Explicação de Jeremias 46
Jeremias 46
Jeremias 46 contém profecias contra várias nações, focando principalmente no Egito. O capítulo começa com uma mensagem contra a derrota do Egito pela Babilônia na Batalha de Carquemis. Descreve o caos e a devastação que sobrevirão ao Egito como consequência do seu orgulho e idolatria. O capítulo então fala das futuras conquistas da Babilônia e do julgamento de Deus sobre as nações. Aborda a queda iminente do Egito, de Moabe e de outras nações, enfatizando a sua vulnerabilidade e a futilidade de confiar na sua própria força. Jeremias 46 transmite uma mensagem da inevitabilidade do julgamento de Deus sobre as nações que O desafiam. Salienta o contraste entre a soberania de Deus e a arrogância humana, alertando para as consequências de rejeitar a Sua autoridade.Explicação
46:1–12 O capítulo 46, um cântico que trata do Egito, inicia uma série de profecias sobre as nações gentias. Um exército é visto se preparando para a batalha, depois fazendo uma retirada apressada. O exército é do Egito, mas é composto principalmente de mercenários – etíopes, líbios e lídios. Sua derrota ocorreu em Carquemis em 605 a.C.46:13–19 Em seguida, o Egito é avisado para se preparar para a invasão e o exílio. Quando Nabucodonosor invadir a terra, os valentes soldados mercenários cairão uns contra os outros e decidirão voltar para casa. Faraó será apelidado de “som vazio”, ele é apenas tanto barulho. A presença dominante dos caldeus, como Tabor e Carmelo, significará cativeiro para os egípcios.
46:20–24 O inseto babilônico picará a linda novilha egípcia; seus mercenários, touros gordos e indisciplinados, recuarão em desordem. O som do Egito “fugindo do inimigo é como o farfalhar de uma serpente que escapa” (Bíblia Ampliada). Os invasores se aproximam com machados de batalha. Eles derrubaram os egípcios como se fossem uma floresta densa. Eles são... mais numerosos que um enxame de gafanhotos. O Egito está completamente desonrado.
46:25–28 O SENHOR punirá Amon de No (o deus sol da antiga Tebas), Faraó e Egito com seus deuses e seus reis. Mas depois eles serão habitados novamente. Israel também será restaurada em sua terra e desfrutará de sossego e tranquilidade.
Notas Adicionais:
46.2 Ano quarto: O primeiro ano de reinado de Nabucodonosor (605 a.C.). A batalha de Carquemis, neste ano, foi o grande acontecimento daquela época. Carquemis foi a última capital da Assíria. O Faraó Neco, (610 a 594 a.C., período de seu reinado) foi perseguido por Nabucodonosor até às fronteiras do Egito. Foi ele que marchou em ajuda à Assíria para conservar o balanço do poder, tendo sido interrompido no caminho pelo rei Josias, que assim causou sua derrota.
46.3 Preparai: lit. ponde em linha. Escudo: Pequeno e redondo, usado por tropas levemente armadas. Pavês: Um escudo que cobria o corpo inteiro, usado por tropas munidas de pesado armamento (2 Cr 9.15n).
46.4 Poli: A fim de remover a ferrugem e aguçar as lanças. Vesti-vos e preparai-vos para a batalha.
46.9 Valentes: As tropas mercenárias, que desde os dias de Psamético formavam a força principal dos exércitos egípcios. Pute: Somalilândia (Ez 30.5; Dn 11.43). Lídios: Os que viviam na fronteira ocidental do Egito.
46.11 Os egípcios eram conhecidos por sua habilidade na medicina. Ciro e Dario haviam mandado buscar médicos egípcios. Bálsamo: Vd 8.22n.
46.14 Migdol: Era a cidade de fronteira do nordeste do Egito. Mênfis... Tafnes, vd. notas em 2.16 e
43.7. Apresenta-te, isto é, põe-te em guarda para resistir ao invasor (2 Sm 23.12).
46.15 Touro: Alusão a Ápis, o boi dos egípcios (Sl 22.12b); os touros de Basã. Ápis era adorado em Mênfis, é os bois eram chamados de “poderosos”, assim como Jeová é chamado “o Poderoso de Israel”.
46.16 Voltemos: A vida luxuosa dos egípcios os debilitara, e os soldados alugados lutavam por eles. Quando a batalha se dava contra o Egito, os mercenários resolviam fugir para suas terras de origem.
46.17 Espalhafatoso: Em 25.31, “estrondo” é a mesmo palavra original. Também usada para indicar descanso luxuoso, desordem. “Descuidado” que fica, quieto numa época de caos. A palavra subentende vaidade, abandono, em suma, “boa vida”.
46.18 Tabor: A montanha acima das planícies, de Jezreel que se destacava na paisagem da área, assim como o Carmelo se elevava acima da costa marítima para sobressair na área ao seu derredor. O inimigo do Egito será uma grande força dominadora.
46.19 Bagagem: “Reúne os bens de tua casa, os vestidos e as provisões, tudo de quanto vieres a necessitar no exílio”.
46.20 Mutuca. Símbolo de Babilônia. Ela ferroava, forçando os egípcios a fugirem.
46.22 Serpente: Fazia parte importante da religião egípcia. “Kneph” era o nome da serpente que adoravam. A ênfase aqui recai sobre a fraqueza do Egito, como o sussurro de uma serpente em fuga.
46.25 Amom de Nô: Amom significa “oculto”, referindo-se aos movimentos invisíveis do vento. Associado com Rê, o deus-Sol; era adorado em Nô ou Tebas, capital do Alto Egito como Amom-Rê; deus supremo. Amom era também representado por uma cabeça de carneiro em corpo de homem.
46.28 Castigar-te-ei: Isso, juntamente com uma mensagem de consolo, frisa o alvo de Jeová, que era levá-los ao arrependimento e à mudança de conduta. Seu propósito era construtivo. • N. Hom. O cap. 46 mostra a inutilidade de uma nação que vive longe da comunhão com Deus, preparou-se para a guerra (2-4), tentar expandir sua influência (79), procurar seus ídolos nacionais, (15), dos seus líderes (17), e dos seus aliados (21). Cada cidadão deve abrir sua Bíblia e ver quais os males nacionais que pode ajudar a sanear pela fé, pela oração, pela ação.
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