Interpretação de 2 Crônicas 10

Interpretação de 2 Crônicas 10

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2 Crônicas 10


II. O Reino de Judá. 10:1 – 36:23.
A. A Divisão do Reino. 10:1 – 11:19.
“Nosso Deus avança!” Humanamente falando, a maldição em três etapas do Reino de Judá – sua separação da maioria de Israel, sua sucessão de monarcas uns diferentes dos outros na sua maneira de pensar, e sua morte final no exílio foi uma tragédia completa. Até o autor profético de I e II Reis, escrevendo já perto do Exílio, só podia ver nisso tudo a vindicação moral de Jeová, retribuindo ao Seu povo infiel de acordo com seus feitos (II Reis 17:7-23; 24:1-4). Mas o cronista, escrevendo depois da restauração em 536 A.C., via por inspiração que por trás dos quatro séculos do declínio de Judá movia-se a mão de Deus, soberanamente realizando os Seus próprios planos na história. Isto está claro, mesmo na análise que o cronista faz da divisão inicial, 930 A.C. A resistência de Roboão diante da reforma e a subseqüente rebelião contra ele (II Cr. 10) foram “de Deus” (10:15), e sua tentativa de tornar a subjugar o Israel do norte foi impedido pela palavra do Senhor (11:1-5). Aras o resultado foi a separação entre a parte piedosa do norte apóstata (11:6-22), “para fortalecimento do reino de Judá” (v. 17). Observe que II Cr. 10 e 11:4, 13-17, correspondem a I Reis 12, enquanto que II Cr. 5-12, 18-23 não tem paralelo.
2 Crônicas 10
10:1. Foi Roboão, o filho de Salomão, a Siquém. Esta cidade, que ficava 48,27 kms ao norte de Jerusalém, era o centro das tribos do norte. A dinastia de Davi fora divinamente indicada (I Cr. 17:14), mas cada monarca estava mesmo assim sujeito à confirmação popular (II Cr. 10:4). Roboão só podia reinar como servo “constitucional” (v. 7) sob a orientação de Deus (cons. coment. sobre I Cr. 11:3).
2. Jeroboão já fora ungido por Deus para o reinado sobre os dez doze avos de Israel (I Reis 11:26-40); eis o porquê da necessidade de sua fuga da presença do rei Salomão para o Egito.
4. Teu pai fez pesado o nosso jugo. Salomão dera-se ao luxo das extravagâncias ímpias às expensas do seu povo (cons. Dt. 17:17-20).
9. Que respondamos. Desde cedo em seu reinado Roboão se identificou - nós - coma insolente autocracia da geração criada no luxo de Salomão.
15. Porque isto (em heb. nesibba, “a direção que os acontecimentos estavam tomando”) vinha de Deus, que ordenara a divisão de Israel, por meio do seu profeta Aías, o silonita, como castigo por Salomão ter caído na idolatria (I Reis 11:29 -33).
16. Que parte temos nós com Davi? Tal espírito de rebeldia, entretanto, contra a dinastia divinamente estabelecida também era condenável (13:5-7). Às suas tendas (cons. II Sm. 20:1). O isolamento geográfico que surgiu por causa da vida no terreno acidentado da Palestina era, por si mesmo, conduzente a uma ruptura política.
17. Adorão . . . de Judá. Os elementos mais piedosos de Israel, que tinham se apegado a Judá, permaneceram fiéis a Roboão (cons. 11:3).
18. Adorão. Adonirão (I Reis 4:6; 5:14), superintendente dos que trabalhavam forçados. Em hebraico mas, grupos de trabalho conscrito. Era provavelmente um dos homens mais odiados em Israel, uma personificação da autocracia.