Explicação de Jeremias 34

Jeremias 34

Jeremias 34 aborda a questão da escravidão e da quebra da aliança do povo com Deus. O capítulo descreve como o rei Zedequias faz uma aliança para libertar todos os escravos hebreus, mas depois descumpre sua promessa. Jeremias é enviado por Deus para proclamar julgamento sobre o rei e a cidade por violarem a aliança. O capítulo fala das consequências da desobediência e da ira de Deus. Alerta sobre a destruição da cidade e o cativeiro que se seguirá. Jeremias 34 transmite uma mensagem sobre a seriedade de manter a palavra e a importância de defender os convênios. Salienta as consequências da desobediência e a realidade do julgamento de Deus sobre a infidelidade.

Explicação

34:1–7 Enquanto os babilônios estavam sitiando Jerusalém, Jeremias recebeu ordem de dizer ao rei Zedequias que ele seria levado para o exílio e morreria na Babilônia, embora não pela espada.

34:8–22 Certa vez, durante a luta, o rei Zedequias fez o povo concordar em libertar todos os escravos judeus, talvez para que ajudassem a defender a cidade. Mais tarde, quando o inimigo se retirou por um tempo sob pressão do exército egípcio (37:1-10), o povo colocou todos os escravos de volta à escravidão novamente! Assim, eles profanaram o nome de Deus quebrando uma promessa feita diante dele. Deus, portanto, decretou que eles experimentariam a “liberdade” da espada,... pestilência e fome. Aqueles que ratificaram a aliança para libertar os escravos (v. 15) sacrificando um bezerro na área do templo, e depois quebraram a aliança, seriam entregues aos seus inimigos para serem mortos. Zedequias e seus príncipes seriam levados cativos. Os babilônios voltariam e queimariam a cidade com fogo.

Notas Adicionais:

34.1 Todos os povos. Quase todo o mundo é conhecido pelos orientais.

34.4 Zedequias. Morreu na prisão; na Babilônia, depois que seus olhos foram arrancados por Nabucodonosor, em Ribla, no sul da Síria, ao norte da Palestina (39.7; 52, 8-11; 2 Rs 25.5- 7).

34.5 Fala sobre as cerimônias honoríficas nas quais eram queimadas especiarias, como parte do sepultamento de reis falecidos.

34.7 Laquis. Atualmente Tel-el-Hesy, cerca de 37 quilômetros a sudoeste de Jerusalém. A destruição violenta desta cidade relata-se em inscrições babilônicas daquela época. Azeca. Provavelmente cerca de 24 quilômetros a sudoeste de Jerusalém (Js 10.11; 15.35; 1 Sm 17.1; Ne 11.30).

34.8, 9 Lei da libertação de escravos (Êx 21.2. O escravo hebreu do sexo masculino deveria ser solto após seis anos de serviço; Dt 15.12 estende a lei a mulheres hebreias escravas). Apregoar a liberdade. Expressão usada para se referir à libertação de escravos no ano de jubileu (Lv 25.10). Libertar os escravos hebreus provavelmente era plano do rei. O resultado foi que o exército babilônico se afastou para defrontar-se com o aliado de Judá, que se aproximava, o exército do Faraó. Porém, quando o perigo do cerco foi aliviado, os possuidores de escravos renunciaram seu voto solene e incorreram na ira de Jeová contra eles.

34.11 Se arrependeram. O pecador se arrepende de fazer o bem.

34.16 Profanastes. Renegaram seu solene voto feito a Jeová no templo, profanando, assim, o Seu nome. Deixados à vontade. Lit. segundo sua alma. Ao escravo era dado pela lei o direito de escolher entre ser libertado ou permanecer como escravo do senhor, no fim do tempo prescrito de seis anos de serviço, quando a própria lei ordenava a sua libertação.

34.17 A retirada da graça de Deus nos deixaria nas mãos do Maligno.

34.18 Passando... porções. Uma cerimônia que ratificava simbolicamente o acordo em torno de um pacto. As partes contratantes passavam entre os pedaços divididos do animal invocando, sobre si mesmo, uma sorte semelhante, se deixassem de cumprir as condições estipuladas. A frase sobre a leitura da aliança é, lit., “cortar um pacto”, o que, possivelmente, se refere ao costume acima. Gn 15.8-17 é a aliança mais notável deste tipo. • N Hom. O cap. 34 nos mostra que até a sorte dos reis depende da sua obediência à vontade de Deus (1-5), e que esta vontade deve, em geral, imperar nas leis cívicas da nação, 8-11; a chave da compaixão humana é o amor que o próprio Deus mostra para com pessoas fracas e escravizado, 12-22. Nos capítulos 35-36 regressamos ao reinado de Jeoaquim. Cronologicamente, seguem-se ao capítulo 26.

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