Interpretação de 2 Crônicas 33
2 Crônicas 33
14) Manassés
(696* -641*A.C.). 33:1-20. Foi
Manassés, mais do que qualquer outra coisa, que causou a destruição do Reino de
Judá (II Reis 23:26; 24:3). Este mau filho de um pai piedoso teve o mais longo
reinado concedido a um rei hebreu. Mas ele esbanjou a maior parte dele
seduzindo o seu povo com o paganismo, religiosamente, e numa renovada
subserviência à Assíria, politicamente (II Cr. 33:1-10, fazendo paralelo com II
Reis 21:1-18). Em seus últimos anos, problemas pessoais o levaram ao
arrependimento, embora tardio para produzir efeito na nação (lI Cr. 33:11-20;
não há nenhuma narrativa correspondente em Reis).
3. Tornou a
edificar os altos . . . levantou altares aos Baalins, fez postes-ídolos. Veja 14:3; 17:3, observações. E se
prostrou diante de todo o exército dos céus (cons. II Reis 23:10, 11). Esta
antiga forma de idolatria (Dt. 4:19) que era o pecado particular dos
assírio-babilônios, cuja mentalidade se voltava para a astrologia, deve ter
recebido estímulo em Judá por causa da renovada submissão de Manassés à Assíria
em 676 A.C., quando Esaradom, filho de Senaqueribe, avançou na direção do
ocidente contra o Egito.
4. Em Jerusalém
porei o meu nome para sempre (cons.
v. 9). Veja comentário sobre 6:2, 6.
5. Os dois
átrios. Veja comentário sobre 4:9.
6. E queimou a
seus filhos ... no vale ... de Hinom, como fizera Acaz (28:3, observações). Praticava
feitiçaria, etc., procurava comunicar-se com os mortos por meio do
espiritismo, o qual as Escrituras condenam uma vez que se opõe à verdadeira fé
em Deus (Êx. 22:18; Dt. 18:10-12). Tratava com necromantes; originalmente
“espíritos”, que se supunha tivessem o conhecimento do sobrenatural; mas passou
a ser aplicado aos médiuns. Manassés também praticou a tirania, derramando
“muitíssimo sangue inocente” (II Reis 21:16).
8. Deus não removeria mais o pé de Israel
da terra . . . contanto que tenham cuidado de fazer o que Ele tinha
ordenado. Veja comentário sobre 7:14,19, 10. Falou o Senhor, por intermédio de
''seus servos, os profetas” ameaçando os filhos de Israel de destruição (II
Reis 21:10-15), porém não deram ouvidos.
11. O rei da
Assíria prendeu Manassés com ganchos . . . e o levaram a Babilônia. Talvez em 648 A.C., quando Assurbanipal
venceu uma revolta de quatro anos liderada por seu irmão naquela cidade. O
Egito (Dinastia XXVI) aproveitou-se da oportunidade para se desvencilhar do
jugo assírio; e Manassés poderia ter tentado o mesmo, com menos sucesso.
12. Ele,
angustiado . . . se humilhou. Às
vezes Deus tem de levar os homem até a conversão (cons. Atos 9:3-5).
14. Giom e Ofel. Veja observações sobre 27:3; 32:30. Porta
do Peixe. No muro do norte (Ne. 3:3).
17. Contudo o
povo ainda sacrificava nos altos. Meio século de paganismo não podia ser vencido por
meia dúzia de anos de reforma. Mas somente ao Senhor (Jeová, Yahweh) seu Deus.
Isto ainda contrariava a lei de Moisés que estipulava um santuário central
(veja comentário sobre 1:3) e na verdade o resultado era pouco mais que o uso
de um novo nome ao velho culto a Baal.
18,
19. A sua oração (cons. vv. 12, 13)
perdeu-se. “A oração de Manassés” nos Apócrifos, cujo título foi extraído desta
referência foi composta pouco tempo antes de Cristo. As palavras dos
videntes. Antes, a história de Hozai, um profeta desconhecido.