Interpretação de 2 Crônicas 8
2 Crônicas 8
C. O Reinado de Salomão. 8:1 – 9:31.
Exatamente como o
elogio do cronista ao reinado de Davi forneceu o estímulo necessário à
comunidade pós-exílica, por causa de sua demonstração de poder dado por Deus.
também a sua descrição do reinado de Salomão fornece uma correspondente
exibição efetiva da glória que resulta dos serviços prestados a Deus.
Especificamente, as Crônicas concluem seu registro sobre Salomão com um esboço
das realizações de sua administração (II Cr. 8) e com ilustrações do esplendor
que rodeava o seu trono (cap. 9). Este material concorda de perto com o que
encontramos em Reis, exceto em que omite intencionalmente, por ser pouco
edificante, ou até mesmo detrimental para o alvo teocrático de Esdras, os
detalhes do funcionalismo autocrático de Salomão (I Reis 4), as extravagâncias
de seu ostensivo palácio (I Reis 7:1-12), a idolatria que resultou de sua
vulgar poligamia (I Reis 11:1-8), e a resultante deterioração política que
perturbou seus últimos anos (11:9-14).
2 Crônicas 8
1) As Realizações
do Reinado de Salomão. 8:1-18. II
Crônicas 8 faz paralelo com I Reis 9, delineando o sucesso alcançado por
Salomão: em seus empreendimentos militares e de expansão (vs. 16); em sua
organização de potencial humano (vs. 7-10); em sua regulamentação do culto
público (vs. 1(-16); e em suas aventuras comerciais (vs. 17, 18).
1. Ao fim de
vinte anos. Isto é, em 946
A.C. (veja 7:11, observação).
2. As cidades que
Hirão lhe tinha dado. Esta
referência admite, sem comentários, o sórdido acontecimento de I Reis 9:11-13.
O registro conta como Salomão teve de entregar umas vinte cidades não
israelitas da Galiléia a Hirão, rei de Tiro, aparentemente porque Hirão exigiu
de Salomão o pagamento de uma dívida referente à construção. Na transação Hirão
foi realmente enganado, pois o território estava grandemente exaurido. Donde,
ao que parece, Salomão foi forçado a aceitar o território de volta. Depois
disto ele efetuou algum desenvolvimento na região, fazendo habitar nelas (nas
cidades) os filhos de Israel.
3. Foi Salomão a
Hamate-Zobá, e a tomou, talvez
por perturbar a paz de I Cr. 18:10. Assim, a única campanha de Salomão que foi
registrada resultou na conquista do reino de Hamate, que fada fronteira com o
já ocupado território de Zobá (veja comentado sobre I Cr. 18:3).
4. Edificou a
Tadmor no deserto. Este
é o oásis de Palmira, 241 kms ao nordeste de Damasco, e o ponto médio da rota
das caravanas que iam para o Rio Eufrates. Tadmor controlava o comércio neste
atalho através do deserto para a Babilônia, criando no período romano o
fabuloso estado da Rainha Zenóbia. Alguns textos de I Reis 9:18 apresentam uma
tradução menos desejável, Tamar, que era uma cidade no extremo sul de
Judá.
5. As duas
Bete-Horom(s) controlavam
uma importante passagem a noroeste de Jerusalém que levava para o porto de
Jope.
6. Baalate talvez fosse nas vizinhanças de
Bete-Horom. Outras cidades estão relacionadas em I Reis 9:15-17. As cidades
para os carros. Veja coment. sobre 1:14.
8. Salomão competiu os cananeus a pagamento
de tributo (cons. I Reis 9:15, 21) e a trabalhos forçados (cons. II Cr. 8:9 e I
Cr. 22:2, observação).
10. Principais
oficiais ... duzentos e cinqüenta. Cons. o quinhentos e cinqüenta de I Reis 9:23; mas
veja II Cr. 2:18, observação.
11. Logo no começo do seu reinado Salomão
casou-se com a filha de Faraó (I Reis 3:1). Tal aliança, mesmo com
Hor-Psibcano, contemporâneo de Salomão e último faraó da débil Vigésima
Primeira Dinastia, proporcionava prestígio. Mas a idolatria desta mulher
egípcia levou Israel à final apostasia (I Reis 11:1; cons. 11:8; Ed. 9:1),
embora a esta altura Salomão ainda tivesse a necessária sensibilidade para
remover a residência dela dos santos . . . lugares.
13. Os holocaustos, segundo o dever de
cada dia, foram prescritos por Moisés (Lv. 23:37).
17. Eziom-Geber e Elote (Elate). Portos no extremo
norte do Golfo de Ácaba, que proporcionavam a Salomão acesso estratégico ao Mar
Vermelho pelo sul. A arqueologia tem comprovado que também foram centros da
indústria de cobre de Salomão (Nelson Glueck, The Other Side of the Jordan,
caps. 3, 4).
18. O cobre fornecia um produto de exportação
para ser trocado pelo ouro de Ofir, no litoral sudoeste da Península Árabe, ou
talvez nas praias orientais da África. Enviou-lhe Hirão . . , navios, e
marinheiros práticos. Isto é, os tírios construíam nados com material
enviado a Eziom-Geber e então orientavam os menos experientes israelitas em
navegação, fazendo uma viagem cada três anos (9:21). Assim Salomão ganhou um
total de quatrocentos e cinqüenta talentos de ouro (420 é a variação de
texto de I Reis 9:28) ou mais de US$ 15.000.000.
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