Explicação de Jeremias 33

Jeremias 33

Jeremias 33 continua o tema da restauração e da promessa de bênção de Deus. O capítulo começa com a garantia de Deus a Jeremias enquanto ele ainda estava preso. Deus promete curar e restaurar Jerusalém e Judá, trazendo de volta prosperidade, segurança e alegria. O capítulo enfatiza a futura restauração da dinastia davídica e do sacerdócio levítico. Fala também da renovação da relação do povo com Deus. O capítulo retrata a aliança eterna de Deus e Sua fidelidade às Suas promessas. Jeremias 33 transmite uma mensagem de esperança, enfatizando o poder de Deus para transformar e restaurar mesmo diante da destruição. Ressalta a certeza dos planos de Deus e do Seu compromisso com o bem-estar do Seu povo.

Explicação

33:1–16 Enquanto Jeremias ainda estava no pátio da prisão, o Senhor deu mais promessas brilhantes de restauração a Israel e Judá — a terra será repovoada com pessoas alegres; as montanhas serão enriquecidas com rebanhos; e, o melhor de tudo, o Messias, “Um Renovo de justiça” descendente de Davi, virá. Jerusalém... será chamada O SENHOR NOSSA JUSTIÇA. Jeová dá Seu nome ao Israel restaurado, assim como um homem faz com sua noiva e assim como Cristo faz com a igreja (1 Coríntios 12:12).

33:17–26 A promessa de Deus com respeito à perpetuação da dinastia davídica e do sacerdócio levítico seria tão inquebrável quanto a aliança de dia e noite de Deus. Algumas pessoas estavam acusando Deus de abandonar Suas duas casas – Israel e Judá, e assim desprezavam os judeus como sendo rejeitados, um não-povo. O Senhor responde que Sua aliança com Seu povo é tão fixa quanto as leis da natureza. Os descendentes de Davi seriam tão inumeráveis ​​quanto o exército do céu e a areia do mar.

Notas Adicionais:

33.1 O apóstolo Paulo também era embaixador em cadeias (Ef 6.20).

33.3 Ocultas. A raiz, no heb, é cortar ou aparar, isto é, isolar, tornar inacessível devido à altura ou às fortificações (Is 48.6). Coisas que estão além dos limites das forças humanas.

33.4 Trincheiras. Vd. notas em 32.24 e 6.6.

33.6 Saúde. Vd. nota em 30.17.

33.7 Princípio. Como nos tempos antigos, como nos dias anteriores (Is 1.26). Tempos do reino ainda não dividido, o firme estabelecimento de sua prosperidade civil por meio da segura posse e do desfrutar das coisas boas da terra.

33.8 Purificá-los-ei. Isso dará estabilidade e permanência à prosperidade (cf. Sl 127.1).

33.11 Rendei graças... bom. Uma forma litúrgica usada nos cultos do templo (1 Cr 16.34; 2 Cr 5.13; 7.3; Ed 3.11; Sl 106.1; 107.1; 118.1,29). Sorte. Vd. em 29.14n.

33.12 Morada, ou pastagens, incluindo os acampamentos (vd. Nm 35.2n).

33.13 Cone. As bênçãos do Senhor sobre a terra possibilitarão o pasto de rebanhos, como nos tempos antigos. Os pastores contavam seus rebanhos depois de conduzi-los ao pasto e depois que voltavam para o aprisco.

33.14-18 Mostra que os ofícios de rei e de sacerdotes serão restabelecidos.

33.15 Davi. A aliança com Davi (2 Sm 7.8-17). Promessas: 1) Te fará casa, isto é, família, posteridade. Vd. também Is 1.26; 2) Para sempre o trono do seu reino, autoridade real; 3) Reino, isto é, uma esfera de governo; 4) Para sempre perpetuidade; 5) Com uma condição: a desobediência resultará em castigo, mas não em ab-rogação da aliança (2 Sm 7.15,16; Sl 89.20-37; Is 24.5; 54.3). A aliança foi confirmada à Maria (Lc 1.31-33; At 2.29-32; 15.14-17) Vd. 33.20-26. Uma forte confirmação à aliança davídica.

33.16 Senhor, justiça Nossa. Comparar com 23.5, 6. Aqui o título se refere a Jerusalém e não somente ao Messias, que dá seu nome a ela, Ap 3.12. Vd. também Is 1.26.

33.18 Levitas. No futuro, serão cumpridas estas promessas a eles. 1) Gordura (31.14); 2) Haverá ofertas de ações de graças (33.11); 3) Nem faltarão levitas; 4) Holocaustos, queime oferta de manjares... todos os dias. Ofertas pelo pecado não são mencionadas, mas apenas ofertas de ações de graças. Ez 40-4 dá uma elaborada descrição do novo templo, Is 66.21, no tempo da restauração, fala sobre sacerdotes e levitas. Estão ligados à plena confirmação de Deus (20-26), semelhante a Davi.

33.22 Exército dos céus. Referência às estrelas, aos planetas, ao Sol e à lua. A promessa está sendo feita com as mesmas palavras que selaram a Aliança com Abraão (Gn 2.1718).

33.24 Este povo. Os duvidosos entre os cativos, que duvidaram da futura restauração. • N. Hom. Cap. 33 nos ensina que, mesmo no meio da destruição pronunciada contra o povo desobediente (4-5), o arrependimento e a invocação de Deus trará da parte de Senhor as bênçãos de sabedoria (3); saúde (6); segurança (6); restauração (7); purificação (8); júbilo (11). A garantia destas promessas amoráveis é a própria pessoa do Senhor Jesus Cristo, que nos justifica pela aliança eterna (14.26).

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