Explicação de Jeremias 21

Jeremias 21

Jeremias 21 aborda o pedido de ajuda do rei Zedequias e a resposta de Deus à situação desesperadora de Judá. O capítulo começa com Zedequias enviando mensageiros a Jeremias, buscando sua intercessão junto a Deus. Jeremias transmite a mensagem de Deus de que, apesar do seu apelo, Deus não intervirá em seu favor devido à sua persistente desobediência. O capítulo fala do julgamento de Deus e das consequências das ações do povo. Alerta sobre a iminente destruição e cativeiro que lhes acontecerá. Jeremias 21 transmite uma mensagem sobre as graves consequências do pecado impenitente e a importância da obediência genuína. Sublinha a realidade de que as consequências são o resultado de escolhas feitas, mesmo face a pedidos desesperados de ajuda.

Explicação

21:1-7 Quando o rei Zedequias enviou... Pasur (não o mesmo que no cap. 20) e Sofonias (não o profeta) para consultar o Senhor sobre os babilônios que se aproximavam, Jeremias enviou de volta a palavra de que o Senhor ajudaria os invasores contra Judá. O rei e as pessoas que sobrevivessem seriam levados em cativeiro. Sobre essa ação tomada contra o rei, Kelly comenta:
A realeza sempre foi o último ramo de bênção na história de Israel. Se ao menos o rei estivesse certo, embora o povo e os profetas estivessem tão errados, Deus ainda enviaria bênçãos a Israel. Tudo dependia do rei, a semente de Davi. Deus pode ter castigado os profetas e sacerdotes e o povo, mas Ele os teria mantido por amor de Seu servo Davi. Mas quando não apenas eles se desviaram, mas o próprio rei era o líder da maldade, era totalmente impossível segurá-los, e era a triste tarefa de Jeremias pronunciar essa decisão divina.
(Kelly, Jeremiah, p. 47.)
21:8–14 Aqueles que resistissem pereceriam; aqueles que se rendessem aos babilônios (caldeus) viveriam. A casa real foi avisada para cessar sua injustiça e opressão. O povo de Jerusalém, os habitantes do vale, são avisados ​​de sua destruição. Os termos “habitante do vale e rocha da planície” são provavelmente termos de escárnio ou escárnio; não parecem ser descrições literais de Jerusalém.

Notas Adicionais:

21.1 Zedequias. Nos capítulos 21 e 22, Jeová dirigiu uma mensagem à pessoa do rei de Judá. Anunciou ao rei que ele pusera à sua frente o caminho da vida e o caminho da morte (21.8). O caminho da vida era a obediência (22.3) e traria bênçãos. Zedequias reinou em 597-587 a.C., preferiu o caminho da morte; que lhe causou a rejeição de sua família como dinastia de descendentes e herdeiros do trono de Davi (22.24-30). Pasur, filho de Malquias, Deve ser distinguido do Pasur anterior, filho de Imer (20.1). Cerca de vinte anos se haviam passado entre estes capítulos e o anterior.

21.2 Zedequias é como a maioria dos homens: usa a religião apenas quando está em situação cujos recursos humanos não são suficientes para obter-se uma solução favorável do problema que enfrenta; quando não, permite até que os fiéis sejam perseguidos. Guerreia. Quando o cerco apenas tivera início, Zefanias foi executado em Ribla, por Nabucodonosor (52.24-27).

21.6 Pestilência. Praga, peste, coisa letal, que causa a morte. Consequência natural do fato da cidade ser muito populosa, quando o povo e os soldados encheram a cidade cercada. A situação se descreve em 2 Rs 6.24-30; 7.3-4.

21.7 Poupará. “Cobrir”, Isto é, ter compaixão, compadecer-se, usar de misericórdia, condoer-se. Compadecerá... misericórdia. Todas as três palavras são semelhantes em seu significado, assim reforçando a desesperadora situação de Jerusalém, que fora abandonada por Jeová, ainda que no passado tivesse sido favorecida com amoroso e especial cuidado.

21.8 Essa escolha de uma forma eterna e final, se, nos confronta quando ouvimos o evangelho de Jesus Cristo, Jo 3.18.

21.9 Vida... despojo. Algo arrebatado apressadamente e levado para longe. “A tua vida te será como despojo” um grande prêmio (38.2; 39.18). A única maneira de escapar era submeter-se ao instrumento do juízo de Deus. Esse conselho, aparentemente antipatriótico, posteriormente provocou o aprisionamento e encarceramento de Jeremias, e sua vida ficou em perigo (37.13-16).

21.10 Ezequiel, nessa época, estava pregando a mesma coisa na Babilônia (Ez 7.22).

21.12 Julgai pela manhã. Tempo de fazer negócios, quando rei pessoalmente julgava casos na porta da cidade (2 Sm 15.2-4).

21.13 Moradora. O gênero denotada personificação da comunidade. Vale... rocha, Jerusalém. Moradas. Palavra para indicar o local habitado por um leão na floresta, ou seja, um lugar seguro. Isso era sinal que o povo havia sido enganado pela segurança que se sentia em Jerusalém.

21.14 A cidade-rainha, Jerusalém, é apresentada como uma floresta (vd. sobre Israel, Is 9.18) que foi destruída por súbito incêndio.

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