Explicação de Deuteronômio 4

Explicação de Deuteronômio 4

Explicação de Deuteronômio 4


Deuteronômio 4 

Cap. 4 Moisés encerra seu primeiro discurso com uma exortação à obediência (1-40); é feita uma observação sobre a separação das três cidades de refúgio (41 -43); depois vem a introdução ao segundo discurso de Moisés (44-49).
4.1,2 Estatutos... juízos... mandamentos. Essas palavras, bem como testemunhos (45) descrevem a lei em seus vários aspectos. Veja a nota de 26.16-19.
4.1 Para que vivais. A palavra de Deus, é o “pão da vida” e Suas palavras apontam o caminho da vida eterna, cf. 8.3; Mt 19.17; Jo 6.63.
4.2 Nada acrescentareis... nem diminuireis. Há uma clara distinção entre a palavra de Deus e a palavra do homem, cf. Mt 5.17-19; 15.6; Ap 22.18, 19. Muitas divisões e heresias na cristandade têm se originado daqueles que consideram as tradições humanas ou as chamadas “revelações” verdades divinas. Outras heresias têm surgido daqueles que solapam a revelação bíblica, ao negarem a autoridade e a inspiração divinas (cf. nota sobre 13.2).
4.5 No meio da terra. A lei visava primariamente a Israel. Seu cerimonial e regulamentos judiciais eram para ser usados por uma nação na terra, até que fosse feita a revelação posterior, quando Cristo viesse. (Cf. nota sobre 5.16).
4.8 Toda esta lei. A relevância da lei mosaica para o crente pode ser resumida como segue: “Primeiramente”, essa lei contém certos elementos transitórios a que não se obrigam os cristãos (4.5n). Em segundo lugar, encerra princípios eternos de santidade, justiça e verdade, incluídos no Decálogo e implícitos em toda a lei, que se impõe a todas as gerações de judeus e cristãos. A estes se refere a frase “está escrito” (Mt 4.10; 5.17Rm 13.9; 1 Pe 1.16). Em terceiro lugar, como, parte da Bíblia inspirada, todo o livro foi escrito para nos instruir (Rm 15.4) e é muito “proveitoso” (2 Tm 3.16). Finalmente , é sabido que Moisés escreveu acerca de Cristo (Jo 5.46; Dt 1815 nota). Cristo, portanto, deve ser procurado nessas páginas, já que toda Lei tem o fim de nos conduzir a Ele (Gl 3.24).
4.9 Farás saber. É uma ênfase repetida, cf. 6.7; 11.19; 24.8; 31.19.
4.13 Sua aliança. Essa é a primeira das vinte e sete ocorrências desse tema em Deuteronômio. A palavra é aqui usada para indicar o estabelecimento de uma relação, de um vínculo permanente entre os dois lados. Pelo pacto de Horebe, Deus tomou a Israel como Seu povo particular e Israel o tomou como seu Senhor (Êx 19.5, 8), cf. Is 42.6n.
4.15 Aparência nenhuma vistes. Ninguém jamais viu a Deus Pai (Jo 1.18). Deus é espírito (Jo 4.24), e é errado o homem tentar representá-lo materialmente para um auxílio à adoração. Quando o Antigo Testamento se refere a manifestações visíveis de Deus, pode referir-se a um aparecimento do Cristo pré-encarnado. Um estudo cuidadoso de todas as referências do Antigo Testamento ao “anjo do Senhor” parece indicar que assim sucede. Veja-se a nota de 2 Cr 3.1.
4.19 O sol, a lua. Já no tempo de Abraão se erguiam grandiosos templos à lua, em Ur. No Egito, em Om (Heliópolis), prestava-se culto ao sol.
4.20 Povo de herança. Os crentes de hoje também são povo de uma herança (1 Pe 1.4), neste caso eterna.
4.24 Deus zeloso. A palavra hebraica qãnã, tanto pode significar “zeloso”, como ”ciumento” aliás duas ideias que andam intimamente ligadas. O amor de Deus é muitas vezes comparado ao do marido que se dá sem reservas e que espera em troca um amor incondicional.
4.27 Vos espalhará entre os povos. Israel é avisado que seriam exilados de sua herança como pena pela idolatria. Cf. nota sobre 28.64.
4.29 De lá. Não importando onde estiver, nem suas circunstâncias, qualquer um pode encontrar a Deus se realmente O busca de todo o coração (Jo 4.23, 24).
4.31 Aliança... teus pais. Embora Israel viesse a sofrer a pena máxima (27) por violar o pacto mosaico, Deus seria gracioso para com Israel, à base do pacto abraâmico anterior. Cf. 30.20; Lv 26.33, 42; Gn 15. • N. Hom. O emprego de objetos materiais para adorar a Deus: 1) É incompatível com a natureza espiritual de Deus (15); 2) Conduz à adoração aos próprios objetos (19); 3) Pode levara uma vida corrupta (16); 4) Incorre na ira de Deus (25b-26).
4.34 Desde os princípios da existência humana, os homens foram desenvolvendo crenças e costumes religiosos, e, já no tempo de Moisés cada tribo e região tinha sua religião local, imutável, já havia séculos. Eram ideias humanas produzidas pelo fato de a própria natureza do universo proclamar muita coisa sobre Seu Criador, Sl 19.1. A ideia de Deus procurar deliberadamente um povo, resgatando-o com amor e poder, era desconhecida aos pagãos.


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