Hebreus 7 — Exposição da Carta aos Hebreus
Exposição de Hebreus 7
Hebreus 7
7.1 MELQUISEDEQUE. Melquisedeque, contemporâneo de
Abraão, foi rei de Salém e sacerdote de Deus (Gn 14.18). Abraão lhe pagou
dízimos e foi por ele abençoado (vv. 2-7). Aqui, a Bíblia o tem como uma
prefiguração de Jesus Cristo, que é tanto sacerdote como rei (v. 3). O
sacerdócio de Cristo é “segundo a ordem de Melquisedeque” (6.20), o que
significa que Cristo é anterior a Abraão, a Levi e aos sacerdotes levíticos e
maior que todos eles.
7.3 SEM PAI, SEM MÃE. Isso não significa que
Melquisedeque, literalmente, não tivesse pais nem parentes, nem que era anjo.
Significa tão-somente que as Escrituras não registram a sua genealogia e que
nada diz a respeito do seu começo e fim. Por isso, serve como tipo do Cristo
eterno, cujo sacerdócio nunca terminará (vv. 24,25).
7.11 A PERFEIÇÃO. Por ser o sacerdócio levítico
imperfeito (cf. 10.4) e exercido por homens pecadores (vv. 27,28), foi
substituído pelo sacerdote perfeito, o Filho de Deus. Cristo é um sacerdote
perfeito porque é totalmente justo. Precisou morrer uma só vez como sacrifício
pelos nossos pecados. Permanece como nosso sacerdote eterno diante de Deus no
céu, e vive para sempre (vv. 24-28). Por isso, Ele pode salvar completamente e
para sempre todos aqueles que por Ele se chegam a Deus (ver v. 25 nota).
7.19 A LEI NENHUMA COISA APERFEIÇOOU. A lei do AT era
imperfeita porque não podia comunicar vida divina, nem o poder de cumprir as
suas -exigências, nem oferecia acesso perfeito e completo a Deus (v. 25; ver Gl
3.19 nota; ver o estudo A LEI DO ANTIGO TESTAMENTO)
7.25 VIVENDO SEMPRE PARA INTERCEDER. Cristo vive no
céu, na presença do Pai (8.1), intercedendo por todos os seus seguidores,
individualmente, de acordo com a vontade do Pai (cf. Rm 8.33,34; 1 Tm 2.5; 1 Jo
2.1; ver o estudo A INTERCESSÃO). (1) Pelo ministério da intercessão de Cristo,
experimentamos o amor e a presença de Deus e achamos misericórdia e graça para
sermos ajudados em qualquer tipo de necessidade (4.16), tentação (Lc 22.32),
fraqueza (4.15; 5.2), pecado (1 Jo 1.9; 2.1) e provação (Rm 8.31-39). (2) A
oração de Cristo como sumo sacerdote em favor do seu povo (Jo 17), bem como sua
vontade de derramar o Espírito Santo sobre todos os crentes (At 2.33), nos
ajudam a compreender o alcance do seu ministério de intercessão (ver Jo 17.1
nota). (3) Mediante a intercessão de Cristo, aquele que se chega a Deus (i.e.,
se chega continuamente a Deus, pois o particípio no grego está no tempo
presente e salienta a ação contínua), pode receber graça para ser salvo “perfeitamente”.
A intercessão de Cristo, como nosso sumo sacerdote, é essencial para a nossa
salvação. Sem ela, e sem sua graça, misericórdia e ajuda que nos são outorgadas
através daquela intercessão, nos afastaríamos de Deus, voltando a ser escravos
do pecado e ao domínio de Satanás, e incorrendo em justa condenação. Nossa
única esperança é aproximar-nos de Deus por meio de Cristo, pela fé (ver 1 Pe
1.5 nota). (4) Note que Cristo não permanece como advogado e intercessor dos
que se recusam a confessar e abandonar o pecado e que se apartam da comunhão
com Deus (cf. 1 Jo 1.5-7,9; 3.10). Sua intercessão para salvar “perfeitamente”
é somente para aqueles que “por Ele se chegam a Deus” (7.25). Não há segurança
nem garantia para quem deliberadamente peca e deixa de se chegar a Deus por Ele
(Hb 10.21-31; ver 3.6 nota; ver o estudo A APOSTASIA PESSOAL). (5) Posto que
Cristo é nosso único mediador e intercessor no céu, qualquer tentativa de ter
anjos ou santos falecidos como mediadores e de oferecer orações ao Pai através
deles, é tanto inútil quanto antibíblico.
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