Exortação à Maturidade Espiritual — Hebreus 5:11-6:12
Exortação à Maturidade Espiritual — Hebreus 5:11-6:12
(Enciclopédia Bíblica Online)
As verdades concernentes ao sacerdócio de Cristo, segundo a ordem de Melquisedeque, requerem exposição muito detalhada (11). Tais verdades são alimento sólido (12-14), que só pode ser compreendido ou digerido pelos que já estão espiritualmente maduros. O assunto inteiro, portanto, era difícil de ser esclarecido para aqueles leitores particulares visto que, embora já fossem Cristãos há bastante tempo, se tinham tornado relaxados e atrasados em sua resposta à palavra dada por Deus. Note-se os termos tardios em ouvir (Hb 5.11) e indolentes (Hb 6.12); Os oráculos de Deus (Hb 5.12) provavelmente são palavras que, neste contexto, significam o Evangelho, cujos rudimentos são indicados em Hb 6.1-2. Essa mensagem e as Escrituras do Antigo Testamento são assim reputados ambos como declarações proferidas por Deus. Cfr. Rm 3.1-2; 1Pe 1.23-25. Nos vers. 13 e 14, note-se o detalhado contraste entre os dois tipos (“adultos” e “bebês”), suas respectivas condições (“faculdades exercitadas” e “inexperiente”), e suas respectivas dietas (“alimento sólido” e “leite”).
Os crentes que se encontram nessa condição atrasada e indolente têm a urgente necessidade de despertarem-se a fim de avançarem ativamente em direção à maturidade, em lugar de tentarem repetir o processo de colocar novamente os fundamentos, isto é, os princípios elementares da doutrina de Cristo (1). Note-se a natureza básica das ações e doutrinas mencionadas nos vers. 2 e 3. Elas representam os passos que se espera que o novo convertido dê, bem como as verdades essenciais que lhe compete crer. A única salvaguarda contra o escorregar para trás e cair é o prosseguir para a frente. Isso requer ação deliberada e decisiva. Não obstante, paradoxalmente, deixemo-nos levar (1) está igualmente num verbo em voz passiva (cfr. At 27.15-17; 2Pe 1.21). “O pensamento não envolve primariamente algum esforço pessoal, e, sim, rendição pessoal a uma ativa influência. O poder está operando; temos apenas de nos rendermos ao mesmo” (B. F Westcott, Hebrews, pág. 145). Cfr. Ef 3.20; Fp 2.13. Desse modo, o escritor exorta seus leitores a responderem a essa influência externa, e, no vers. 3, falando a seu próprio respeito, e não sobre outros, expressa a decisão de assim agir.
Há uma qualificação necessária e muito solene. Os homens só podem agir assim se Deus permitir (3). Algumas ações, pela própria constituição divina das coisas, são moralmente “impossíveis” (4). Se os homens participam da Igreja visível, compartilhando de todas as bênçãos do Evangelho, se (à semelhança daqueles, por ocasião do livramento às margens do Mar Vermelho, que mais tarde pereceram mediante a incredulidade, no deserto) têm realmente estado na companhia de pessoas que têm experimentado as poderosas operações do Espírito de Deus, e assim têm por si mesmos “provado” (5) de Seu caráter, e depois deliberadamente se afastam e rejeitam a Cristo, é impossível dar início novamente ao processo no caso dos tais, renovando-os para o arrependimento. Tal como no caso daqueles que falharam decisivamente, ou deliberadamente recusaram-se a responder positivamente à graça divina, nada mais resta para estes senão o julgamento. Cfr. 1Co 10.1-5 e, especialmente, Lc 20.13-16. As Escrituras ensinam consistentemente que as mesmas ações da graça divina, que põem ao alcance dos homens a salvação e a vida, igualmente estabelecem a condenação final daqueles que, após terem compartilhado dessa revelação, rejeitam-na deliberadamente. Cfr. 2Co 2.15-16. Igualmente, é impossível, nos estágios iniciais, distinguir a diferença entre o trigo e o joio, ou entre a semente que se ressecará ou será sufocada e aquela que produzirá fruto para a vida eterna. Cfr. 1Co 10.12; 2Tm 2.18-19. O julgamento é determinado não pelo início, mas antes, pelo fim, isto é, pelo fruto (8). Eis porque o escritor sagrado tanto se preocupava que aqueles que tinham começado a experimentar a graça de Cristo, comprovassem a autenticidade de sua experiência prosseguindo até seu verdadeiro final. Cfr. 2Pe 1.5-11.
Aqueles que uma vez foram iluminados (4). As palavras, uma vez sugerem certo aspecto absoluto e final, que indica algo feito de uma vez por todas, de tal modo que isso se torna necessariamente incapaz de repetição. Isso faz contraste com as palavras outra vez (6). Compare-se seu uso em Hb 9.26,28; Hb 10.2; Hb 12.26-27. Aqueles que assim foram uma vez iluminados, nunca mais serão iguais àqueles que nunca receberam a luz. Caíram (6) significa não pecados grosseiros, mas antes, nada menos que apostasia deliberada, uma completa rejeição e execração à fé de Cristo. No que lhes diz respeito (isto é, para si mesmos), tais pessoas expulsam Cristo de suas próprias vidas, ou rejeitam Sua reivindicação de ser o Filho de Deus, por ação similar à daqueles que procuraram livrar-se dEle ao crucificá-Lo. Desse modo, expõem Cristo publicamente à vergonha.
Após exibir tão solene quadro de condenação inevitável (8), o escritor Se apressa, movido por verdadeira afeição (somente nesta altura da epístola ele chama de amados os seus leitores), a assegurar a seus leitores que estava convencido que eles não se encontravam nesse estado desesperador (9). Por conseguinte, alguns comentadores consideram o tipo descrito nos vers. 4-8 como hipotético e não como real. Pelos vers. 10-12 aprendemos o que indica verdadeira vida espiritual e o que é necessário para o pleno progresso espiritual, a saber, a diligência, ou zelo todo-absorvente, no trabalho... do amor (10), isto é, o ministrar aos irmãos crentes por amor ao nome do Pai, a “plena certeza da esperança” (11), na expectativa do cumprimento das promessas de Deus, bem como o persistente e paciente esperar da fé (12), até o dia em que nossa possessão seja realizada.
(Enciclopédia Bíblica Online)
As verdades concernentes ao sacerdócio de Cristo, segundo a ordem de Melquisedeque, requerem exposição muito detalhada (11). Tais verdades são alimento sólido (12-14), que só pode ser compreendido ou digerido pelos que já estão espiritualmente maduros. O assunto inteiro, portanto, era difícil de ser esclarecido para aqueles leitores particulares visto que, embora já fossem Cristãos há bastante tempo, se tinham tornado relaxados e atrasados em sua resposta à palavra dada por Deus. Note-se os termos tardios em ouvir (Hb 5.11) e indolentes (Hb 6.12); Os oráculos de Deus (Hb 5.12) provavelmente são palavras que, neste contexto, significam o Evangelho, cujos rudimentos são indicados em Hb 6.1-2. Essa mensagem e as Escrituras do Antigo Testamento são assim reputados ambos como declarações proferidas por Deus. Cfr. Rm 3.1-2; 1Pe 1.23-25. Nos vers. 13 e 14, note-se o detalhado contraste entre os dois tipos (“adultos” e “bebês”), suas respectivas condições (“faculdades exercitadas” e “inexperiente”), e suas respectivas dietas (“alimento sólido” e “leite”).
Os crentes que se encontram nessa condição atrasada e indolente têm a urgente necessidade de despertarem-se a fim de avançarem ativamente em direção à maturidade, em lugar de tentarem repetir o processo de colocar novamente os fundamentos, isto é, os princípios elementares da doutrina de Cristo (1). Note-se a natureza básica das ações e doutrinas mencionadas nos vers. 2 e 3. Elas representam os passos que se espera que o novo convertido dê, bem como as verdades essenciais que lhe compete crer. A única salvaguarda contra o escorregar para trás e cair é o prosseguir para a frente. Isso requer ação deliberada e decisiva. Não obstante, paradoxalmente, deixemo-nos levar (1) está igualmente num verbo em voz passiva (cfr. At 27.15-17; 2Pe 1.21). “O pensamento não envolve primariamente algum esforço pessoal, e, sim, rendição pessoal a uma ativa influência. O poder está operando; temos apenas de nos rendermos ao mesmo” (B. F Westcott, Hebrews, pág. 145). Cfr. Ef 3.20; Fp 2.13. Desse modo, o escritor exorta seus leitores a responderem a essa influência externa, e, no vers. 3, falando a seu próprio respeito, e não sobre outros, expressa a decisão de assim agir.
Há uma qualificação necessária e muito solene. Os homens só podem agir assim se Deus permitir (3). Algumas ações, pela própria constituição divina das coisas, são moralmente “impossíveis” (4). Se os homens participam da Igreja visível, compartilhando de todas as bênçãos do Evangelho, se (à semelhança daqueles, por ocasião do livramento às margens do Mar Vermelho, que mais tarde pereceram mediante a incredulidade, no deserto) têm realmente estado na companhia de pessoas que têm experimentado as poderosas operações do Espírito de Deus, e assim têm por si mesmos “provado” (5) de Seu caráter, e depois deliberadamente se afastam e rejeitam a Cristo, é impossível dar início novamente ao processo no caso dos tais, renovando-os para o arrependimento. Tal como no caso daqueles que falharam decisivamente, ou deliberadamente recusaram-se a responder positivamente à graça divina, nada mais resta para estes senão o julgamento. Cfr. 1Co 10.1-5 e, especialmente, Lc 20.13-16. As Escrituras ensinam consistentemente que as mesmas ações da graça divina, que põem ao alcance dos homens a salvação e a vida, igualmente estabelecem a condenação final daqueles que, após terem compartilhado dessa revelação, rejeitam-na deliberadamente. Cfr. 2Co 2.15-16. Igualmente, é impossível, nos estágios iniciais, distinguir a diferença entre o trigo e o joio, ou entre a semente que se ressecará ou será sufocada e aquela que produzirá fruto para a vida eterna. Cfr. 1Co 10.12; 2Tm 2.18-19. O julgamento é determinado não pelo início, mas antes, pelo fim, isto é, pelo fruto (8). Eis porque o escritor sagrado tanto se preocupava que aqueles que tinham começado a experimentar a graça de Cristo, comprovassem a autenticidade de sua experiência prosseguindo até seu verdadeiro final. Cfr. 2Pe 1.5-11.
Aqueles que uma vez foram iluminados (4). As palavras, uma vez sugerem certo aspecto absoluto e final, que indica algo feito de uma vez por todas, de tal modo que isso se torna necessariamente incapaz de repetição. Isso faz contraste com as palavras outra vez (6). Compare-se seu uso em Hb 9.26,28; Hb 10.2; Hb 12.26-27. Aqueles que assim foram uma vez iluminados, nunca mais serão iguais àqueles que nunca receberam a luz. Caíram (6) significa não pecados grosseiros, mas antes, nada menos que apostasia deliberada, uma completa rejeição e execração à fé de Cristo. No que lhes diz respeito (isto é, para si mesmos), tais pessoas expulsam Cristo de suas próprias vidas, ou rejeitam Sua reivindicação de ser o Filho de Deus, por ação similar à daqueles que procuraram livrar-se dEle ao crucificá-Lo. Desse modo, expõem Cristo publicamente à vergonha.
Após exibir tão solene quadro de condenação inevitável (8), o escritor Se apressa, movido por verdadeira afeição (somente nesta altura da epístola ele chama de amados os seus leitores), a assegurar a seus leitores que estava convencido que eles não se encontravam nesse estado desesperador (9). Por conseguinte, alguns comentadores consideram o tipo descrito nos vers. 4-8 como hipotético e não como real. Pelos vers. 10-12 aprendemos o que indica verdadeira vida espiritual e o que é necessário para o pleno progresso espiritual, a saber, a diligência, ou zelo todo-absorvente, no trabalho... do amor (10), isto é, o ministrar aos irmãos crentes por amor ao nome do Pai, a “plena certeza da esperança” (11), na expectativa do cumprimento das promessas de Deus, bem como o persistente e paciente esperar da fé (12), até o dia em que nossa possessão seja realizada.