Deuteronômio 20 — Estudo Devocional

Deuteronômio 20 — Estudo Devocional

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Deuteronômio 20 

Leis de guerra
20.1-20 Quando vocês saírem para combater. A organização do exército e toda a estratégia de guerra dos israelitas devia ser considerada como “guerra de Deus”. Isto não quer dizer que Deus fosse violento por si, mas que toda essa questão tinha a ver com o ensino e a manutenção do “culto único ao Deus único”. Deus estava combinando a preparação do seu povo para conquistar e morar na terra prometida, com o necessário castigo que traria fim à grande maldade daqueles povos, que sacrificavam crianças para seus ídolos diabólicos. O estudo do contexto histórico e literário mostra que esta era uma questão teológica e espiritual em relação à cultura da época e que, por isso, não se deve tirar deles nenhuma validação para tomar atitudes semelhantes em nosso tempo. Isto seria usar a Bíblia em proveito próprio, coisa fácil de fazer, mas muito errada e perigosa. A guerra é a mais desastrosa manifestação coletiva do mal que se faz presente na humanidade. Através dos tempos, todos os povos têm-na experimentado. As tentativas de evitá-la com projetos e iniciativas de paz, de humanizá-la e de discipliná-la através de leis, são esforços importantes e necessários. Porém, eles têm-se mostrado insuficientes e a esperança maior nesse sentido se volta para Jesus Cristo, “o Príncipe da Paz” (Is 9.6) e “aquele que nos trouxe a paz” (Ef 2.14).

20.2-3 Antes de começarem o combate. Antes de começarem as batalhas, Moisés preparou os israelitas, dando-lhes todas as instruções e recomendações necessárias, encorajando-os e motivando-os. Repare como, por ser fundamental a ajuda de Deus, as medidas tomadas visam favorecer a fé e não esmorecê-la.

20.4 Deus, está com vocês para… salvá-los do inimigo. Mais um vez destaca-se a completa confiança em nosso Deus, em circunstâncias que, humanamente falando, seriam bastante desfavoráveis. A vitória vem do Senhor, que usa pessoas destemidas e corajosas enquanto preserva aquelas em situações especiais ou de vulnerabilidade. Esses exemplos podem ser aplicados aos dias de hoje, em nossas “batalhas” da vida.

20.5-9 Se houver aqui um homem. A convocação daqueles que iriam para a guerra levava em consideração uma série de circunstâncias da vida pessoal e comunitária dos israelitas. Ela não era uma imposição pura e simples, mas que qualificava apenas os corajosos e desimpedidos. As razões que justificariam a saída de alguns homens da tropa são as que acrescentariam mais tragédia ao caso de uma morte em batalha (casa nova, primeira colheita e casamento), e também o risco de contaminação do medo e timidez. É interessante observar alguma semelhança do primeiro grupo com as razões de desculpa, contadas por Jesus na parábola da grande festa do reino de Deus (Lc 14.15-24); isso indica que as exceções aqui oficialmente abertas para a guerra passaram a ser utilizadas também para outros propósitos. os chefes das tropas. A escolha dos chefes seria feita ali no hora da preparação para entrar em luta, possivelmente atentando para os mais confiantes.