Hebreus 7:1-28 — Comentário de Matthew Henry


Hebreus 7:1-28 — Comentário de Matthew Henry

Hebreus 7 — Comentário de Matthew Henry




Hebreus 7

Comentário de Hebreus 7:1-3

Melquisedeque saiu ao encontro de Abraão quando este voltava de resgatar a ló. Seu nome, "Rei de Justiça", é sem dúvida apto para seu caráter que o marca como tipo do Messias e de seu reino. O nome de sua cidade significa "paz" e, como rei da paz era tipo de Cristo, o Príncipe da Paz, o grande reconciliador entre Deus e o homem. Nada se registra acerca do começo ou o fim de sua vida, assim que como tipo lembra ao Filho de Deus, cuja existência é desde a eternidade até a eternidade, que não houve quem fosse antes dEle, e que não terá ninguém que seja depois dEle, em seu sacerdote. Cada parte da Escritura honra o grande Rei de Justiça e de Paz, nosso glorioso Sumo Sacerdote e Salvador, e quanto mais o examinamos, mais estaremos convencidos de que o testemunho de Jesus é o espírito de profecia.

Comentário de Hebreus 7:4-10

O Sumo Sacerdote que apareceria depois dele, do qual Melquisedeque era um tipo, deve ser muito superior aos sacerdotes levíticos. Note-se a grande dignidade e felicidade de Abraão; ele teve as promessas. Rico e ditoso é sem dúvida o homem que tem as promessas da vida que é agora e as da vida vindoura. Esta honra têm todos os que recebem o Senhor Jesus. continuemos avançando, em nossos conflitos espirituais, confiando em sua palavra e seu poder, atribuindo nossas vitórias a sua graça e desejando ser achados e abençoados por Ele em todos os nossos caminhos.

Comentário de Hebreus 7:11-25

O sacerdócio e a lei, pela qual não podia vir a perfeição, estão terminados; um Sacerdote se levanta e se instala numa dispensação pela qual os crentes verdadeiros podem ser aperfeiçoados. É claro que existe essa mudança. A lei que fez o sacerdócio levítico mostrava que os sacerdotes eram criaturas fracas, mortais, incapazes de salvarem suas próprias vidas, muito menos podiam salvar as almas dos que iam a eles. Porém, o Sumo Sacerdote de nossa profissão tem seu ofício pelo poder da vida eterna que há nEle; não só para manter-se vivo Ele mesmo, senão para dar vida eterna e espiritual a todos os que confiam em seu sacrifício e intercessão.

O melhor pacto, do qual Jesus foi o fiador, não é aqui contrastado com a aliança de obras pela qual todo transgressor fica sob a maldição. Distingue-se da aliança do Sinai com Israel e a dispensação legal sob a qual permaneceu por longo tempo a Igreja. A aliança colocou a Igreja e todo crente sob uma luz mais clara, uma liberdade mais perfeita e privilégios mais abundantes.

Na ordem de Arão havia uma multidão de sacerdotes, sumos sacerdotes, um após outro, porém no sacerdócio de Cristo há somente um e Ele mesmo. esta é a seguridade e a felicidade do crente, que este Sumo Sacerdote eterno é capaz de salvar até o sumo em todos os tempos e em todos os casos. Seguramente então nos convêm desejar a espiritualidade e a santidade, muito mais da dos crentes do Antigo Testamento, porque as nossas vantagens excedem as deles.

Comentário de Hebreus 7:26-28

Note-se a descrição da santidade pessoal de Cristo. Ele está livre de todos os hábitos ou princípios de pecado, não tendo a menor disposição para isso em sua natureza. Nada de pecado habita nEle, nem a menor inclinação pecaminosa, embora exista no melhor dos cristãos. Ele é inocente, livre de todo pecado atual; Ele não cometeu pecado, nem houve engano em sua boca. Ele não é corrompido. Difícil é manter-nos puros como para não participar da culpa dos pecados de outros homens. contudo, ninguém que vã a Deus em nome de seu Filho amado deve desfalecer. Podem ter a certeza de que Ele os livrará no tempo da provação e do sofrimento, no tempo da prosperidade, na hora da morte e no dia do juízo.