Explicação de Jeremias 8

Jeremias 8

Jeremias 8 continua a abordar a condição espiritual do povo e as consequências da sua rebelião. O capítulo fala da recusa do povo em voltar para Deus e da sua falta de compreensão. Ele usa a metáfora de uma colheita para descrever a sua devastação, destacando a gravidade dos seus pecados. O capítulo retrata os profetas e sacerdotes como infiéis, contribuindo para a queda espiritual do povo. Retrata o luto do povo pela sua ruína e pela destruição que trouxeram sobre si mesmos. Jeremias 8 transmite uma mensagem de tristeza e da importância de reconhecer a gravidade dos seus pecados. Serve como um lembrete da necessidade de arrependimento e de retorno aos caminhos de Deus.

Explicação

8:1–7 Os ossos daqueles que adoraram o exército estrelado do céu serão desenterrados pelos babilônios e expostos aos céus, e os vivos desejarão morrer. Diferente dos que caem e se levantam novamente, que pecam e se arrependem, Judá se recusou a voltar para Jeová. No que diz respeito à lei, o povo comparava-se desfavoravelmente com a cegonha, a rola, o andorinha e a andorinha, que são obedientes às leis de migração que lhes foram designadas.

8:8-12 As pessoas pensavam que eram sábias quanto à lei do Senhor, mas o escriba, o profeta e o sacerdote a interpretaram mal e a rejeitaram. Eles eram cobiçosos e enganadores, e lidavam com os problemas superficialmente. Por sua falta de vergonha, eles compartilhariam no próximo tempo de punição.

8:13–17 Deus os varrerá como uma videira ou figueira totalmente colhida. As pessoas estão resignadas a perecer na cidade. O exército babilônico avança como víboras que não podem ser encantadas.

8:18-22 O profeta de coração partido parece ouvir os judeus exilados perguntando: “Onde está Deus?” Deus responde perguntando por que eles O abandonaram por imagens e ídolos estrangeiros. Novamente as pessoas lamentam que a libertação pela qual eles esperavam nunca chegou. Jeremias chora inconsolavelmente sobre a situação aparentemente sem esperança do povo. O versículo 22 é a fonte de um bem conhecido espiritual, “Há um bálsamo em Gileade”:

Há um bálsamo em Gileade para curar os feridos;
Há um bálsamo em Gileade para curar a alma enferma do pecado.


Notas Adicionais:

8.1 Ossos. A pior desonra que podia ser atribuída aos mortos, justa retribuição por terem adorado ao Sol, à lua e às estrelas, que não têm o poder de salvar seus adoradores do opróbrio.

8.3 Os que restarem, sofrem mais do que os mortos desonrados.

8.5 Engano. Insinceridade para com Jeová. Falsos ensinos da idolatria, 14.14; 23.26.

8.7 Lista de aves migratórias da Palestina, conhecidas por sua pontualidade na partida e na chegada, em estações próprias. Judá, porém, não podia reconhecer que já passara o tempo de retomar a Jeová, por ignorância de leis morais e espirituais.

8.8 Lei (heb torah), lit. apontar, direção. A ideia é levar o aluno ao alvo. Escribas. Classe de homens que se devotavam ao estudo e ao desenvolvimento da lei, nesse caso, falsificando-a. Comp. Mt 23.13-24.

8.9 Os escribas sábios aos próprios olho que prediziam paz, serão envergonhados, pois então todos reconhecerão sua falta de sabedoria; pois não previram a calamidade que se avizinhava.

8.13 Uvas... figos. Nas Escrituras, Israel é frequentemente representada como uma vinha, uma figueira, ou uma oliveira, as três árvores que cada família tinha no quintal produzindo bebida, comida e óleo para combustível, remédio e fritura.

8.14 Venenosa. no heb rosh. Nome de uma erva que produzia um fruto ou extrato extremamente amargo (Lm 3.5, 19); fel, bílis, figura de algo muito amargo. Aqui, ao perecerem, reconhecem que a razão disso é que “pecamos”.

8.17 Encantamento. Continua sendo praticado no oriente. Essa espécie não pode ser encantada, visto que é julgamento de Deus, do qual ninguém pode se desviar.

8.19 Remota. O povo, no exílio, queixava-se amargamente de que Jeová Se esquecera deles.

8.20 Sega. Durava de abril a junho. Verão. O período da colheita dos frutos de verão, de junho até setembro. Se a sega falhava, o povo ainda podia esperar pela estação dos frutos; mas se os frutos também falhassem a fome se tornava inevitável.

8.21 Quebrantado. Mentalmente derrotado, prostrado pela tristeza.

8.22 Gileade. Serra ou região montanhosa ao oriente do rio Jordão, notável por seu bálsamo e seus médicos. Bálsamo. Resina da árvore Stirax, era usada medicinalmente e era um dos produtos de exportação da área. • N. Hom. O oitavo capítulo nos ensina que converter-nos e buscar a Deus é nossa culto racional, a única maneira de viver digna de um ser humano. É tão natural como um homem que tropeçou levantar-se, como um viajante se conservar perto da estrada, como um simples pássaro migrar segundo as estações, 1-7. É tão lógico que só um falso pastor, um teólogo inimigo da palavra de Deus (v. 8), poderia persuadir ao povo de que a paz com Deus se obtém superficialmente (v. 11), sem a plenitude da conversão.

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