Explicação de Deuteronômio 15

Explicação de Deuteronômio 15

Explicação de Deuteronômio 15





Deuteronômio 15 

Cap. 15 Moisés dá ordens sobre o ano da libertação (1-11), sobre a servidão dos hebreus (12-18) e sobre o sacrifício dos animais primogênitos (19-23).
15.1-11 O caráter mais específico das prescrições nos livros de Êxodo e levítico se deve ao fato de que se destinava a um povo nômade, enquanto o caráter mais geral das prescrições do livro de Deuteronômio se destina a um povo prestes a se estabelecer na sua terra.
15.1 Farás remissão. Os que haviam tomado dinheiro emprestado e não podiam saldar a dívida antes do ano da remissão teriam essa dívida perdoada nessa ocasião. Os comentaristas judeus concordam que a remissão do empréstimo não era temporária, mas absoluta. Porém, podia-se pagar a dívida por questão moral.
15.3 Estranho. A palavra hebraica aqui usada é nokhri. Ver nota de 1.16. Estes, principalmente egípcios ou outros que visitavam a negócios, teriam meios de pagar.
15.4 Não haja pobre. Se a vontade de Deus fosse perfeitamente obedecida, chegar-se-ia à ocasião em que não haveria mais pobreza (3-5). Enquanto não chegar esse tempo, porém, nunca deixará de haver pobres no terra (11).
15.7 Irmão pobre. Os judeus ortodoxos sempre cuidaram de seus pobres, como também a igreja de Jerusalém (At 4.34, 35).
15.8 Emprestarás. Algumas vezes é melhor emprestar que dar. O empréstimo obriga aquele que toma emprestado a trabalhar e ajudar-se a si mesmo.
15.12-18 Em Lv 25.39-46 é ensinado que os escravos hebreus seriam libertados no ano do jubileu. Isto significaria eventualmente que, se o ano do jubileu chegasse antes do escravo ter servido sete anos, este podia ser libertado. Até o tempo do exílio, essa lei da libertação era frequentemente negligenciada, cf. Jr 34.8-20; Ne 5.1-13.
15.13 Não o deixarás ir vazio. Quando o escravo era libertado, devia receber provisões para começar sua nova vida. Isso não é mencionado no livro de Êxodo, senão o povo, dificilmente, deixaria de recair na escravidão.
15.15 Lembrar-te-ás. A lembrança da maravilhosa graça de Deus para conosco, na redenção nos leva a seguir o curso da verdadeira obediência.
15.16 Por estar bem contigo. Embora não fosse proibida a escravatura em Israel, as condições da servidão eram, frequentemente, num clima de bastante liberdade, cf. N. Hom. abaixo.
15.17 Servo... serva. Os escravos e as escravas eram considerados no mesmo nível social.
15.19 Todo primogênito. No livro do Êxodo, declara-se o princípio de que todos os animais primogênitos deviam ser dedicados a Deus. A antiga lei sobre o sacrifício dos primogênitos (cf. Êx 13.2, 12, Lv 27.26ss; Nm 18.15ss) é adaptada para as exigências do santuário central, cf. 1.215-28. • N Hom. A servidão perpétua era: 1) Voluntária (16a); 2) impulsionada pelo amor (16b); 3) Simbolizada por um sinal (17, cf. Gl 6.17, quanto à aplicação espiritual).


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