Interpretação de 2 Crônicas 2

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2 Crônicas 2


B. O Templo de Salomão. 2:1 – 7:22.
As maiores obras de Salomão foram seus livros inspirados (Provérbios, Eclesiastes, Cantares de Salomão e possivelmente Jó) e o seu magnífico Templo. “Para nós hoje em dia, os primeiros têm significado maior. Mas para Esdras, vivendo em uma época quando as obras “inspiradas por Deus” contidas no cânon do V.T, chegavam a um fim (II Tm. 3:16; veja Introdução acima, Data), e o Templo concentrava em si o próprio meio de acesso a Deus, o último veio a ser, compreensivelmente, sua preocupação primária, o acontecimento que para ele obscurecia todos os outros da carreira de Salomão. Pois o Templo, como o Tabernáculo antes dele, simbolizava a presença do Deus reconciliado no meio do povo que Ele redimiu (II Cr. 7:1, 2 ; Êx. 29:45,46). Constituía o caminho da salvação, antecipando com seus sacrifícios o Cordeiro de Deus, que “tabernacularia” entre nós para tirar o pecado do mundo (Jo. 1:14). E ele tipificava a glorificação que aguarda os homens na celestial presença do próprio Deus (Êx. 24:18; Hb. 9:24). O cronista por isso dedica seis dos seus nove capítulos salomônicos ao Templo: os preparativos para Ele (II Cr. 2); sua construção (caps. 3; 4); e sua dedicação (caps. 5.7). Estas seções formam um paralelo ampliado de I Reis 5; 6; 7:13 - 8:66.

2 Crônicas 2
1) Preparativos. 2:1-18. O principal planejamento do Templo já fora feito por Davi: os planos de arquitetura, o suprimento do material e a convocação dos trabalhadores (I Cr. 22; 28; 29). Restou a Salomão organizar sua força de trabalho (II Cr. 2: 2, 17, 18). Sua providência mais sábia, contudo, foi buscar a ajuda de Hirão, rei de Tiro, de um amigo de Davi (cons. v. 12) para urna experiente superintendência da construção, e o fornecimento de madeira inigualável do Líbano (vs. 3.10). Um contrato conveniente foi rapidamente negociado (vs. 11-16).
2. Setenta mil homens para levarem as cargas, etc. (paralelo com os vs. 17, 18). Esses 153.600 trabalhadores recrutados consistiam de estrangeiros residentes em Israel, como já fora determinado por Davi (I Cr. 22: 2, observação). Salomão também recrutou 30.000 homens de Israel, para trabalho em turmas de 10.000, cada homem servindo um mês em cada três (I Reis 5:13, 14).
3. Hirão, rei. Leia Hirão (isto é, Airão), como em I Reis, II Samuel e I Crônicas. De Tiro. Na costa do Mediterrâneo, ao norte de Israel. Tiro possuía o melhor porto nessa região, e seus habitantes fenícios eram conhecidos por sua capacidade mercantil. Como procedeste para com Davi. Veja I Cr. 14:1.
4. Para queimar perante ele incenso aromático. Isto era feito duas vezes por dia sobre o altar do incenso (Êx. 30:6.8). No contínuo da proposição, e os holocaustos . . . festividades. Cons. comentário sobre I Cr. 9:32; 23:30, 31.
6. Os céus o não podem conter (cons. 6:18; Atos 7:48, 49). Salomão portanto reconhecia desde o princípio que a presença de Deus localizada no Templo era uma graciosa condescendência de Sua parte e não constituía nenhuma limitação para o Deus onipresente (cons. comentário sobre I Cr. 13:3).
7. Manda-me . . . um homem que saiba trabalhar. Salomão realmente contratou um grupo de experientes fenícios para orientar os menos capacitados palestinianos (I Reis 5:6, 18), de cuja cultura inferior a arqueologia testifica.
8. Manda-me . . . madeira de cedros. Os fragrantes cedros do Líbano, famosos em toda a antiguidade, eram resistentes à podridão e superiores a qualquer madeira nativa em Israel. Atualmente apenas algumas árvores esparsas ainda existem. Ciprestes. O junípero fenício, uma árvore parecida com o cipreste. Sândalo, artigo importado de Ora (9:10), usado para trabalho ornamental em madeira e para instrumentos musicais (I Reis 10:12).
10. Aos . . . cortadores da madeira (cons. I Reis 5:6) . . . coros (em hebraico, kor) . . . batos. Cerca de 352,30 litros e 37,85 litros cada, respectivamente. Salomão também enviava um fornecimento menor, mas anual, a Hirão (I Reis 5:11). Tais pagamentos, que foram especificados por Hirão (I Reis 5:6), constituíam um pesado escoamento da economia de Israel. Quando prolongados, por causa dos projetos dos edifícios particulares de Salomão (lI Cr. 2:1, 12; cons. I Reis 7:1-12), exauriram o reino (cons. I Reis 9:10,11).
11. O Senhor . . . te constituí rei, etc. Embora essas palavras pareçam revelar sinceridade, talvez não passem de expressões cuidadosamente escolhidas por um prático homem de negócios.
13. Hirão-Abi. Antes, Hirão, meu pai. Hirão (cons. I Reis 7:13) é chamado de pai por causa de seus profundos conhecimentos de artesanato.
14. Filho de uma mulher . . . de Dã, uma viúva que morava em Naftali (I Reis 7:14). Púrpura era a tintura vermelho escura extraída dos múrices, um gênero de moluscos conhecidos como “púrpura real” por causa de sua raridade e alto custo.
16. Jope servia de porto a Jerusalém. Entre as duas cidades havia cerca de 56,3kms de terreno acidentado e montanhoso.
18. Três mil e seiscentos estrangeiros para dirigirem o trabalho. Também havia 250 israelitas (8:10); o total era de 3.850 superintendentes (equivalente aos 3.300 superintendentes menos importantes, mais os 550 superiores, de I Reis 5:16; 9:23).


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