Explicação de Ezequiel 8

Ezequiel 8

Ezequiel 8 narra uma visão onde Ezequiel é levado em visão ao templo em Jerusalém, e lá ele testemunha várias formas de idolatria e maldade sendo cometidas pelos líderes e pelo povo de Israel.

Ezequiel 8 começa com o Senhor levantando Ezequiel e mostrando-lhe um buraco na parede do templo. Enquanto Ezequiel olha através do buraco, ele testemunha a adoração secreta de ídolos sendo conduzida pelos líderes de Israel em uma câmara escondida, destacando ainda mais a sua corrupção espiritual.

O capítulo continua com Deus revelando uma série de abominações que estão ocorrendo dentro do próprio templo. Ezequiel vê imagens de criaturas que simbolizam animais impuros, representando práticas idólatras, gravadas nas paredes. Ele também testemunha mulheres chorando pelo deus Tamuz e homens adorando o sol.

A ira de Deus contra essas abominações é evidente, pois Ele questiona se as pessoas acreditam que Ele não vê o que estão fazendo. Ele declara que agirá em julgamento e não os poupará das consequências de suas ações.

Ezequiel 8 termina com a visão de uma abominação maior: um grupo de homens adorando ídolos e animais no pátio interno do templo, simbolizando a completa contaminação do espaço sagrado. Deus declara que não terá piedade e derramará Sua ira sobre o povo.

Explicação

8:1–6 Os anciãos tiveram que testemunhar o julgamento, que eles não conseguiram evitar. Isso muitas vezes acontece hoje também. O Senhor levou Ezequiel da Babilônia para Jerusalém... em visões. Lá ele viu alguns exemplos terríveis da idolatria do povo. Ele viu uma abominável imagem idólatra ... na entrada do templo - uma que provocou o ciúme do Senhor.

8:7–15 A segunda coisa que o profeta viu foi no pátio do templo. Os anciãos de Judá estavam reunidos lá, cada um com um incensário na mão, adorando imagens vis retratadas ao redor das paredes. A terceira visão foi no portão norte - as mulheres estavam... chorando por Tamuz, uma divindade babilônica. A vegetação supostamente secou quando ele morreu.

8:16-18 A quarta instância de idolatria foi no pátio interno do templo, onde cerca de vinte e cinco homens, representando os sacerdotes, estavam adorando o sol e seguindo as práticas lascivas desse culto. A referência ao “ramo” ou “ramo” (v. 17) é obscura. Colocar o ramo no nariz pode ter indicado desprezo ou desprezo por Deus. O ramo pode ter sido um símbolo fálico obsceno.

Muitas vezes são os líderes religiosos não salvos que ganham as manchetes por seu comportamento ímpio e heresias ultrajantes; mas Deus vê, e Ele terá a última palavra.

Notas Adicionais:

8.1 No sexto ano. Em 592 a.C., quase um ano depois da visão inicial. Os anciãos. A época de desgraças deu ao profeta um auditório mais distinto e respeitável do que aquele que os profetas normalmente tiveram.

8.3 O Espírito. A mão estendida vinha da figura descrita no v. 2, mas é o Espírito de Deus que transporta o profeta a Jerusalém. Em visões de Deus. Esta frase põe fim ao debate sobre como Ezequiel podia Ter sido transportado para Jerusalém e responde às teorias que dizem que a profeta nunca foi para a Babilônia, mas, sim, estava vendo os acontecimentos em Jerusalém e profetizando para os cativos na Babilônia. Trata-se de visões, da qualidade de vidência, coisa que sempre existiu entre os orientais, e já que são visões que vieram diretamente de Deus, é claro que o profeta sentira que foi uma situação verídica, de acontecimentos atuais em Judá.

8.5 Imagem dos ciúmes. Qualquer tipo de idolatria provoca-os ciúmes de Deus (Êx 20 45; 1 Co 10.14-22). Aqui, a referência pode ser ao poste-ídolo que Manassés colocara no próprio templo (2 Rs 21.7). A morte da rei Josias, que o removeu, seria o suficiente para o fazer colocar de novo.

8.6 Maiores abominações. Cada revelação da: idolatria do povo em Jerusalém era o prelúdio a uma revelação ainda pior.

8.10 Répteis. Nos cultos místicos do Egito, havia câmaras escuras cheias de incenso, às quais só os iniciados tinham licença de penetrar (o próprio sacerdote oficial do templo precisava cavar na parede para ver a que estava acontecendo, v. 7); e além disto, prestava-se o culto às imagens de aves, quadrúpedes e répteis. As tentativas de fazer-se alianças com o Egito, acrescentadas à revolta Contra um Deus que não podia moldar segundo ás vontades humanas, levava a povo a esta tentativa vã de controlar as forças ocultas da natureza.

8.11 Safã. É o escrivão que ajudou o rei Josias a purificar e renovar a religião nacional. Talvez tivesse sido a apostasia do seu filho que ajudou o profeta a entender a doutrina da responsabilidade moral e religiosa do indivíduo perante Deus (18.5-13).

8.14 Tamuz. Segundo a mitologia da Babilônia antiga, é um jovem deus da natureza que morre durante o inverno; é a lenda de Adonis, dos gregos; e de Osíris, dos egípcios. Nas três civilizações, as mulheres ficam lamentando a morte do belo herói.

8.16 Sol. Tão natural era para os povos antigos adorar o mais poderoso objeto que lhes era visível, mas que ficava fora do seu alcance, que o nome “sol” soava como um nome próprio divino. É por isso que a palavra não consta na história da criação, sendo substituída por “luzeiro” (Gn 1.14-19).

8.17 O ramo. Cheirar um ramo de flores faz parte de certos ritos.

Índice: Ezequiel 1 Ezequiel 2 Ezequiel 3 Ezequiel 4 Ezequiel 5 Ezequiel 6 Ezequiel 7 Ezequiel 8 Ezequiel 9 Ezequiel 10 Ezequiel 11 Ezequiel 12 Ezequiel 13 Ezequiel 14 Ezequiel 15 Ezequiel 16 Ezequiel 17 Ezequiel 18 Ezequiel 19 Ezequiel 20 Ezequiel 21 Ezequiel 22 Ezequiel 23 Ezequiel 24 Ezequiel 25 Ezequiel 26 Ezequiel 27 Ezequiel 28 Ezequiel 29 Ezequiel 30 Ezequiel 31 Ezequiel 32 Ezequiel 33 Ezequiel 34 Ezequiel 35 Ezequiel 36 Ezequiel 37 Ezequiel 38 Ezequiel 39 Ezequiel 40 Ezequiel 41 Ezequiel 42 Ezequiel 43 Ezequiel 44 Ezequiel 45 Ezequiel 46 Ezequiel 47 Ezequiel 48