Explicação de Jeremias 28

Jeremias 28

Jeremias 28 narra um confronto entre Jeremias e um falso profeta chamado Hananias. O capítulo descreve como Hananias profetiza que o jugo da Babilônia será quebrado dentro de dois anos, contradizendo a mensagem de Jeremias. Jeremias desafia a profecia de Hananias e adverte que os verdadeiros profetas são conhecidos pelo cumprimento das suas palavras. Deus então fala através de Jeremias, afirmando que a mensagem de Hananias é falsa e que ele morrerá naquele ano. O capítulo enfatiza a importância de discernir os verdadeiros profetas dos falsos. Jeremias 28 transmite uma mensagem sobre o perigo das mensagens enganosas e a necessidade de testar a autenticidade das afirmações proféticas. Salienta a credibilidade que advém da precisão profética e as consequências de enganar as pessoas com mensagens falsas.

Explicação

28:1–9 Hananias, filho de Azur, o profeta, faz a falsa predição de que o cativeiro babilônico terminará em dois anos. Jeremias responde que deseja que isso seja verdade, mas implica que a profecia não se cumprirá. Os verdadeiros profetas invariavelmente predisseram desastres; os falsos profetas predisseram a paz.

28:10–17 Hananias quebrou o jugo de madeira que estava no pescoço de Jeremias, e fez uma profecia mentirosa. Jeremias foi embora (v. 11). Kelly elogia o profeta por seu autocontrole:
O servo do Senhor não contenderá. O mesmo homem, Jeremias, que tinha sido como uma parede de bronze, que resistiu a reis, profetas e sacerdotes na cara, agora se recusa a contender com o profeta Hananias.

A razão de sua conduta é clara. Jeremias protestou e advertiu enquanto havia esperança de arrependimento ou quando a graça de longanimidade o exigia, mas onde não havia consciência em ação, onde havia uma falsa pretensão do nome do Senhor, ele simplesmente segue seu caminho. Ele deixa Deus para julgar entre profeta e profeta. Se Jeremias era verdadeiro, Hananias era falso.
(Kelly, Jeremiah, p. 67.)
Deus, porém, colocará um jugo de ferro sobre as nações para servirem a Nabucodonosor, rei de Babilônia. Hananias é denunciado como profeta mentiroso e informado de que morrerá naquele ano; ele morreu dois meses depois (cf. v. 1, o quinto mês, e v. 17, o sétimo mês ).

Notas Adicionais:

28.1 Isto aconteceu pouco depois da capítulo anterior, enquanto Jeremias ainda estava usando o jugo que Hananias haveria de quebrar a fim de dramatizar sua falsa profecia, v. 10. O povo de outras cidades continuava e deve ter levado para as suas vilas as duas profecias contraditórias. Hananias. Profeta do partido nacionalista, um daqueles que foram uma provação para Jeremias. Gibeom. Hoje se chama El Jib, cerca de 8 quilômetros a noroeste de Jerusalém. Uma das as cidades dos sacerdotes (Js 21.17).

28.3 A profecia não se cumpriu; ele morreu dois meses após ter feito tal predição.

28.4 Jeconias. Embora exilado, deve ter contado com um grupo leal a ele, pois só isso explicaria por que Hananias forjaria tal profecia perante o governador real.

28.6 O amor de Jeremias por Jerusalém era tal que ele pôde dizer “amém” à profecia de Hananias, embora a mesma contradissesse sua própria mensagem da parte do Senhor e seu cumprimento significava que Jeremias ficaria desacreditado como verdadeiro profeta. Quer dizer: “Oxalá a situação fosse assim. Este é o desejo de todos nós”.

28.3 As profecias de Hananias falavam sobre paz e bênção incondicionais; Jeremias apela para a tonalidade geral dos profetas passados, que falaram sobre guerras, males e pestilência, já que o comportamento do povo sempre trazia tais desgraças. O povo, conforme o conhecimento que tinha das escrituras, deveria entender que Jeremias tinha razão.

28.9 Jeremias estabelece o método de verificar a veracidade da mensagem dos profetas. Ele baseia seu caso na espera para ver o que sucederia. Nesse ínterim, o verdadeiro arrependimento, a prática da justiça, e o abandono à idolatria seríam o curso mais sábio a seguir (Dt 3.15).

28.11 Se foi Suas profecias baseavam-se a palavra de Jeová; suas provas de veracidade haviam sido apresentadas.

28.6 O amor de Jeremias por Jerusalém era tal que ele pôde dizer “amém” à profecia de Hananias, embora a mesma contradissesse sua própria mensagem da parte do Senhor e seu cumprimento significava que Jeremias ficaria desacreditado como verdadeiro profeta. Quer dizer: “oxalá a situação fosse assim. Este é o desejo de todos nós”.

28.8 As profecias de Hananias falavam sobre paz e bênção incondicionais; Jeremias apela para a tonalidade geral dos profetas passados, que falaram sobre guerras, males e pestilência, já que o comportamento do povo sempre trazia tais desgraças. O povo, conforme o conhecimento que tinha das escrituras, deveria entender que Jeremias tinha razão.

28.9 Jeremias estabelece o método de verificar a veracidade da mensagem dos profetas. Ele baseia seu caso na espera para ver o que sucederia. Nesse ínterim, o verdadeiro arrependimento, a prática da justiça, e o abandono à idolatria seriam o curso mais sábio a seguir (Dt 13.1-5).

28.11 Se foi. Suas profecias baseavam-se na palavra de Jeová; suas provas de veracidade haviam sido apresentadas. Agora o povo tinha de decidir-se, aceitando ou rejeitando a mensagem de Jeremias.

28.13 Canzis. Postos nos pescoços dos bois e segurados por tiras de couro.

28.14 O jugo de madeira, quebrado, exigia, reforço da outra profecia, a de Deus para demonstrar que um jugo de ferro tipificava melhor o cativeiro e sua duração. Vd. 27.6 Jeová havia dado ao Seu povo outra oportunidade para desviar-se da falsidade e abraçar a verdade, do paganismo para a adoração divina, mas poucas deram ouvidos à mensagem.

28.17 Sétimo mês. Dentro de mais dois meses, compare v. 1.

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