Interpretação de Isaías 11

Isaías 11

B. O Messias Para Restaurar e Reinar. 11:1-16.
1, 2. O Messias (que estabelecerá um império justo e piedoso, o oposto da Assíria) será um descendente da prometida linhagem de Davi, Deus o declara aqui. Depois de derrubada a árvore de Davi ficando apenas o toco, este neser ou rebento, um significativo título messiânico, brotará. Ele será sobrenaturalmente dotado pelo sétuplo Espírito Santo de Deus. Portanto, ele administrará um governo perfeitamente justo, pois nenhum litigante ou requerente astuto será jamais capaz de enganá-lo com falsas evidências (v. 3). Mais ainda, ele defenderá os direitos dos indefesos- e dos pobres (especialmente dos mansos que são perseguidos por sua fidelidade a Deus) contra os ricos e influentes. Tal como um cinto mantém a roupa no lugar, assim o padrão divino de santidade será a constante e unificadora força do governo do Messias (v. 5).
6-9. As condições do império de Cristo serão de harmonia e paz, com base na verdadeira religião. A figura dos ferozes animais predatórios vivendo em paz com os fracos e indefesos simboliza a remoção de toda a hostilidade natural e temor entre os homens. (As referências ao pequenino, no v. 6, e à criança de peito, no v. 8, claramente impedem que interpretemos as bestas como diversos tipos de homens.)
9. A base desta harmonia edênica será o conhecimento pleno e adequado de Deus que toda a humanidade possuirá então, e que até a criação refletirá (cons. Rm. 8:21).
10-16. O reino messiânico será introduzido por uma segunda (v. 11) restauração dos judeus (que claramente exclui a referência ao retorno com Zorobabel em 537 A. C. e indica uma restauração nacional de magnitude comparável). Desta vez o povo esparso virá de todas as direções geográficas: leste – Assíria, Elão, Shinar; oeste – as ilhas do mar; norte Hamate ; e sul – Egito, Patros ou Egito Superior, e Cush ou Etiópia. Todas essas diferentes regiões não foram envolvidas no retorno de 537 A.C. Não só os judeus, mas também as nações gentias (gôyîm) se reunirão sob o padrão da cruz (v. 12), para formação de uma Igreja Judio-Gentia até os últimos tempos. Mais ainda, naquele tempo não haverá mais uma fenda entre as tribos do norte e do sul, mas os israelitas cristãos constituirão um povo único e harmonioso. Além disso, o povo de Deus triunfará sobre todas as nações ainda não convertidas à sua volta (como a Filístia, Edom e Moabe que cercavam a antiga Israel). As barreiras naturais do Eufrates e do Nilo serão removidas e a comunicação entre todas aquelas regiões antes hostis será fácil e desimpedida quando o Príncipe da Paz governar sobre elas. 

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