Interpretação de 2 Crônicas 24

Interpretação de 2 Crônicas 24

Interpretação de 2 Crônicas 24



2 Crônicas 24


8) Joás (835-796 A.C.). 24:1-27. O reinado de Joás serve de epítome a toda a história de Judá. No começo, Joás viveu de maneira justa, honrando o Senhor e cuidando do Templo, realizando os sacrifícios que descreviam o eterno plano da salvação de Deus (24:1-14). Mas, no final, ele abandonou a ambos, o Senhor e o Seu Templo (vs. 15-19), assassinou o profeta que o repreendeu, o filho do próprio profeta que o colocara sobre o trono e o orientara (vs. 20-22), sofreu humilhante domínio de Hazael de Damasco (23, 24) e morreu enfraquecido de ferimentos por causa dos seus crimes (vs. 25-27). &te capítulo fornece um paralelo mais desenvolvido de II Reis 12 (Joás = Jeoás).
2. Fez Joás o que era reto, exceto que não conseguiu remover os altos (14:3, observação; II Reis 12:3). Todos os dias do sacerdote Joiada; isto é, até alguns anos depois de 813 A.C. (v.14; com. II Reis 12:6). Mas depois da morte do seu grande protetor ele caiu em pecado (vs. 17,18).
4. Depois do vandalismo praticado no templo pelos filhos de Atalia (7), restaurar a casa do Senhor tornou-se uma necessidade.
5. Levantai dinheiro. Em hebraico, prata. A cunhagem de moedas só surgiu no período do Exílio. Mas os levitas não se apressaram, não só porque as pessoas se acostumam com as coisas, mas também porque os sacerdotes dissipavam muito depressa a receita com despesas correntes e seu próprio sustento (II Reis 12:7; Nm. 18:19).
6. O imposto (de) Moisés. II Reis 12:4 especifica as fontes do fisco: “a taxa pessoal”, ou seja, meio siclo cobrado no recenseamento (Êx. 30:14; Mt. 17:24); 2) “o resgate de pessoas segundo a sua avaliação”, ou o resgate substitutivo de três a cinqüenta siclos (Lv. 22:1-8; Nm. 18:15, 16); 3) e a oferta voluntária “que cada um trouxer”.
7. Baalins. Plural. Veja comentário sobre 17:3.
8. Eles fizeram um cofre (Joiada; II Reis 12:9), com uma fenda na tampa (ibid.). Os sacerdotes concordaram em desistir da cobrança e reconstrução (II Reis 12:8), sendo suas necessidades supridas pelo “dinheiro da oferta pela culpa, etc”. (v. 16, Lv. 5:16). E o puseram do lado de fora, à porta; isto é, à direita do altar (II Reis 12:9).
9. Publicou-se. Para o necessário impulso na arrecadação (cons, v. 5, observação).
13. Restauraram a casa de Deus no seu próprio estado, pois nenhuma das ofertas foi usada para o santo equipamento (II Reis 12: 13) até que o trabalho da reparação estivesse consumado (II Cr. 24: 14). II Reis 12:15 destaca também a honestidade e lealdade dos que faziam a obra.
16. Sepultaram-no ... com os reis, uma honra que entra em choque com o destino de Joás (v. 25). Joiada era genro de Jeorão (22:11).
17. Vieram os príncipes de Judá . . . e o rei os ouviu. Os príncipes constituíam a classe mais atraída pelo materialismo do culto a Baal (v. 18; cons. Sf. 1: 8) e foram os más punidos posteriormente (v. 23).
18. Postes-ídolos. Postes de Aserá (veja comentário sobre 14:3).
19. Deus lhes enviou profetas . . . estes profetas testemunharam contra eles. Alguns dos primeiros, como, por exemplo, Semaías e Jeú, foram atendidos (11:2; 12:5; 19:2); mas os últimos, como, por exemplo, Hanani, Micaías e agora Zacarias (v. 20; 16:7; 18:16), foram cada vez mais ignorados.
20. O Espírito de Deus se apoderou de, literalmente “revestiu-se com”, Zacarias (cons. I Cr. 12:18, observação).
22. Joás não se lembrou da beneficência (de) Joiada (em heb, hesed, “lealdade”; cons. I Cr. 16:41, observação). Ele devia seu trono e a própria vida à lealdade do sacerdote (II Cr. 23). O martírio de Zacarias foi citado por Cristo como exemplo final do cânon do V.T. (na ordem dos livros hebraicos), da total perversidade de Israel (Lc. 11:51). O Senhor o verá, e o retribuirá. Esta oração de imprecação, mais do que de perdão (cons. Lc. 23:34; Atos 7:60), justificava-se pela posição oficial de ambos, o assassino e a vítima. O nome de Deus estava em jogo e a vingança tinha de se seguir (II Cr. 24:24, 25).
23. O exército dos siros remeteu os despojos ao seu rei, junto com o tributo que Joás arrancou do Templo. Isto incluía tudo o que fora acumulado desde os dias de Asa (cons. 16:2, observação; II Reis 12:18), cujo pecado assim dava seus últimos frutos (cons. II Cr. 16:9, observação).
24. Um grande exército judaico caiu diante de um grupo de poucos homens (sírios), exatamente como Moisés tinha profetizado (Lv. 26:17; o oposto do v. 8).
25. Os siros se retiraram dele, deixando-o gravemente enfermo (em heb., seriamente ferido) e os seus servos . . . o feriram no seu leito, na casa de Milo (II Reis 12:20; talvez faça paralelo com I Cr. 11:8, veja observação). II Reis 12:21 descreve o seu sepultamento, dizendo que foi “com seus pais na cidade de Davi”, o que fica aqui confirmado, mas com esta especificação: não nos sepulcros dos reis (cons. comentário sobre v,16).
26. Diferentes formas de Zabade etc., aparecem em II Reis 12:21.
27. As numerosas sentenças profetizam contra ele podem se referir às ameaças proféticas (v. 19). A história, em hebraico midrash, “comentário”, dos reis sugere alguma interpretação dessa mesma fonte básica (cons, comentário sobre 13:22; e Introdução, Autoria).


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