Explicação de Jeremias 26

Jeremias 26

Jeremias 26 relata um incidente em que a vida de Jeremias está ameaçada devido à sua mensagem profética. O capítulo descreve como Jeremias entrega uma mensagem no templo, alertando sobre o julgamento de Deus contra Jerusalém e o próprio templo se o povo não se arrepender. A mensagem irrita os sacerdotes, os profetas e o povo, que exigem a morte de Jeremias. No entanto, algumas autoridades o defendem, citando o exemplo da profecia de Miquéias. O capítulo enfatiza a tensão entre a verdadeira profecia e a oposição do establishment religioso. Jeremias 26 transmite uma mensagem sobre a disposição do profeta em falar a verdade, mesmo diante do perigo, e o contraste entre a mensagem de Deus e os interesses egoístas de alguns líderes religiosos. Salienta a importância de permanecer fiel à Palavra de Deus apesar da oposição.

Explicação

26:1–11 Jeremias é instruído a ficar no pátio do templo, advertindo o povo de que, se não se arrependerem, o Senhor abandonará o templo como fez com Siló. (Observe que as promessas condicionais de Deus estão sujeitas ao perdão da parte de Deus se o homem não cumprir as condições [v. 3]. Deus nunca pode ceder em relação às Suas promessas incondicionais.) Os sacerdotes e os falsos profetas e o povo ficaram furiosos e ameaçados. o profeta.

26:12–19 Sem medo, Jeremias repete sua mensagem. Então os príncipes e todo o povo o defendem, e os anciãos lembram à multidão que Miquéias havia profetizado ousadamente nos dias de um bom rei e não havia sido morto.

26:20–24 Esses versículos podem ser um argumento apresentado pela oposição ou podem ser simplesmente o registro do fato de que Jeoiaquim ordenou a execução de um profeta chamado Urias que profetizou as mesmas coisas que Jeremias. No entanto, Aikam, filho de Safã, prevalece para libertar Jeremias da morte.

Notas Adicionais:

26.2 Átrio. O átrio exterior, lugar onde o povo podia reunir-se. Todas as cidades. O povo dessas cidades reunia-se no átrio, e assim podiam levar a mensagem de volta para as cidades.

26.6 Siló. Vd. nota em 7.1-15. A comparação com Siló é a desolação tornou-se o motivo do aprisionamento de Jeremias (9).

26.8 A pregação fiel da palavra de Deus sempre desperta atitudes firmes, sejam favoráveis ou contrárias.

26.9 Ajuntou-se. Isto é, constituíram-se em assembleia legal.

26.10 Príncipes. Oficiais de justiça escolhidos dentre os cabeças do povo. Não eram membros da família real, mas semelhantes aos mencionados no cap. 36. Porta Nova. Provavelmente o portão que dava acesso ao átrio superior (interno) edificado por Jotão, cerca de um século antes. Possivelmente o mesmo que em 20.2.

26.11 Sacerdotes... profetas. É provável que a maioria dos profetas também fosse de sacerdotes.

26.12-15 A defesa pessoal de Jeremias é que Deus lhe dera a mensagem a pregar, e que o povo deveria abandonar os caminhos do mal, pois, se abandonasse o mal; Deus alteraria seus planos de destruição; mas, se o matasse, o julgamento contra ele incluiria seu sangue inocente. Estaria lutando contra Deus e não somente contra Jeremias (cf. Gamaliel, em At 5.39).

26.13 Esta é a soma do ensinamento dado em 18.7-11.

26.16 Os príncipe não encontraram motivos justos para Jeremias ser executado.

26.17-19 Anciãos. Não um grupo de oficiais eleitos, mas um grupo de homens, cuja idade e conselho eram respeitados devido à sua grande experiência. Apelaram para Mq 3.12, e ligaram as reformas de Ezequias à pregação de Miqueias, embora as escrituras não houvessem feito previamente essa ligação.

26.18 Morastita. Habitante de uma pequena aldeia perto de Gate, cerca de 37 quilômetros a sudoeste de Jerusalém. É a única citação nominal e literal da mensagem de outro profeta em todas as escrituras proféticas.

26.20 Quiriate-Jearim. É, modernamente, Karyet el Inab, na estrada de Jafa, cerca de 12 quilômetros a noroeste de Jerusalém.

26.23 A primeira perseguição de um profeta por um rei de Judá se verificou três séculos antes (2 Cr 16.7-10).

26.24 Aicão. Pai de Gedalias, governante da província judaica, nomeado pelos babilônios (586 a 581 a.C.), e também amigo de Jeremias (39.14; 40.5, 6). Aicão foi um dos mensageiros enviados por Josias para perguntar à profetiza Hulda sobre o que fazer, depois que foi descoberto o rolo de Deuteronômio em 621 a.C. (2 Rs 22.3, 12). • N. Hom. O capítulo 26 mostra que o ser humano anda tão rebelde contra Deus, que qualquer mensagem que os profetas falam por Sua inspiração é rejeitada, se não fica de acordo com os desejos carnais dos homens, 7-9; 20-24. Felizmente, sempre há uma minoria que respeita mais à palavra de Deus do que à palavra dos homens, como aconteceu no caso destes príncipes, 12-19.

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