Explicação de Jeremias 35

Jeremias 35

Jeremias 35 narra a história dos recabitas como exemplo de obediência. O capítulo descreve como Deus ordena a Jeremias que leve os recabitas ao templo e lhes ofereça vinho para beber. No entanto, eles recusam, citando a ordem de seu ancestral Jonadabe de se abster de vinho. Deus usa a obediência deles como um contraste com a desobediência de Judá aos Seus mandamentos. O capítulo fala da admiração de Deus pela fidelidade dos recabitas e a contrasta com a infidelidade e idolatria de Judá. Jeremias 35 transmite uma mensagem da importância da obediência e fidelidade aos mandamentos de Deus. Salienta o contraste entre aqueles que acatam as instruções de Deus e aqueles que se rebelam contra elas, usando os recabitas como exemplo de fidelidade.

Explicação

35:1–11 Jeremias obedeceu ao Senhor, convidando os recabitas para a casa do Senhor e oferecendo-lhes vinho para beber. Os recabitas recusaram-se cortesmente a beber por causa das instruções que seu pai lhes dera. Além disso, eles se recusaram a construir uma casa, semear, plantar um vinhedo ou possuir vinhedos. (Foram forçados a viver em Jerusalém pelo avanço dos caldeus.) Eles mantinham um verdadeiro caráter peregrino. Que exemplo!

35:12–19 Em marcante contraste estava o povo de Judá. Eles eram desobedientes a Deus e seriam punidos. Os recabitas seriam recompensados ​​por sempre terem um homem para estar diante de Deus. Os recabitas receberam o nome de Recabe, cujo filho Jonadabe foi ativo em ajudar Jeú na expulsão do culto a Baal no Reino do Norte em 841 a.C. Eles eram uma tribo nômade descendente dos queneus (1 Crônicas 2:55) que se apegaram a Judá e continuaram a estar associados a eles, mas não se identificavam com seu modo de vida (Notas Diárias da União das Escrituras).

Alguns pensam que os recabitas foram absorvidos pela tribo de Levi e que é assim que a promessa de Deus se cumpre. Embora não possamos identificar os recabitas hoje, acreditamos que sua identidade se tornará conhecida no Milênio.

Notas Adicionais:

35.2 Recabitas. Vd. 2 Sm 4.2. Eram descendentes de Hobabe, cunhado de Moisés. Eram queneus, não eram adoradores de ídolos, mas foram com Israel para Canaã. Estabeleceram-se no sul de Judá, perto do deserto de Cades. Eram nômades (Jz 1.16; Sm 15.6; 27.10). Câmaras. Arranjadas em torno dos átrios do templo, como despensas; parcialmente como residências para sacerdotes (1 Cr 9.27; Ez 40.17; Ne 10.37-39).

35.4 Homem de Deus, refere-se a Hanã como “profeta” (1 Rs 12.22). Maaseias. Provavelmente pai de Sofonias (21.1; 29.25; 37.3), o qual é mencionado como o segundo sacerdote, em 52.24. Guarda do vestíbulo. Havia três oficiais, um para cada portão do templo: Só eram menos importantes que o sumo sacerdote e seu representante (52.24). Estavam encarregados de cuidar do dinheiro destinado à restauração do templo (2 Rs 12.9).

35.6-10 Vd. 2 Rs 10.15-28. Os recabitas afirmavam que a vida fácil em Canaã impedia a pureza de adoração a Jeová. Portanto, voltaram ao modo de vida no deserto, vivendo em tendas, sendo pastores, e abstendo-se do vinho por motivos simbólicos (não por convicções religiosas). O uso que Jeremias fez deles como uma ilustração, tinha a intenção de mostrar como alguns homens são mais fiéis às doutrinas humanas do que Israel o era aos mandamentos de Jeová.

35.6 Jonadabe... nosso pai. Usada no mesmo sentido que os discípulos dos profetas eram chamados de “filhos dos profetas”.

35.11 Siros. Eram, os arameus que, após a rebelião de Jeoaquim contra Nabucodonosor, invadiram Judá para tornar desolada a nação (2 Rs 24.2; Jz 10.6; Gn 25.20).

35.13 Vai. Essas palavras seguintes não foram proferidas nas câmaras, mas provavelmente, em um dos átrios do templo, perante o povo reunido.

35.14 Até ao dia de hoje, ou 300 anos ininterruptos de fidelidade aos ensinos de Jonadabe. Este gozava de alta estima desde os tempos de Jeú, em 841 a.C. • N. Hom. O cap. 5 ensina-nos a fé combinada com a obediência, que formam a soma chamada “fidelidade”. Preceitos humanos, porém com intentos de uma adoração mais pura de Deus, seguiram-se à risca durante muitos séculos, 6-11. A família dos recabitas viu nisto sua razão de ser. Muito mais, pois, o povo de Deus, fundamentado sobre as alianças de Deus, especialmente a nova aliança firmada na pessoa de Jesus Cristo (cf. 1 Co 11.25) deve refletir a natureza e a vontade de Cristo em toda a sua doutrina, suas atitudes e suas ações (comp. 13-17, com Jo 14.15; 15.10).

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