Explicação de Jeremias 22

Jeremias 22

Jeremias 22 contém mensagens de repreensão e advertências para os reis de Judá. O capítulo começa abordando Jeoiaquim, filho do rei Josias, criticando sua ganância, opressão e falha em cuidar do povo. Fala das consequências que cairão sobre ele e seus descendentes devido à sua maldade. O capítulo também aborda Joaquim, outro rei de Judá, e fala de seu cativeiro na Babilônia. Ele enfatiza a importância da justiça e da retidão na liderança. Jeremias 22 transmite uma mensagem da responsabilidade dos líderes de governar com justiça e cuidar do seu povo. Alerta contra o egoísmo e a corrupção e destaca as consequências da infidelidade.

Explicação

22:1-9 O capítulo 22 trata dos últimos quatro reis de Judá, embora não em ordem cronológica. A ordem histórica era: Jeoacaz, Jeoiaquim, Joaquim e Zedequias; em outras palavras, o último rei é o primeiro e o resto está em ordem.

Zedequias, o primeiro rei, é advertido a dispensar justiça e retidão; caso contrário, Judá, embora magnífico como Gileade e Líbano, será despojado e despovoado. O aviso é reforçado pela história de três reis que tiveram fins sombrios.

22:10–12 Salum, o segundo rei, também chamado Jeoacaz, era filho de Josias. Ele foi levado cativo para o Egito e lá morreu sem ver mais sua terra natal.

22:13–19 Jeoiaquim, o terceiro rei, construiu seu palácio com trabalho não remunerado, não seguiu o exemplo de seu pai (Josias) e, portanto, seria arrastado... de... Jerusalém, para morrer sem lamentação. Ele seria enterrado com o enterro de um jumento, ou seja, lançado em uma vala.

22:20-23 A população é instruída a ir até o Líbano e Basã e lamentar o esmagamento de seus amantes (aliados estrangeiros) e pastores (governantes) por Nabucodonosor. Eles mesmos gemerão com as dores de parto do cativeiro.

22:24–30 Conias (também chamado Jeconias e Joachin), o quarto rei, seria levado cativo pelos babilônios e morreria na Babilônia. Nenhum de seus descendentes jamais se sentaria no trono de Davi. Nenhuma descendência de Jeconias o sucedeu no trono. Seu substituto, Zedequias, o último rei de Judá, era seu tio. Charles Dyer comenta:
Essa profecia também ajuda a explicar as genealogias de Cristo em Mateus 1 e Lucas 3. Mateus apresentou a linha legal de Cristo por meio de seu padrasto, José. No entanto, a linhagem de José veio através de Salatiel, que era filho de Joaquim (Jeconias, Mat. 1:12; cf. 1 Crônicas 3:17). Se Cristo fosse um descendente físico de José e não nascido de uma virgem, Ele teria sido desqualificado como Rei de Israel. Lucas apresentou a linhagem física de Cristo através de Maria, que descendia de Davi através da linhagem de seu filho Natã (Lucas 3:31). Dessa forma, Cristo não estava sob a “maldição” de Joaquim.
(Charles H. Dyer, “Jeremiah,” em Bible Knowledge Commentary, I:1158.)
Notas Adicionais:

22.1 Desce. Do monte do templo, localizado no topo do monte Sião, para o palácio.

22.5 Juro. Vd. Hb 6.13, uma expressão semelhante a “como vivo, diz Jeová”.

22.6 Gileade... Líbano. Regiões conhecidas por suas excelentes florestas.

22.7 Cedros escolhidos. Simbolizavam os chefes de estado. Designarei. Lit. consagrarei Babilônia como instrumento de punição judicial.

22.10 Morto. Josias foi morto pela faraó Neco, na batalha de Megido, em 609 a.C. (2 Rs 23.29), Aquele que sai. Jeoacaz sucedeu a seu pai Josias; mas depois de um reinado de três meses, em 609 a.C., foi levado cativo pelo faraó Neco para o Egito, onde faleceu (2 Rs 23.32-35). O sentido desse versículo é que melhor é morrer no campo de batalha do que no cativeiro.

22.11 Salum ou Jeoacaz (vd. 1 Cr 3.15). Esse talvez tenha sido seu nome antes de tornar-se rei. Tanto este rei como Jeoaquim (chamado Jeconias no v. 24) constam aqui com seu nome primitivo, e não com o nome dado ao subir ao trono que ambos ocuparam por apenas alguns meses.

22.13 Refere-se a Jeoaquim, 609 a 597 a.C., cujo luxo egoísta e opressivo e contrastado com o governo reto de seu pai, Josias. Ele expandiu e embelezou o seu palácio com trabalho forçado, não remunerado.

22.14 Aposentos. Um quarto sobre o telhado plano com janelas protegidas com gelosias as quais permitiam livre circulação do ar, tornando o local um lugar isolado e fresco (Jz 3.20; 2 Rs 1.2). É a competição por causa do cedro mencionado no v. 15.

22.16 Julgou. Aqui tem o sentido de obter justiça para os injustiçados que não tinham influência para se defenderem.

22.18 Nem seus familiares nem seus súditos haveriam de lamentar sua morte (vd. 34.5; 1 Rs 13.30).

22.20 Abarim. As “regiões do outro lado”, uma cadeia de montanhas a leste do mar Morto, incluindo Nebo, de onde Moisés contemplou a Terra Prometida (Dt 34.1). Amantes. Vossos aliados (4.30), ou os deuses falsos.

22.22 Apascentará. Deixará sem pastos, tirar-lhes-á seu poderio. O vento aqui é a violência da guerra.

22.23 Ninho nos cedros. Muito da cidade de Jerusalém fora construído com os cedros do Líbano, pelo que a referência aqui é a falsa segurança de Jerusalém.

22.24 Jeconias. No texto heb, “Coniah” que quer dizer “Deus me estabelece”: este é Seu nome na vida civil, cf. 1 Cr 3.16. Seu nome como rei era Jeoaquim. Reinou durante três meses e foi levado cativo para Babilônia, juntamente com a nata da nação (2 Rs 25.2730).

22.26 Mãe. Neústa (2 Rs 4.8).

22.28 Quebrado. Uma” figurinha de terra cota que fora partida. 22.30 Não tivera filhos. Em 1 Cr 3.17, parece que teve filhos, pois Sealtiel (Mt 1.12) é declarado como seu filho. Sealtiel realmente descendia de Davi por meio de Natã (Lc 3.27-31), e não por meio da linhagem dos reis anteriores, Salomão, Reoboão, etc. Assim sendo, era um herdeiro legal, ainda que não descendente natural. Seus filhos não subiram ao trono.

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