante do povo (Números 20:12). Como consequência, foram proibidos de entrar na Terra Prometida.
A morte de Aarão ocorreu no Monte Hor (Números 20:22-29; 33:38-39; Deuteronômio 10:6). Na presença de todo o povo, subiu com Moisés e seu filho Eleazar ao cume da montanha. Ali, suas vestes sacerdotais foram transferidas para Eleazar, sinalizando a sucessão no sumo sacerdócio. Aarão morreu aos 123 anos, e o povo o pranteou por trinta dias. A tradição judaica e islâmica localiza seu túmulo no Jebel Harun, próximo a Petra, na atual Jordânia, onde até hoje é reverenciado.
VII. O SACERDÓCIO AARÔNICO, SUA TEOLOGIA E DESDOBRAMENTOS HISTÓRICOS
O sacerdócio de Aarão, estabelecido por instituição divina e descrito detalhadamente nos livros de Êxodo, Levítico e Números, representa o arquétipo do sacerdócio veterotestamentário e exerce um papel absolutamente central na teologia do culto israelita. A ordenação de Aarão e de seus filhos, narrada em Levítico 8 e 9, não é apenas uma investidura cerimonial, mas sim uma separação ontológica, marcada por elementos teológicos que articulam a mediação entre o Deus santo e um povo pecador. Desde esse momento, o sumo sacerdote não é apenas um funcionário religioso, mas um representante sacramental de Israel diante de Deus, e de Deus diante de Israel.
A complexidade e a riqueza simbólica das vestes sacerdotais (Êxodo 28–29) refletem, em tecido, metal e pedra, uma teologia visualizada. O éfode, o peitoral com doze pedras gravadas com os nomes das tribos, a mitra com a lâmina de ouro que ostentava a inscrição “SANTIDADE AO SENHOR” e o uso dos oráculos sagrados — Urim e Tumim —, posicionavam Aarão como o mediador legítimo da vontade divina, tanto no culto quanto nas decisões judiciais e nacionais. A indumentária não era meramente suntuosa, mas um microcosmo de Israel, um lembrete tangível de que o sacerdote carregava, literalmente sobre seus ombros e sobre seu peito, o peso e a intercessão constante pelas doze tribos.
O ápice da função sacerdotal aarônica se encontra no ritual do Dia da Expiação (Yom Kippur), descrito em Levítico 16. Nesse rito singular, Aarão, como sumo sacerdote, realizava uma série de purificações, tanto por si e por sua casa quanto pelo povo. Inicialmente, oferecia um novilho como sacrifício pelos próprios pecados, reconhecendo explicitamente sua condição de homem pecador e a insuficiência ontológica do próprio mediador. Em seguida, escolhia-se por sorteio dois bodes: um seria sacrificado como oferta pelo pecado e seu sangue aspergido no Santo dos Santos, sobre o propiciatório, na presença direta de Deus, enquanto o outro, o bode emissário (Azazel), recebia, mediante a imposição das mãos de Aarão, a transferência simbólica de todos os pecados, transgressões e iniquidades dos filhos de Israel, sendo então conduzido ao deserto para carregar sobre si essa culpa. Este ritual não apenas realizava a expiação anual da comunidade, mas representava, no coração da teologia levítica, a possibilidade do perdão, da reconciliação e da restauração do pacto entre Deus e Israel.
O conceito teológico subjacente ao sacerdócio aarônico é aquele de kippur, expiação, cuja raiz hebraica kpr transmite a ideia de “cobrir”, mas não no sentido de ocultar, e sim no de satisfazer, cancelar ou reparar uma dívida. O sangue dos sacrifícios, longe de ser uma mágica supersticiosa, simbolizava a vida derramada, a substituição vicária, em que a morte do inocente substituto redimia a culpa do ofertante. A imposição das mãos sobre a cabeça do animal (Levítico 1:4; 4:15; 16:21) não era mero gesto litúrgico, mas uma transação simbólica real, na qual o pecado era transferido do pecador ao animal sacrificado.
A teologia do sacerdócio de Aarão é, portanto, uma teologia da mediação, da representação e da reparação. O sacerdote não era livre para inovar no culto; toda a sua ação estava estritamente subordinada às ordenanças divinas reveladas, pois qualquer transgressão no rito sagrado era interpretada como uma afronta direta à santidade de Deus, como tragicamente demonstrado na morte de seus filhos Nadabe e Abiú (Levítico 10:1-2) por terem oferecido “fogo estranho” diante do Senhor.
Além de sua função sacrificial, o sacerdote também detinha uma função didática e jurisprudencial. Era responsável por instruir o povo na Torá, a Lei de Deus (Deuteronômio 33:10; Malaquias 2:7), e por exercer julgamento em casos de impureza ritual, como na identificação e manejo das doenças de pele (Levítico 13–14) e das impurezas físicas (Levítico 15). Esta dimensão pedagógica do sacerdócio fazia do sacerdote um guardião da santidade comunitária e um transmissor autorizado da vontade divina.
A sucessão sacerdotal foi rigidamente estabelecida na linhagem de Aarão, passando ao filho mais velho sobrevivente, Eleazar, e, posteriormente, também à linhagem de Itamar em certos períodos, como testemunha a história de Eli (1 Samuel 2). Durante o período davídico, os descendentes de Aarão eram numerosos (1 Crônicas 12:27; 24:1ss) e organizados em vinte e quatro turnos ou famílias sacerdotais, que se revezavam no serviço do templo. Este sistema perdurou até a destruição do Segundo Templo no ano 70 d.C.
O sacerdócio aarônico, enquanto instituição histórica, transcendeu sua função original no Antigo Testamento para se tornar, no judaísmo pós-templo, um símbolo de um culto perdido, mas também uma memória litúrgica e escatológica, aguardando, na visão de algumas correntes judaicas, sua restauração no templo messiânico futuro.
VIII. TIPOLOGIA CRISTOLÓGICA E O LEGADO DE AARÃO NA TEOLOGIA BÍBLICA
O Novo Testamento, e de forma particularmente contundente a epístola aos Hebreus, interpreta o sacerdócio aarônico como uma tipologia preparatória e provisória, uma sombra das realidades celestiais, cuja plenitude e consumação se dão na pessoa de Jesus Cristo. Hebreus 5:1-4 estabelece que “todo sumo sacerdote é constituído dentre os homens a favor dos homens nas coisas concernentes a Deus, para oferecer tanto dons como sacrifícios pelos pecados”, destacando o caráter representativo e mediador do sacerdote. Essa definição aplica-se de maneira exemplar à figura de Aarão, que, apesar de sua dignidade sacerdotal, é também retratado como alguém sujeito à fraqueza, ao pecado e à necessidade de intercessão, tanto por si quanto pelo povo.
O autor de Hebreus, no entanto, enfatiza que o sacerdócio de Aarão, embora legítimo e instituído por Deus, era transitório e insuficiente para realizar uma expiação definitiva. Isso se evidencia no fato de que o sumo sacerdote precisava repetir, ano após ano, os sacrifícios do Dia da Expiação, pois o sangue de touros e bodes “jamais pode tirar pecados” (Hebreus 10:4). O sacerdócio de Cristo, em contraste, é segundo a ordem de Melquisedeque (Hebreus 7:11-17), um sacerdócio eterno, não fundamentado na genealogia, mas na imortalidade e na perfeição.
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“E ninguém toma para si esta honra, senão o que é chamado por Deus, como Arão.” (Hebreus 5:4) |
Aarão, portanto, figura como tipo de Cristo nas seguintes dimensões teológicas: primeiro, como sumo sacerdote que oferece sacrifícios em favor do povo (Hebreus 8:1ss); segundo, no rito anual do Dia da Expiação, ao entrar no Santo dos Santos com sangue, prefigurando a entrada de Cristo no santuário celestial, não com sangue de animais, mas com seu próprio sangue (Hebreus 9:11-14); terceiro, na unção com óleo santo, que prefigura a unção de Cristo pelo Espírito Santo (Lucas 4:18; Atos 10:38); quarto, ao carregar os nomes das doze tribos sobre seu peito e ombros, representando toda a comunidade diante de Deus, assim como Cristo carrega sobre si toda a humanidade redimida (Efésios 1:10,23; João 12:32); e quinto, na mediação da vontade divina por meio do Urim e Tumim, figura que se plenifica na mediação perfeita de Cristo, “o único Mediador entre Deus e os homens” (1 Timóteo 2:5).
Contudo, o sacerdócio de Cristo, embora anunciado nas categorias do sacerdócio aarônico, transcende-o infinitamente. Ao contrário de Aarão, que oferecia sacrifícios também pelos próprios pecados, Cristo, sendo sem pecado, ofereceu-se a si mesmo como sacrifício único e perfeito (Hebreus 7:27; 9:14). Enquanto Aarão entrava no Santo dos Santos apenas uma vez por ano e com sangue alheio, Cristo entrou de uma vez por todas no verdadeiro santuário, não feito por mãos humanas, e assegurou redenção eterna (Hebreus 9:24-26).
Na tradição cristã primitiva, bem como na reflexão patrística e na teologia sistemática posterior, a figura de Aarão permanece como paradigma e antítipo: um sacerdote falível, necessitado de mediação, cuja existência sacramental aponta, por meio de sua insuficiência, para a suficiência absoluta do sacerdócio de Cristo. A teologia paulina e joanina também herda essa percepção, seja na ideia do Cristo como intercessor celeste (Romanos 8:34; 1 João 2:1), seja na concepção joanina do cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (João 1:29), que remete diretamente à teologia sacrificial estruturada no culto aarônico.
A permanência da figura de Aarão, tanto no judaísmo quanto no cristianismo, não reside apenas na memória histórica de um ofício extinto, mas na sua função permanente como testemunho da necessidade de mediação entre a santidade de Deus e a pecaminosidade humana. O sacerdócio de Aarão, portanto, permanece teologicamente significativo, não como modelo vigente, mas como testemunho de uma economia da graça que, em Cristo, atinge sua plena realização e consumação.
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