Interpretação de 2 Crônicas 26
2 Crônicas 26
10) Uzias
(790*-739*A.C.). 26:1-23. A
carreira de Uzias (“Azarias” em I Cr. 3:12 e predominantemente em II Reis)
exibe um certo paralelismo com a carreira de Amazias, seu pai, e Joás, seu avô.
Isto é, o cronista avalia a primeira parte do longo reinado de Uzias como sendo
piedoso e conseqüentemente próspero (II Cr. 26:1-15); mas, no final, foi
marcado pelo desvio religioso, que resultou em ser afligido com lepra e banido
do palácio, vindo a morrer finalmente (vs. 16:23). Seu fracasso, entretanto, foi
menor que os crimes de seus pais; e suas realizações o tornam conhecido como um
dos maiores reis de Israel, embora as passagens paralelas de II Reis (14:21,
22; 15:1-7) forneçam apenas um resumo formal do seu reinado.
1. Uzias, que era
de dezesseis anos em
790, devia ter nascido quando seu pai tinha apenas quinze anos (cons.
comentário sobre 25:1). Casamentos precoces desse tipo não são coisa fora do
comum no Oriente.
2. Ele edificou a
Elote (Elate; cons. comentário sobre 8: 17) .
. . depois que o rei descansou em 767. Isto confirma a hipótese da ascensão
de Uzias algum tempo antes da morte de seu pai Amazias (cons. comentário sobre
25 : 17).
4. Ele fez o que
era reto; embora os altos
permanecessem (cons. 25:2; II Reis 15:4) e as condições morais e espirituais de
Israel declinassem (cons. Oséias e Amós) sob a prosperidade superficial
(próxima observação).
5. Zacarias, que
era entendido nas visões de Deus. Outros manuscritos dizem: que (o) instruía
no temor de Deus. Este profeta, embora aparentemente bem conhecido por
Esdras, não pode ser hoje identificado. Deus o fez prosperar. O período
de Jeroboão II e Uzias, ou as quatro décadas desde 790-750 A.C., constituíram o
“outono” (vs. 8,15) de Israel, quando os assírios destruíram seus inimigos
siros nas fronteiras do norte (cons. II Reis 12:17-19; 13:3-5), mas ainda não
tinham começado a destruir os estados hebreus (cons. II Reis 15:19 e segs., e a
preocupação sugerida por Is. 6:1).
6. A tomada de Gate por Uzias reduziu
desde então para quatro as principais cidades filistéias (cons. Sf. 2:4).
7. Os árabes de Gur-Baal e os meunitas parece
que eram inimigos nômades ao longo da fronteira sudeste de Judá (cons.
comentário sobre 20:1; I Cr. 4:41).
9. A Porta da
Esquina, a Porta do Vale e a Porta do Ângulo estavam localizadas ao noroeste, oeste e leste (Ne.
3:19-25) do muro, respectivamente.
10. No deserto. Isto é, o árido sul de Judá. Nos mies. O
Sefelá (veja comentário sobre I Cr. 21:28). Nas campinas. O planalto da
Transjordânia, antes sob controle efraimita, mas aparentemente reconquistada,
por Uzias, dos amonitas que a tinham ocupado (v. 8).
11. Maaséias
oficial. Em hebraico, shoter, “assistente”,
escrevente ou oficial de recrutamento (Êx. 5:6). 13. O exército de Uzias de
307.500 homens de guerra era aproximadamente do mesmo tamanho do exército de
Amazias (25:5, observação).
14. Couraças. Cotas de malha.
16. Com o fato de Uzias ter quebrado incenso
ele não só usurpou uma função exclusivamente sacerdotal (v, 18; Êx. 30:7, 8),
mas também deixou implícita a sua proclamação de rei-sacerdote-divino segundo o
costume dos cananeus (veja Gn. 14:18; cons. Nm. 12:10).
17. O Azarias que enfrentou Uzias é provavelmente o
Azarias II (cons. I Cr. 6:10).
21. Uzias . . .
morou. . . numa casa separada. Literalmente.
Uma forma modificada da quarentena exigida (Lv, 13 : 46). Jotão assumiu
então a co-regência sobre a casa do rei. A data era 751* A.C.; pois o
vigésimo ano de Jotão (II Reis 15:30) foi o décimo segundo de Acaz (II Reis
16:1), que foi 732* (cons. II Reis 18:10).
22. Quanto aos
mais atos de Uzias . . . Isaías . . . o escreveu como os de Ezequias (cons, comentário sobre 32:32).
23.
Sendo Uzias leproso, foi sepultado no campo do
sepulcro, não no sepulcro dos reis (cons. 24:25).