Explicação de Deuteronômio 5

Explicação de Deuteronômio 5




Deuteronômio 5 

Cap. 5-11 Esta seção contém o segundo discurso de Moisés, que apresenta uma extensa exposição dos Dez Mandamentos, com exortações à obediência. Faz-se referência especial aos dois primeiros mandamentos.
Cap. 5 Moisés começa o discurso com uma introdução aos Dez Mandamentos (1-5). Então repete os mandamentos (6-21) e explica mais plenamente o que ocorreu no Sinai, após o livramento do povo (22-33).
5.3 Não foi com nossos pais. Isto é: não só com os nossos antepassados, mas também conosco.
5.5 Entre o Senhor e vós. Moisés era mediador e intercessor. Cf. nota sobre 9.25.
5.6 Eu sou. É a natureza revelada de Deus que determina aquilo que Seus servos devem ser: “Sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste”, Mt 5.48.
5.6-21 Constituem-se os Dez Mandamentos, no âmago da Lei e a base da Aliança de Deus com Israel. Os capítulos 12-26 pode-se considerar uma aplicação pormenorizada dos princípios que contêm para a vida do povo em Canaã... A diferença entre os mandamentos expostos no capítulo 20 de Êxodo e os do presente capítulo de Deuteronômio leva a supor que os “palavras” originais, não passavam de simples frases como esta “Honra a teu pai e a tua mãe” (16). As palavras que sequem eram apenas, um comentário, mais ou menos desenvolvido. Os Dez Mandamentos são sem paralelo em muitas coisas, e foram um sumário completo da Lei de Deus (cf. nota sobre 4.8). A forma pela qual o decálogo é apresentado no Antigo Testamento, porém, mostra que era aplicado em termos próprios para a era mosaica. (Cf. notas sobre 12-15 e 16). O decálogo é chamado de “a aliança” (4.13; 9.9), e como tal se refere a Israel, o povo do pacto.
5.7 Outros deuses. Na derrota do Faraó e de todos os mágicos do Egito, Deus já revelara plenamente que, embora haja ídolos e crendices numerosos no mundo, esses “deuses” não têm existência real, que se possa revelar pela atuação. Esta demonstração (4.32-35) é a maior autoridade para se exigir obediência aos Mandamentos. Mt 11.28-30; Jo 14.15.
5.10 Guardar os mandamentos de Deus não deve ser considerado um fardo pesado para pessoas religiosas carregarem, mas sim, pura e simplesmente, a expressão alegre e abençoada de amar a Deus,
5.11 O nome do Senhor. No pensamento hebraico, o nome (heb shem) liga-se intimamente à pessoa; umas vezes indica o seu caráter (cf. Êx 3.13; Mt 1.21), e outras, a posição que ocupa (Êx 23.21).
5.12-15 A principal diferença entre as duas apresentações dos Dez Mandamentos reside nas razões dadas para a observação de sábado (Êx 20.11; Dt 5.15). A palavra “sábado” tem raiz no termo hebraica shãbhat, que quer dizer “cessar, desistir”. Esta palavra estava associada ao sétimo dia antes mesmo da legislação do Sinai (cf. Êx 16.26). A referência específica ao sétimo dia não aparece no próprio mandamento sobre o sábado (Dt 5.12), mas no comentário que se seque (cf. 16n ). Não há razão linguística pela qual a palavra ”sábado” não pudesse ser também aplicada a um dia de descanso no princípio da semana. A mudança do descanso sabático do sétimo para o primeiro dia é o cumprimento do princípio moral do sábado. O sábado do sétimo dia comemorava a obra da criação divina (Êx 20.11) e a redenção (Dt 5.15). O sábado do primeiro dia pode ser reputado como comemoração da nova obra de criação divina (2 Co 5.17; Ef.2.10) e a redenção espiritual (Tt 2.14). A ressurreição de Jesus assinalou o clímax de Sua obra redentora (Rm 4 25; 1 Pe 1.3) e parece certo que os cristãos primitivos começaram reunindo-se no primeiro dia da semana em comemoração a esse grande acontecimento. Cristo chamou-se Senhor do Sábado (Mc 2.28) e o primeiro dia da semana ficou depois conhecido como Dia do Senhor (Ap 1.10). Desde então o sábado do primeiro dia tem sido aceito pela vasta maioria dos cristãos.
5.16 No terra que... te dá. É uma referência especifica a Canaã e mostra que os comentários ligados aos mandamentos não se aplicam, necessariamente; de modo literal ao cristão (cf. 4.5n; 4.8n). O princípio moral básico, porém, ainda é válido cf. 6.3.
5.17 Não matarás. Este mandamento proíbe o homicídio. Outras escrituras deixam perfeitamente claro que se relaciona tanto ao desejo íntimo como à conduta externa. Ler Mc 10.17-22 e Rm 7.7, 8. • N. Hom. Obrigação do homem: 1) Para com Deus (7.15); 2) Para com outros (16.21). (Estudar a cada mandamento, observando o pleno escopo de suas implicações positivas e negativas, cf. Mt 22.36-39, cap.7, etc.).



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