Interpretação de 2 Crônicas 5
2 Crônicas 5
3) A Dedicação. 5:1 – 7:22.
O significado do
Templo torna-se explícito nas cerimônias que acompanharam a dedicação. Depois
de reunir os líderes representativos de Israel, Salomão primeiro nomeou o seu
Templo como o sucessor hereditário dos anteriores santuários de Israel,
instalando dentro do seu Santíssimo Lugar a arca do testamento de Deus (5:
1-10). Então Deus confirmou a realidade de Sua habitação localizada dentro do
Templo enchendo a casa como Shekinah, a nuvem de Sua glória (vs. 11-14).
Salomão, em adoração, deu um rápido testemunho da fidelidade divina (6:1-11). A
isto se seguiu uma oração más extensa de dedicação, invocando o Senhor para
intervir em benefício do povo de Israel quando as petições fossem submetidas a
Sua presença no Templo (vs. 12-42).
Isto, também, foi
confirmado quando Deus enviou fogo do céu sobre o novo altar e assim instituiu
duas semanas de grandes sacrifícios e festas dedicatórias (7:1-10). Mais tarde,
depois que Salomão construiu o seu próprio palácio, o Senhor apareceu ao rei de
noite e reafirmou-lhe Suas promessas, com a condição de que Israel se
comprovasse fiel, mas ameaçou com o exílio e a destruição do Templo no caso da
nação apostatar (vs. 11-22). Estes capítulos correspondem exatamente a I Reis
8:1 – 9:9.
2 Crônicas 5
5:1. As coisas
que Davi . . . havia dedicado. Veja
I Cr. 18:11; 22:14; 26:26; 29:2-5. Alguns tesouros devem ter sobrado, mesmo
depois da tremenda despesa com o Templo.
2. Para fazerem
subir a arca . . . da cidade de Davi. Salomão a transportara da velha cidadela de Sião para
o cume do Moriá, que ficava ao norte do antigo muro da cidade.
3. No sétimo mês.
Setembro/Outubro. A dedicação não foi
feita antes de terminada a obra (v. 1) no oitavo mês (out. /nov.) do décimo
primeiro ano do reinado de Salomão, ou seja, 960 A.C. (cons. 3: 2, observação).
Assim, o Templo não foi dedicado se não onze meses depois, isto é, em 959 A.C.,
por ocasião da festa dos tabernáculos (com. 7:8-10).
4. Os levitas
tomaram a arca. Salomão
tomou precauções adicionais (cons. coment. sobre I Cr. 13:10) empregando
sacerdotes da tribo de Levi para fazer este trabalho (v. 7; 1 Reis 8: 3).
5. A tenda do
congregação. Esta foi trazida
de Gideão (cons. 1:3, observações).
6. Sacrificando
ovelhas e bois . . . tão numerosos. A multidão de sacrifícios irritou os de Davi, mais
modestos (I Cr. 15:26).
7. No Santo dos
Santos. (Heb., debir). Debaixo das asas
dos querubins. Veja 3:11, observação.
9. Aí estão até o
dia de hoje. Não até os dias
de Esdras, mas até o dia em que foi escrita a obra citada (cons. 9:29; I Reis
8:8).
10. Nada havia na
arca senão só as duas tábuas. A
essa altura dos acontecimentos a vasilha de ouro contendo o maná (Êx. 16:32-34)
e a vara de Arão (Nm. 17:10,11; Hb. 9:4) tinham desaparecido. Quando o
Senhor fez aliança. As duas tábuas de pedra do Decálogo expressavam a frutificação
moral esperada do povo a quem Deus já tinha redimido (Êx. 20:2; cons. 19:4-6).
Eram por isso chamadas de “o testemunho” (Êx. 25:16, 21) da aliança
(testamento) redentora.
11. Sem
respeitarem os seus turnos. Membros
de todos os vinte e quatro turnos (I Cr. 24:3-19) tomaram pane nesta importante
ocasião. O rodízio normal de serviço poderia entrar em vigor mais tarde!
13. Sua
misericórdia (heb., hesed).
Isto é, sua fidelidade. Veja I Cr. 16:41, observação.
14.
A nuvem . . . a glória do Senhor. Isto
representava a presença do divino Anjo de Deus, a aparição do Cristo
pré-encamado (Êx. 14:19; 23:20-23). Ela guiara o povo quando da saída do Egito
(Êx. 13:21, 22) e então enchera o Tabernáculo Mosaico (Êx. 40:34, 35). Nos dias
que antecederam o Exílio, o pecado de Israel expulsara esta nuvem da terra (Ez.
10:18, 19). Mais tarde foi chamada de “shekiná”, a “habitação” de Deus. Ela
marcou a primeira vinda de Cristo (Mt. 17:5); e ela anunciará Sua gloriosa
segunda vinda (Ap. 1:7; 14:14, cons. R.E. Hough, The Ministry of the Glory
Cloud.)