Interpretação de 2 Crônicas 14

Interpretação de 2 Crônicas 14

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2 Crônicas 14


3) Asa. 14:1 – 16:14.
Estes três capítulos (acrescentando algo a I Reis 15:9-24) descrevem quatro acontecimentos notáveis no longo reinado de Asa - 910*-869* A.C.: 1) a primeira reforma, durante seus dez anos de paz (14:1-8); 2) a vitória sobre Zerá, o etíope, em 896* A.C. (14:9-15); 3) a segunda reforma, que veio como resultado (cap. 15); e 4) a reação hostil de Baasa de Israel, em 895 A.C., que provocou uma série de divergências religiosas da parte de Asa (cap. 16). Asa foi, contudo, o monarca mús justo que surgiu em Judá depois da divisão do reino de Salomão (I Reis 15:11).
2 Crônicas 14
14:1. A terra esteve em paz dez anos. Isto é, até a invasão de Zerá em 896 (veja 15:19, observação). Esta paz, que foi a recompensa divina para a primeira reforma de Asa (vv. 5-7), pode ser buscada em parte, na esmagadora derrota do Israel do norte por Abias (13:17, 20).
3. Aboliu. . . os cultos nos altos (veja 1:3, observação), em obediência a Dt. 12:2, 3; mas parece que o povo continuava a recorrer a eles, apesar da proibição real (15:17). As colunas (heb., massebot) eram as colunas de pedra dos cananeus, os quais acreditavam que continham os Baalins, deuses da fertilidade locais. O termo poste-ídolo (heb., ‘asherim) refere-se, sem dúvida, à Asera, deusa-consorte de Baal, que criam residir em um poste de madeira ao lado da coluna de pedra. Ambos, quando esculpidos, transformavam-se em ídolos (cons. I Reis 15:12).
5. As colunas, sabe-se agora, segundo a arqueologia, que eram incensários (William F. Albright, Archeology and the Religion of Israel, págs. 215, 216).
7. Enquanto a terra ainda está em paz diante de nós. Livre dos inimigos.
8. Trezentos mil de Judá, lanceiros com paveses (pesados escudos que cobriam todo o corpo); duzentos e oitenta mil de Benjamim, arqueiros com escudos mais leves. Essas cifras tão grandes deviam incluir toda a população capaz de pegar em armas.
9. Zerá, o etíope, saiu contra eles. Em hebraico, cushita. Isto pode representar uma tentativa feita por Osorkon I, segundo faraó da Vigésima Segunda Dinastia do Egito, de duplicar a invasão e a pilhagem de seu predecessor, Sisaque (veja comentário sobre 12:2), os resultados, entretanto, contra o piedoso Asa, foram exatamente opostos! Um exército de um milhão de homens. Esta é uma cifra redonda; mas indica um grande ajuntamento, ultrapassando de longe o exército de Asa.
10. Ordenaram a batalha . . . perto de Maressa. No vale que marca a entrada das montanhas, a meio caminho entre Gaza e Jerusalém. Esta era uma das cidades que Roboão tinha fortificado em antecipação de um ataque exatamente como esse (11:9).
11. Além de ti não há quem possa socorrer . . . o fraco. A posição de Asa era desesperadora. Mas para Deus, aquilo que é humanamente possível nada significa (Gn. 18:14); e Asa teve a fé para confiar em Deus e esperar o impossível (cons. Mc. 9:23).
12. O Senhor feriu os etíopes (cons. v. 13). Novamente, os detalhes não foram fornecidos (veja comentário sobre 13:15).
13. Asa e o povo . . . os perseguiram até Gerar, até o sul de Gaza, na sua fuga de volta para o Egito. Sem restar nem um sequer. Literalmente, de modo que não puderam se recuperar (KD). Israel não precisou mais se preocupar com o Egito por 170 anos, até a Vigésima Quinta Dinastia (II Reis 17:4).