Explicação de Jeremias 29

Jeremias 29

Jeremias 29 contém uma carta de Jeremias aos exilados na Babilônia. O capítulo começa dirigindo-se aos cativos e encorajando-os a se estabelecerem na Babilônia, construir casas e buscar o bem-estar da cidade. Fala do plano de Deus para a sua restauração após setenta anos. O capítulo adverte contra falsos profetas e falsas esperanças e incentiva o povo a buscar a Deus de todo o coração. Assegura-lhes que Deus será encontrado por aqueles que O buscam. Jeremias 29 transmite uma mensagem de esperança e direção para os exilados na Babilônia. Enfatiza a importância de se adaptarem às suas circunstâncias, permanecendo fiéis ao plano de Deus. Também sublinha a importância de procurar a orientação de Deus e confiar nas Suas promessas.

Explicação

29:1–9 Esta é a carta que Jeremias enviou aos cativos na Babilônia, aconselhando-os a se prepararem para uma longa estadia, advertindo-os contra ouvir os falsos profetas e adivinhos.

29:10–14 O SENHOR promete que o cativeiro na Babilônia terminará em setenta anos e que o povo retornará à terra. O versículo 13 é um encorajamento para todos os que têm buscado o Senhor, às vezes sem sucesso aparente:

A Palavra de Deus para Seu povo nos dias de Jeremias ainda é Sua palavra segura para os homens que pecaram e perderam contato com o Infinito. Nenhum gesto superficial de interesse pode obter o rico tesouro que é mais valioso do que todo o ouro. Ele está sempre disponível. Seu desejo é que todos os homens possam olhar para Ele e viver. Seus braços estão sempre abertos em um convite amoroso a qualquer um que se volte para Ele. É igualmente verdade, no entanto, que uma busca diligente é necessária. Aquele que se torna consciente de sua necessidade, sente o dom satisfatório de Deus e se propõe a encontrá-lo, pode ter certeza da vitória se buscar com todo o coração. Limpeza, paz, alegria, vitória serão suas nas mãos de um Deus amoroso que se deleita em receber Seus filhos em casa.
(Yates, Preaching, pp. 146, 147.)

29:15–32 Ao contrário do que os falsos profetas ... na Babilônia estavam dizendo, o rei e o povo que permanecera em Jerusalém sofreria pela espada, pela fome e pela peste porque se recusaram a ouvir as palavras de Deus. A condenação é pronunciada sobre dois profetas mentirosos, Acabe, filho de Colaías, e Zedequias, filho de Maaséias, e sobre outro chamado Semaías, o neelamita, que escreveu cartas repreendendo o sacerdote em Jerusalém por não cumprir seu dever ao lançar Jeremias... na prisão. O sacerdote Sofonias leu a carta a Jeremias. Este então profetizou que a família de Semaías seria destruída e ele não viveria para ver o fim do cativeiro.

Notas Adicionais:

29.1 Cativeiro. A primeira leva 597 a.C., vd. 2 Rs 24.10-16. O restante do povo foi levado cativo dez anos mais tarde em 587 a.C. (2 Rs 25.1-7).

29.2 Rainha-mãe. Neústa, 13.18.

29.3 Safã... Hilquias. Seus pais foram os homens que encontraram as escrituras no templo (2 Rs 22.10), Safã era irmão de Aicã (26.24) que tomou o lado de Jeremias nas questões políticas.

29.5-7 Deus queria que Seu povo fosse uma parte útil e necessária da comunidade onde se encontrava. Orai. Um ministério espiritual que beneficiaria os seus captores na expectativa de voltarem.

29.5 Uma amostra da presença da verdadeira religião entre o povo também se vê no progresso de todos. Deus quer acrescentar todas as coisas desejáveis àqueles que buscam em primeiro lugar o Seu reino e a Sua justiça, e quer que Seus crentes sejam amorosos ao ponto de construí-las em benefício de todos os seus vizinhos.

29.10 Cumprirem para a Babilônia. Refere-se à duração do império 605-539 a.C., e só secundariamente à duração do cativeiro, que terminou pouco depois do fim do domínio mundial da Babilônia. Os setenta anos de Israel, sendo nação religiosa; se contam para a época quando não existia templo, 587-516 a.C.

29.13 Uma chave da religião é reconhecer que Deus se revela na nossa vida somente quando estamos prontos a Lhe entregar tudo o que somos e que temos.

29.14 Sorte. Para restaurar as circunstâncias. A raiz dessa palavra é um dos vocábulos usados para o cativeiro, pois deriva da palavra que significa levar, liderar, expulsar, ou transportar para o cativeiro. Essa frase é coerentemente traduzida nesta versão por ”mudar a sorte”. Exílio, no heb galah, desnudar em sentido mau, pois os exilados eram usualmente despojados de suas riquezas. O objetivo de Deus com o cativeiro era construtivo, para levar ao arrependimento e à santificação uma nação restaurada.

29.15-20 A presença do templo e do rei governador em Jerusalém encorajavam o povo dando uma base para os falsos profetas dizerem que o cativeiro seria breve, pelo que Jeremias profetizou sua dispersão.

29.15 O versículo 21 mostra o que Jeová faria com os falsos profetas na Babilônia; que estavam iludindo o povo, e que criam em suas próprias profecias sobre o breve cativeiro. É a situação que Ezequiel enfrentou até à destruição de Jerusalém com o templo (Ez caps. 4, 5 e 7-10).

29.17 Figos ruins. Derivado da raiz heb que quer dizer horrível ou bravio, ou seja, ofensivos ou vis. Abomináveis, horrorosos. Ruins. Algo estragado física ou moralmente.; Compare 24.1-10.

29.18 Assim como as maravilhas que Deus realizara por Israel foram comentadas pelas nações, assim aqui o povo que rejeitou estas bênçãos se tornava alvo de zombaria por parte das nações.

29.21, 22 Colaías. Maldição, no heb, Celalah. assou, no heb, calah. Um jogo de palavras consciente, conforme o estilo típico de Jeremias.

29.23 Loucuras. A palavra heb mostra um estado mental ou uma ação, assinalados por desconsideração total pelos sentimentos morais ou espirituais. Atos grosseiros. de imoralidade (Gn 34.7; 2 Sm 13.12).

29.25 Sofonias. O sumo sacerdote em exercício era favorável a Jeremias, e mostrou a carta de Semaías a Jeremias, o que provocou a sua resposta (Pasur, 21.1).

29.26 Fanático. No heb, delirar por desequilíbrio mental, estar louco ou fingir loucura. É a mesma palavra que aparece nas referências nos livros de Reis e Oseias. Quer passar por profeta. Fazer tal papel agindo de maneira excitada, como um dervixe a bracejar freneticamente. Nota: Os capítulos 30 a 33, neste ponto, assinalam uma mudança de entonação na mensagem de Jeremias, que até agora fora inteiramente melancólica, o que contribui para seu apelido popular de “profeta chorão”. Esta seção, porém, contempla a futura restauração do povo de Deus.

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