Deuteronômio 29 — Estudo Devocional

Deuteronômio 29 continua o discurso de Moisés aos israelitas, enfatizando a renovação da aliança entre Deus e Seu povo enquanto eles estão prestes a entrar na Terra Prometida. O capítulo relembra a fidelidade de Deus durante sua jornada no deserto, Sua provisão e Sua orientação. Adverte contra o desvio para a idolatria e o pecado, enfatizando as graves consequências da desobediência. O capítulo sublinha a importância do compromisso pessoal com a aliança, bem como a natureza comunitária do seu acordo com Deus. Deuteronômio 29 nos leva a considerar nosso próprio relacionamento com Deus, o significado de nossas escolhas e a necessidade contínua de fidelidade e lealdade a Ele. Também serve como um lembrete do amor pactual de Deus, do Seu desejo de relacionamento e da responsabilidade que advém de fazer parte do Seu povo.

O terceiro discurso de Moisés
Deuteronômio 29.1—30.20
Deus faz uma nova aliança com o povo


29.1-28 vocês… viram o que o Senhor fez. “Até aqui o Senhor Deus nos ajudou” (1Sm 7.12), assim podemos resumir essa primeira parte do discurso de Moisés aos israelitas. Mas será que os próprios israelitas podiam dizer isso, de coração, naquele momento? Chegar a essa condição é o propósito divino ao empreender esta caminhada com este povo.

29.4 não deixou que vocês percebessem, ouvissem ou entendessem. O povo, porém, demora para ter um coração que entenda, olhos que vejam e ouvidos que ouçam. É por isso que esta caminhada de Deus com este povo se tornou narrativa, contada e recontada nos lugares em que as pessoas se reuniam. É por isso que esta narrativa se tornou texto escrito, que pudesse ser lido e meditado sempre de novo, recheada de instruções e orientações de Deus ao Seu povo: para que as pessoas aprendam a tirar o coração, os olhos e os ouvidos de si próprias, presas a ver, ouvir e perceber somente aquilo que lhes interessa e lhes traz proveito imediato. Veja o quadro “Liberdade de si”.

29.19 tanto dos bons como dos maus. Quando uma sociedade se corrompe e progride na maldade, as pessoas boas no meio dela também sofrem, tal como aconteceu com Ló em Sodoma (Gn 19).

29.29 Há coisas que não sabemos. De Deus conhecemos bem pouco. Mesmo o que Ele nos revela de Si próprio é só uma pontinha de iceberg Mas o que Ele reservou para Si próprio deve ser respeitado e deixado a Ele. Nós temos aquilo que Ele nos quis revelar, especialmente na sua Palavra. Este é o nosso tesouro, que queremos cultivar e também preservar para as gerações futuras. O curioso é que às vezes fazemos o contrário. Queremos, quase obsessivamente, saber o que não nos compete, e deixamos de saber bem aquilo que nos compete.

Liberdade de si
Ao colocar o coração em Deus, ao escutar o que Ele tem a dizer e aprender a ver a realidade com os olhos dele, a pessoa vai sendo libertada da escravidão a si própria, vai sendo tirada do foco exclusivo em si mesma, que tem aparência de liberdade mas é extremamente escravizante. Seguindo essas orientações de nos centrarmos em Deus, nós aprenderemos também a enxergar os outros (Gl 5.13-14). E, por este caminho, acabaremos chegando de volta a nós mesmos, mas agora como livres, abraçando e sendo abraçados.

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