Interpretação de Isaías 40

Isaías 40

40:1-11. O Espírito de Deus aqui proclama conforto divino. Não se declara neste capítulo (nem em Is. 41; 42) o que tinha acontecido a Israel. Nem se refere especificamente ao Exílio nem à restauração da terra. Declara-se simplesmente que Israel teria passado por um severo alistamento militar (milícia, v. 2) e recebera dupla penalidade de Deus por causa dos seus pecados.

40:1. O meu povo. A linguagem misericordiosa do Deus compassivo que cumpre a aliança. Consolai. Uma convocação de todos os verdadeiros profetas de Deus, desde o tempo de Isaías até o final do Exílio.

40:2. Falai ao coração, literalmente; isto é, para acalmar ou tranquilizar. A sua iniquidade está perdoada. Mais literalmente, foi expiada. Em dobro talvez se referia a: a) o castigo temporal de setenta anos de cativeiro, e b) o castigo eterno colocado sobre a pessoa de crista, o expiador dos pecados no Calvário.

40:3. A implicação aqui é que Jeová teria de retornar a Jerusalém através da rota do deserto pela qual os exilados retomariam da Babilônia, e que preparativos adequados para o seu advento seriam a remoção dos obstáculos e o alisamento do caminho. Mas da aplicação quê Mateus faz deste versículo ao ministério de João Batista (Mt. 3:3) está visível que estes aspectos geográficos simbolizam a falta de vida de uma alma não convertida. As montanhas, portanto, representara o orgulho carnal do pecador, e os vales sua disposição de desamparo e auto-piedade carnais.

40:5. A glória do SENHOR deveria ser revelada por intermédio de: a) Ciro libertando os exilados do cativeiro da Babilônia e a sua restauração à terra da promessa; b) Cristo libertando os escravos de Satanás e sua adoção na família de Deus. Toda a carne. Toda a humanidade deve testemunhar desta divina intervenção em benefício do povo redimido.

40:6, 7. Em si mesmo, o homem é tragicamente fraga e transitório e a sua beleza se desvanece rapidamente. Sua vida é desprovida de verdadeira dignidade ou significado. Mas a eterna e infalível Palavra de Deus concede à humanidade crente um significado e uma glória imperecíveis.

40:9-11. A tradução da E.R.A, aqui, Tu, ó Sião, que anuncias boas novas (isto ó, que pregas o Evangelho) é preferível à da E.R.C.: Tu o anunciador de boas novas a Sião. Esta última não explica que personagem feminino poderia ser este que deveria evangelizar a Sião (pois o “tu” está no feminino no hebraico). Jerusalém, a Cidade Santa, deve anunciar a vinda de Jeová a todas as outras cidades de Judá.

40:10. Com poder. A sua recompensa, isto é, benefícios aos justificados e retribuição aos ímpios.

40:11. Apascentará... recolherá... levará... guiará. Uma predição lindamente explicada e vivida pelo nosso Senhor Jesus Cristo.

40:12-17 Estes versículos apresentam uma figura incomparável de Jeová como o Criador infinitamente grande e sábio. De acordo com a mitologia pagã, os deuses dos pagãos foram gerados da matéria pré-existente. Mas este Deus da revelação sempre foi eternamente pré-existente antes da criação, e permanece transcendente acima da Sua criação, totalmente inacessível em sabedoria e profundidade de pensamento. Isto estabelece o cenário para a denúncia da idolatria (vs. 18-20) em todo o seu deplorável despropósito. A feitura de uma imagem esculpida fala eloquentemente sobre o fato de que o próprio deus pagão não passava de uma criatura da imaginação do homem.

40:21 Até mesmo os ancestrais dos gentios (Adão e Noé, por exemplo), no começo da história, conheciam o único e verdadeiro Deus-Criador.

40:22 Observe que redondeza (hûg) é compatível com a noção que temos da terra como uma esfera (ou de formato discóide).

40:23 Os grandes desta terra – até mesmo um Senaqueribe ou Nabucodonosor – como simples refugo (nada), inútil diante do Soberano onipotente. Eles são como sementes sem raízes que são rapidamente varridas do solo sobre o qual pensaram (v. 24).

40:26 A grandeza dos céus estrelados é um lembrete de quão insignificante e infinitesimal é o homem.

40:27-31 Se, então, o Deus de Israel é este onipotente Criador e Soberano, Seu povo não precisa temer que seus problemas e dificuldades sejam demasiado difíceis para Ele resolver, ou que Ele seja incapaz de julgar seus injustos opressores (embora os longos anos do cativeiro de Israel possa lhe ter dado tal impressão). Seu poder de libertar e vingar jamais se reduz por causa de cansaço ou excesso de trabalho. Sua sabedoria em ordenar os negócios humanos está além da compreensão dos homens. Para os Seus filhos, que têm falta de força e resistência, Ele concede literalmente tudo o que necessitam para o seu constante progresso e realizações espirituais, contanto que confiem nEle em oração e esperança.

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