Resumo de Ezequiel 40
Ezequiel 40
As águas do santuário que este profeta viu em visão (cap. 47.1) são uma representação apropriada desta profecia. Até agora as águas davam algumas vezes pelos tornozelos, em outros lugares pelos joelhos, ou pelos lombos, mas agora as águas subiram e se tornaram “um ribeiro pelo qual não se pode passar”. Aqui está uma única visão continuada, começando neste capítulo, até o final do livro, que é considerada com razão uma das porções mais difíceis da Escritura em todo o livro de Deus. Os judeus não permitem que ninguém a leia até que tenha trinta anos de idade, e dizem àqueles que a leem que, embora não consigam entender tudo nela, “quando Elias vier, explicará”. Muitos comentadores, tanto antigos como modernos, reconhecem não saberem o que fazer com ela ou como utilizá-la. Mas o fato de ser difícil entendê-la, não significa que devamos ignorá-la, mas humildemente investigar a seu respeito, penetrar nela até onde pudermos e absorvermos o máximo possível. E se perdermos a esperança de satisfação diante de toda a dificuldade que encontrarmos, louvemos a Deus pelo fato da nossa salvação não depender dela, e porque as coisas necessárias são claras o bastante, e esperemos até que Deus nos revele esta passagem. Estes capítulos merecem ser os mais considerados porque os dois últimos capítulos do Apocalipse parecem fazer uma clara alusão a eles, como Apocalipse 20 faz da profecia anterior de Gogue e Magogue. Aqui está a visão de um templo glorioso (neste cap. e nos caps. 41 e 42), Deus tomando posse dele (cap. 43), mandamentos a respeitos dos sacerdotes que devem ministrar neste templo (cap. 44), a divisão da terra, qual porção que deveria ser destinada para o santuário, qual para a cidade e qual para o príncipe, tanto em seu governo sobre o povo como em sua adoração de Deus (cap. 45), e outras instruções para ele e o povo, cap. 46. Após a visão das águas santas temos os limites da cidade santa, e as porções atribuídas às tribos, e as dimensões e as portas da cidade santa, caps. 47,48. Alguns acreditam que isto visava representar como havia sido o próspero estado da igreja judaica, como havia sido glorioso o templo de Salomão nos seus melhores dias, para que os cativos pudessem ver o que haviam perdido em virtude do pecado, e assim pudessem se tornar mais humildes. Mas isto não parece provável. Eu considero que o seu alcance geral deva ser: 1. Para assegurar aos cativos de que eles não só deveriam voltar para a sua própria terra e se estabelecerem ali (algo que havia sido freqüentemente prometido nos capítulos anteriores), mas que deveriam ter um outro templo. Portanto, deveriam ser incentivados a edificá-lo. Neste templo Deus habitaria, e nele Ele os encontraria e os abençoaria, para que as ordenanças de adoração fossem revividas, e o sacerdócio sagrado fosse exercido ali. E, embora eles não fossem ter um rei para viver em tal esplendor como anteriormente, iriam ter um príncipe ou governante (de quem é freqüentemente falado nesta visão), que sustentaria a adoração a Deus entre eles, e seria, ele mesmo, um exemplo de serviço diligente ao Senhor. E este príncipe, os sacerdotes, e o povo, seriam estabelecidos e deveriam ter uma subsistência muito confortável em sua própria terra. 2. Para instruí-los a olharem além de tudo isso, e esperarem a vinda do Messias, de quem havia sido profetizado anteriormente sob o nome de Davi, pelo fato dele ter sido o homem que projetou o edifício do templo e que deveria levantar um templo espiritual, a igreja do Evangelho, cuja glória deveria exceder em muito a glória do templo de Salomão, e que continuaria até o fim dos tempos. O fato das dimensões destes edifícios visionários serem tão grandes (sendo o novo templo mais espaçoso do que toda a antiga Jerusalém e sendo a nova Jerusalém de extensão maior do que toda a terra de Canaã) sugere claramente, como observa o Dr. Lightfoot, que estas coisas não devem ser entendidas literalmente, mas espiritualmente. O templo do Evangelho, erguido por Cristo e seus apóstolos, está tão intimamente ligado ao segundo templo material, foi erguido de forma tão cuidadosa exatamente no momento em que aquele caiu em decadência, estando pronto para receber as suas glórias quando aquele renunciasse a elas, e assim era bastante adequado que ambos fossem mencionados na mesma visão. Sob a tipologia e a figura de um templo e um altar, sacerdotes e sacrifícios, é prefigurada a adoração espiritual que deveria ser executada nos tempos do Evangelho, que concordaria mais com a natureza tanto de Deus como do homem, e que será finalmente aperfeiçoada no reino de glória, no qual provavelmente estas visões terão o seu pleno cumprimento. E alguns pensarão em algum estado feliz e glorioso da igreja do Evangelho neste lado do céu, nos últimos dias. Neste capítulo temos: I. Um relato geral desta visão do templo e da cidade, vv. 1-4. II. A apresentação de um relato específico dela. E uma descrição: 1. Do muro exterior, v. 5. 2. Da porta oriental, vv. 6-19.3. Da porta do norte, vv. 20-23.4. Da porta do sul (vv. 24-31) e das câmaras e outros apêndices pertencentes a estas portas. 5. Do átrio interior, tanto para o oriente como para o sul, vv. 32-38. 6. Das mesas, vv. 39-43.7. Das câmaras dos cantores e dos sacerdotes, vv. 44-47.8. Do vestíbulo da casa, vv. 48,49.Notas de Estudo
40:1–48:35 Após a grande batalha no final do tempo da Tribulação, esta seção fornece detalhes explícitos sobre o reinado milenar de Cristo que se segue, dando mais detalhes sobre o reino de mil anos do que todas as outras profecias do AT combinadas. É o “santo dos santos” entre as previsões milenares. Como foi feito nos trinta e nove capítulos anteriores, esta parte final também será abordada de uma maneira literal e histórica que melhor sirva ao intérprete de todas as Escrituras. Em muitos aspectos, estes capítulos são os mais importantes do livro, uma vez que constituem a realidade culminante, o clímax da profecia de Ezequiel e da restauração de Israel. A seção inclui: (1) o novo templo (40.1–43.12); (2) a nova adoração (43.13–46.24); e (3) a nova distribuição da terra (47.1–48.35).
Restabelecimento da Adoração Verdadeira em Israel (40:1–46:24)
1. Novo templo (40:1–43:12)
40:1 o vigésimo quinto ano. 573 a.C., no primeiro mês do ano eclesiástico, Nisan. O décimo dia foi o início dos preparativos para a Páscoa.
40:2 Nas visões de Deus Ele me levou. Ezequiel 40–48 narra outra visão, como antes em 1:1–3:27; 8–11; 37:1–14. A caracterização da profecia como uma visão não diminui de forma alguma sua realidade literal, assim como as visões de Ezequiel sobre os pecados, a idolatria e a destruição de Jerusalém. para a terra de Israel. A visão refere-se a Israel, assim como os capítulos 1–24; 33; 34–39. uma montanha muito alta. A montanha não tem nome; no entanto, é mais provável que seja o Monte Sião (cf. 17:22; 20:40; Is. 2:2; Miquéias 4:1), erguido de seus arredores por um grande terremoto (Zacarias 14:4, 5). , 10). como a estrutura. . . Uma cidade. Deus explicará detalhes relativos ao futuro espiritual de Israel (vv. 2, 4), portanto este deve ser o templo em particular e Jerusalém em geral. Este novo e glorioso templo contrastará com a profanação e destruição do templo de Salomão (caps. 8–11).
40:3 um homem. Um anjo conduziu um tour por todos os detalhes vistos pelo profeta, aparecendo na forma de um homem (por exemplo, Gênesis 18; Ezequiel 9), aparecendo como um bronze brilhante e reluzente. Ele poderia ser entendido como o Anjo do Senhor, já que é chamado de “SENHOR” (44:2, 5; ver nota em Êxodo 3:2). Sua “linha de linho” era para medidas maiores, a “vara” para medidas mais curtas (cf. Apocalipse 11:1; 21:5). Em cada caso, Deus mediu o que Lhe pertencia.
40:4 Declare... tudo que você vê. Ezequiel 1–24 refere-se à remoção histórica de Israel de sua terra, os capítulos 25–32 aos julgamentos históricos contra outras nações e o capítulo 33 a um chamado histórico ao arrependimento e à queda de Jerusalém. Assim, nos capítulos 34-39, o retorno literal e futuro de Israel à mesma terra como uma reversão da dispersão histórica é a maneira mais natural de interpretar os capítulos. Ezequiel 38 e 39 descrevem uma futura invasão histórica de Israel e suas consequências durante o período imediatamente anterior ao retorno do Messias. Portanto, os capítulos 40-48 seriam considerados como continuação do padrão histórico e profético, descrevendo as condições milenares após a vinda do Messias e a destruição dos ímpios (Ap 19:11ss.), sob as quais Israel viverá e adorará. Os gentios crentes também estarão no reino como ovelhas do Grande Pastor (cf. Mateus 25:31-46), enquanto todos os incrédulos serão destruídos. Ezequiel deve anotar todos os detalhes.
40:5 uma parede ao redor. Este muro exterior é descrito mais tarde como uma separação das áreas sagradas (42:20). o templo. Veja 1 Reis 6 e 7 para comparar com detalhes do templo de Salomão. Este não poderia ser o templo celestial, já que Ezequiel foi levado a Israel para vê-lo (v. 2). Não poderia ser o templo de Zorobabel, visto que a glória de Deus não estava presente naquela época. Não poderia ser o templo eterno, pois o Senhor e o Cordeiro são o seu templo (cf. Ap 21.22). Portanto, deve ser o templo terrestre e milenar construído com todos os detalhes requintados que ainda serão delineados. uma vara de medir com seis côvados de comprimento... uma largura de mão. A vara estendia-se por seis côvados reais (longos) de vinte e uma polegadas, totalizando dez pés e meio, cada côvado tendo uma largura padrão de dezoito polegadas e uma largura de mão de três polegadas.
40:6, 7 o portal... leste. Os edifícios do portão leste são os primeiros porque estarão na linha direta de acesso ao templo. Cada abertura tinha 3,5 metros de diâmetro. As câmaras (salas) na parede medem 3,5 x 3,5 metros. Medidas precisas descrevem um templo literal, não simbólico.
40:8–16 Os aposentos aqui descritos são acomodações para os sacerdotes ministradores e oficiais do templo que cuidam do templo.
40:16. Molduras de janelas chanfradas. Como não tinham vidro, eram treliças (cf. 41.16-26). em cada poste. . . Palmeiras. Estas retratam o desejo de Deus por frutos em Israel. As palmas são símbolos de beleza, salvação e triunfo (cf. Zc 14.16ss.; Ap 7.9). As palmas das mãos também estão nos postes do pátio interno (v. 31).
40:17 o pátio externo. Este pátio fica mais distante do templo propriamente dito e é cercado pelas paredes externas.
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