Salmo 136 — Análise Bíblica
Salmo 136: Louvor sem fim
O salmo 136 é chamado, por vezes, de Grande Hallel (“o Grande Salmo de Louvor”), pois consiste exclusivamente em louvores a Deus por quem ele é e por aquilo que fez. Sem dúvida, foi escrito para ser um hino em que um grupo de vozes canta a primeira parte de cada versículo e a congregação responde vinte e seis vezes: Porque a sua misericórdia dura para sempre. Esse mesmo refrão acompanhou os cânticos na dedicação do templo de Salomão (2Cr 7:3,6). Também foi entoado quando o Senhor livrou Josafá (2Cr 20). Devemos esforçar-nos para louvar a Deus de todo o coração e de forma tão completa quanto o salmista faz nesse cântico.
136:1-9 Louvor ao nosso Criador
Várias coisas despertam a gratidão dos seres humanos. Agradecemos a nossos pais e a outras pessoas que fazem algo por nós, e ficamos felizes quando outros nos agradecem por termos feito algo por eles. Nunca somos velhos demais para ser gratos. Por que, então, hesitamos tanto em render graças ao Senhor (136:1)? Se demonstramos gratidão a nossos benfeitores, devemos ser gratos, acima de tudo, àquele que é bom e nos concede todas as boas dádivas. Além disso, ele á a fonte suprema de bem, muito mais exaltado que todos os deuses e senhores (136:2-3). Como tal, é o único que opera grandes maravilhas (136:4). Na sequência, o salmista fornece alguns exemplos das “grandes maravilhas” que o Senhor operou. Primeiro, focaliza as maravilhas da criação e as considera na mesma ordem que Gênesis 1:1-19 as descreve. Os céus que Deus criou revelam sua sabedoria (136:5). Pode-se dizer o mesmo da terra, separada dos mares ao seu redor (136:6). Deus também colocou em seu devido lugar os grandes luminares, o sol, a lua e as estrelas que até hoje contemplamos com admiração (136:7-9). Desse modo, ele nos deu o dia para o trabalho e a noite para o descanso. Aquele que opera maravilhas como nenhum outro fez todas essas coisas para que as desfrutássemos e glorificássemos seu nome. Ninguém é capaz de reproduzi-las. A admiração diante da obra de Deus na criação constitui um tema frequente nas Escrituras. É enfatizado várias vezes em Jó (9:4-10; 38:4— 41:6) e tratado em Provérbios 3:19; 8:22-31; Isaías 40:12-14 e Jeremias 10:12. Que contraste com os deuses impotentes feitos por mãos humanas que o salmista descreve em 135:15-17!
136:10-22 Louvor ao nosso Libertador
O salmista passa da maravilha do mundo que Deus criou para a maravilha daquilo que ele fez por seu povo, Israel. O ato mais marcante foi a libertação de Israel da escravidão no Egito. A morte dos primogênitos do Egito (136:10) foi o ponto culminante de uma série de milagres que Deus realizou a fim de obrigar os opressores de Israel a libertá-los. Não admira o salmista dizer que Deus os livrou com mão poderosa (136:11-12). Quando os inimigos tentaram capturá-los novamente, Deus mostrou seu poder sobre as águas que ele mesmo criou, separou-as para que seu povo pudesse passar em segurança e afundou Faraó e [...] seu exército (136:13-15). Deus não livrou os israelitas e depois os entregou à própria sorte. Conduziu o seu povo pelo deserto (136:16) e lutou ao seu lado como guerreiro (136:17-20; cf. Nm 21:21-35; Js 12:7-24). Por fim, deu a Israel sua terra em herança (136:21-22). Os cristãos podem louvar a Deus não apenas por aquilo que ele fez no tempo do êxodo, mas também por tudo o que ele realizou desde então. Sobretudo, podemos louvá-lo por nos ter livrado do pecado e nos incluído em sua família, na qual somos herdeiros com Cristo (Rm 8:17).
136:23-26 Louvor ao nosso Provedor
Deus se lembrou do povo em seu abatimento (136:23), ou seja, sua condição humilde como seres criados e como escravos no Egito. Libertou-os de seus adversários (136:24) e lhes mostrou claramente que a sua misericórdia dura para sempre. Essa misericórdia pode ser vista em toda a criação, pois ele dá alimento a toda carne (136:25). Assim como proveu alimento para os israelitas no deserto, também sustenta todos os animais, aves, répteis e insetos, ou seja, todo ser que respira. Depois de lembrar a maravilha e a variedade da criação de Deus e o modo extraordinário de o Senhor se preocupar com ela, o salmista conclui com outro brado de louvor ao Deus dos céus cuja misericórdia dura para sempre (136:26).
Índice: Salmo 129 Salmo 130 Salmo 131 Salmo 132 Salmo 133 Salmo 134 Salmo 135 Salmo 136 Salmo 137 Salmo 138 Salmo 139 Salmo 140
136:1-9 Louvor ao nosso Criador
Várias coisas despertam a gratidão dos seres humanos. Agradecemos a nossos pais e a outras pessoas que fazem algo por nós, e ficamos felizes quando outros nos agradecem por termos feito algo por eles. Nunca somos velhos demais para ser gratos. Por que, então, hesitamos tanto em render graças ao Senhor (136:1)? Se demonstramos gratidão a nossos benfeitores, devemos ser gratos, acima de tudo, àquele que é bom e nos concede todas as boas dádivas. Além disso, ele á a fonte suprema de bem, muito mais exaltado que todos os deuses e senhores (136:2-3). Como tal, é o único que opera grandes maravilhas (136:4). Na sequência, o salmista fornece alguns exemplos das “grandes maravilhas” que o Senhor operou. Primeiro, focaliza as maravilhas da criação e as considera na mesma ordem que Gênesis 1:1-19 as descreve. Os céus que Deus criou revelam sua sabedoria (136:5). Pode-se dizer o mesmo da terra, separada dos mares ao seu redor (136:6). Deus também colocou em seu devido lugar os grandes luminares, o sol, a lua e as estrelas que até hoje contemplamos com admiração (136:7-9). Desse modo, ele nos deu o dia para o trabalho e a noite para o descanso. Aquele que opera maravilhas como nenhum outro fez todas essas coisas para que as desfrutássemos e glorificássemos seu nome. Ninguém é capaz de reproduzi-las. A admiração diante da obra de Deus na criação constitui um tema frequente nas Escrituras. É enfatizado várias vezes em Jó (9:4-10; 38:4— 41:6) e tratado em Provérbios 3:19; 8:22-31; Isaías 40:12-14 e Jeremias 10:12. Que contraste com os deuses impotentes feitos por mãos humanas que o salmista descreve em 135:15-17!
136:10-22 Louvor ao nosso Libertador
O salmista passa da maravilha do mundo que Deus criou para a maravilha daquilo que ele fez por seu povo, Israel. O ato mais marcante foi a libertação de Israel da escravidão no Egito. A morte dos primogênitos do Egito (136:10) foi o ponto culminante de uma série de milagres que Deus realizou a fim de obrigar os opressores de Israel a libertá-los. Não admira o salmista dizer que Deus os livrou com mão poderosa (136:11-12). Quando os inimigos tentaram capturá-los novamente, Deus mostrou seu poder sobre as águas que ele mesmo criou, separou-as para que seu povo pudesse passar em segurança e afundou Faraó e [...] seu exército (136:13-15). Deus não livrou os israelitas e depois os entregou à própria sorte. Conduziu o seu povo pelo deserto (136:16) e lutou ao seu lado como guerreiro (136:17-20; cf. Nm 21:21-35; Js 12:7-24). Por fim, deu a Israel sua terra em herança (136:21-22). Os cristãos podem louvar a Deus não apenas por aquilo que ele fez no tempo do êxodo, mas também por tudo o que ele realizou desde então. Sobretudo, podemos louvá-lo por nos ter livrado do pecado e nos incluído em sua família, na qual somos herdeiros com Cristo (Rm 8:17).
136:23-26 Louvor ao nosso Provedor
Deus se lembrou do povo em seu abatimento (136:23), ou seja, sua condição humilde como seres criados e como escravos no Egito. Libertou-os de seus adversários (136:24) e lhes mostrou claramente que a sua misericórdia dura para sempre. Essa misericórdia pode ser vista em toda a criação, pois ele dá alimento a toda carne (136:25). Assim como proveu alimento para os israelitas no deserto, também sustenta todos os animais, aves, répteis e insetos, ou seja, todo ser que respira. Depois de lembrar a maravilha e a variedade da criação de Deus e o modo extraordinário de o Senhor se preocupar com ela, o salmista conclui com outro brado de louvor ao Deus dos céus cuja misericórdia dura para sempre (136:26).
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