Interpretação de 2 Crônicas 28

Interpretação de 2 Crônicas 28

Interpretação de 2 Crônicas 28


2 Crônicas 28


12) Acaz (743*-728* A.C.). 28:1-27 (fazendo paralelo com II Reis 16, com modificações e adições). Acaz foi um dos mais fracos e mais corruptos dos vinte monarcas de Judá. Tanto II Reis como II Crônicas comentam seu reinado em dois estágios: 1) sua apostasia religiosa e resultante sujeição ao ataque siro-efraimita (II Cr. 28:1-7); e 2) sua subseqüente capitulação defensiva diante da Assíria, que o levou a ainda maior corrupção por causa do seu envolvimento com a idolatria de seus novos senhores (vs. 16-27). Entre estes, o cronista insere um parágrafo falando de como o profeta Obede salvou um grupo de prisioneiros judeus das mãos de Efraim (vs. 8-15), fato que não foi mencionado em II Reis.
1. A ascensão de Acaz para a co-regência em 743 A.C., quando ele tinha vinte anos de idade (com. comentado sobre 27:8), indica que seu pai tinha treze anos quando seu filho nasceu (27:1; mas cons. comentário sobre 26:1).
2. Baalins (plural). Veja comentário sobre 17:3.
3. Queimou incenso. Antes, fez ofertas (vs. 4, 25, também). No vale do filho de Hinom (no heb. ge'hinnom) demarcava os limites meridionais de Jerusalém e se tornou notório como cenário de atrozes práticas pagãs (33:6). Mais tarde foi transformado por Josias em monturo da cidade (II Reis 23:10), cujo fogo perpétuo veio a ser o sinônimo do inferno, Geena (Mc. 9:43). Queimou a seus ... filhos. A prática cananita de sacrificar crianças fora proibida a Abraão (Gn. 22:12) e foi transformada em ofensa capital por Moisés (Lv. 20:1-5).
4. Nos altos. Veja comentário sobre 14:3.
5. O Senhor ... o entregou nas mãos do rei dos siros ... e nas mãos do rei de Israel, Rezim e Peca (752-732 A.C.), respectivamente.
Talvez eles se voltassem contra Judá por causa do malogro da aliança de Azarias (veja comentário 27:7) e por causa dos sofrimentos que experimentaram nas mãos dos assírios vitoriosos (II Reis 15:19; cons. v. 37). Cercaram Jerusalém, nus não foram capazes de tomá-la (II Reis 16:5; Is. 7:1), embora Rezim tomasse Elate (II Reis 16:5; cons. II Cr. 26:2; 8:17, observação).
9. Obede que não é um personagem conhecido, lembrou os efraimitas que aqueles que servem como instrumentos divinos de punição não devem ultrapassar sua missão divinamente fixada (cons. Is. 10:5-19). Seu próprio padrão, além do mais, estava longe de ser seguro (II Cr. 28:10).
15. E lhes deram de comer, etc., seguindo o padrão do V.T. de demonstração de amor, até mesmo para com o inimigo (Êx. 23:4; Pv. 24:17; 25:21; com. Mt. 5:44).
16. Em 734 A.C. Acaz entregou-se à “misericórdia” dos assírios, pedindo-lhe que o ajudassem. Isaías tentara evitá-lo, pois constituía falta de confiança no Senhor (cons. 16:2, 9; 25:6, 10, observação). Além disso, a súplica de Acaz foi desnecessária (Is. 7:4-9); colocou Judá sob o calcanhar de ferro de Tiglate-Pileser (vs. 20, 21); causou a deportação de Israel para a Assíria – três tribos e meia em 733 A.C. (II Reis 15:29), os restantes, onze anos mais tarde (II Reis 17:6); e resultou na devastação da própria Judá em 701 pelos exércitos de Senaqueribe (II Reis 18:13).
17. Vieram de novo os edomitas e derrotaram a Judá, pois Edom estava sempre pronto a se aproveitar da desgraça de Judá (cons. 20:22; 21:8). Este ataque talvez fosse provocado pelas profecias de Obadias (cons. v. 11) e Joel (cons. 3:19).
18. Também os filisteus. Veja Joel 3:4. A campina. O Sefelá (veja comentário sobre I Cr. 21: 28).
23. Os deuses de Damasco, que o feriram (cons. II Reis 16:10-13). A referência é aos deuses do monarca assírio, que agora era o rei da Síria (II Reis 16:9). Homenagem aos seus deuses era sem dúvida uma parte do preço da lealdade de Acaz
24. Fechou as portas do Templo, não simplesmente advogando a religião dos assírios e outras, mas especialmente desalojando a verdade (cons. II Reis 16:14-18).
27. Não o puseram nos sepulcros dos reis. Para harmonizar com II Reis 16:20, veja II Cr. 24:25b (cons. 21:19b), observações. Ezequias ... reinou em seu lugar. Insatisfação com Acaz parece ter forçado Ezequias a assumir o poder em 728* (cons. II Reis 18: 9, 10), três anos antes de sua coroação oficial (e a morte de Acaz?) em 725* (veja comentário sobre II Cr. 32:1).

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