Interpretação de 2 Crônicas 18

Interpretação de 2 Crônicas 18

Interpretação de 2 Crônicas 18



2 Crônicas 18


18:1. Em cerca de 865 A.C. (cons. a idade de Acazias, seu neto, quando de sua ascensão em 841; II Reis 8:26), ou depois de sessenta e cinco anos de hostilidades entre os reinos de Israel e Judá. Josafá . . . aparentou-se com Acabe (cons. v. 3; I Reis 22:44). Isto incluiu o casamento de Jeorão, filho de Josafá, com Atalia, filha de Acabe e Jezabel (II Cr. 21:6), uma aliança que teria resultados desastrosos para Judá (22:10). Esta aliança deve ter sido provocada por canja da ameaça do poder assírio, contra o qual uma coligação dos estados ocidentais, incluindo Damasco e Israel, lutou em 853 A.C., em Qarqar sobre o Rio Orontes.
2. A subir . . . a Ramote de Gileade. Esta cidade chave, sobre a rota das caravanas nos limites do Israel da Transjordânia, havia sido tomada pela Síria (16:4, ou II Reis 20:38); mas talvez Acabe achasse que Damasco estivesse suficientemente enfraquecida por suas perdas em Qarqar, possibilitando assim a retomada da cidade a essa altura dos acontecimentos (853 A.C.).
4. Consulta . . . a . . . Deus. Josafá já tinha concordado (v. 3), mas ainda tinha piedade suficiente para perceber que tinha necessidade de orientação divina, embora não atendesse à orientação depois de recebê-la (v. 29).
5. Os profetas, quatrocentos homens. Esses homens da corte de Acabe falaram em nome do Senhor (na sua corrompida forma de bezerro), mas falsamente (v. 22) com uma mensagem calculadamente agradável (v. 12; Mq. 3:5, 11). Josafá não confiou muito neles (v. 6).
7. Micaías, que só ficou conhecido por este único incidente, nunca profetiza . . . o que é bom para Acabe. O verdadeiro profeta era, portanto, conhecido pelo fato de ter fielmente advertido Israel dos resultados do seu pecado (Jr. 23:22; Mq. 3:8).
9. Em hebraico, uma eira. À entrada, o tradicional lugar para o julgamento (cons. Rute 4:1).
10. Fez . . . uns chifres de ferro. Símbolos da vitória (Dt. 33:17), mas talvez a superstição lhes atribuísse poderes mágicos também.
13. O que meu Deus disser isso farei (cons. Nm. 24:13). As revelações divinas eram objetivamente distintas dos pensamentos e desejos dos corações dos profetas genuínos (Jr. 14:14).
14. Sobe, e triunfarás. Ele falava zombando, como seu tom de voz devia indicar claramente (cons. v. 15).
16. Estes não têm dono (cons. Nm. 27:16,17). Assim ele previu a morte de Acabe (II Cr. 18:24) ficando o seu povo em paz (v. 30).
18. O exército do céu . . . à sua direita. Isto é, anjos. Cons. os “filhos de Deus” (Jó 1:6).
19. Quem enganará Acabe. Deus pode operar através dos seus espíritos para incitar os homens perversos a manifestarem seus pecados e assim poderem ser castigados ou conduzidos ao arrependimento (cons. I Sm. 16:14,15; 18:10, 11).
20. Então saiu um espírito. Em hebraico, o (renomado) espírito, Satanás (Jó 1:6-12). Micaías presumia que seus ouvintes conheciam o Livro de Jó (já teria sido escrito nos dias de Salomão?).
23. Zedequias . . . deu uma bofetada em Micaías. Este ato comprova que o Espírito de Deus não estava com Zedequias (Tg. 3:17). Por onde saiu o Espírito . . . O falso profeta assegurou descaradamente que uma profecia contrária à sua não podia ser do Espírito.
24. Para te esconderes. O cumprimento desta profecia não ficou registrado, mas talvez se refira ao castigo aplicado aos falsos profetas pela família de Acabe, depois da morte do rei.
25. A ordem, Tomai . . . e devolvei-o, implica em que Micaías já estivesse preso na ocasião; cons. o precedente de Asa (16:10).
26. Com escassez de pão. Racionamento de alimento.
27. Ouvi isto, vós todos os povos, no plural em hebraico. Micaías convocou todas as nações como suas testemunhas.
29. Eu me disfarçarei. Acabe buscou este modo fútil de fugir ao decreto divino (v. 16).
30. Pelejareis . . . somente contra o rei de Israel. Se ele pudesse ser derrotado, a batalha estaria ganha (cons. II Sm. 21:17).
31. A ele se dirigiram. Josafá poderia ter ali colhido o fruto de sua ímpia aliança se o Senhor não o socorresse.
33. Um homem . . . atirando ao acaso. No hebraico, em sua ignorância. Mas, em se tratando de Deus, não há acasos (Pv. 16:33). Entre as juntas da sua armadura. O hebraico diz: “entre as juntas da malha embaixo e o peitoral”, isto é, no abdômen.


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