Explicação de Jeremias 48

Jeremias 48

48.1 Moabe: O rico planalto a leste do mar Morto. Nebo. Aqui se refere à cidade, e não a montanha (Nm 33.47, Dt 34.1). Quiriataim: Provavelmente “Kureyat”, 16 quilômetros ao norte do mar Morto. Fortaleza: Um “alto refúgio”, um “forte alto”.

48:1-6 O Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel, também pronuncia Seu julgamento sobre Moabe (Jr 48:1; Is 15:1-9Is 16:1-14). O Deus de Israel também é o Deus de todas as nações (Rm 3:29). Moabe é filho de Ló, a quem, depois de embriagado por sua filha, gerou incesto com sua filha (Gn 19:37). Seus descendentes sempre foram inimigos do povo de Deus. O nome de Moabe ocorre mais de 30 vezes neste capítulo.

Esta profecia sobre Moabe é mais longa do que qualquer outra profecia em Jeremias 46-49. A extensão deve-se em parte ao grande número de designações geográficas mencionadas. É a mais completa de todas as profecias do Antigo Testamento sobre Moabe (Deu 23:3; Sl 60:8, 83:6-7, 108:9; Isa 15:1-9, 16:1-14, 25:10-12; Jer 9:25; 25:21; 27:3; Eze 25:8-11; Amo 2:1-3; Ze 2:8-11).

Moabe é um retrato do mundo em sua preguiça e orgulho. É o mundo que busca o prazer e foge dos problemas. Aqueles que buscam facilidade são rápidos em se gabar do que têm. Mas o amor à facilidade sempre leva à pobreza. Há destruição, vergonha e consternação. As cidades que são seu orgulho são tomadas. Moabe fica a leste de Judá, do outro lado do Mar Morto. Eles têm muitas cidades. Nebo e Quiriataim primeiro pertenciam à tribo de Rúben (Nm 32:37-38; Jos 13:19), mas foram conquistados por Moabe. Essas cidades serão tomadas e destruídas pelo inimigo.

Acabou com a glória de Moabe (Jr 48:2). Tudo o que o homem se vangloria em sua facilidade será anulado. Toda a glória do homem é excluída. A única glória que resta é gloriar-se no Senhor.

Hesbom também pertencia à tribo de Rúben (Nm 32:37). Naquela cidade, planejam-se planos para exterminar Moabe. Outra cidade, Madmen, recebe a mensagem de que será destruída e que os que dela fugirem serão perseguidos pela espada.

De Horonaim, outra cidade, ouve-se o som de um clamor (Jr 48:3). Lá o inimigo já fez seu trabalho devastador e fala-se de uma grande destruição. Moabe foi mergulhado no desastre (Jr 48:4). Seus filhos pequenos e indefesos também são vítimas. Eles gritam. O choro apaixonado das crianças que sofrem violência é uma agonia para a audição de quem ainda tem algum sentimento natural. Isso também significa que a terra não tem esperança de recuperação.

Anda-se pelas ruas atordoado e chorando constantemente (Jr 48:5). Há quem suba, até Luhith. Outros descem, para Horonaim. Na descida, os gritos de angústia de Horonaim encontram os refugiados. Horonaim já está destruído (Jr 48:3). Nenhum refúgio seguro será encontrado lá.

Eles clamam uns aos outros para fugir e salvar sua vida (Jr 48:6). Deixe-os deixar todos os seus pertences para trás e viver como um zimbro no deserto. É apenas uma questão de sobrevivência. Sua condição aqui é comparada a um zimbro no deserto, uma imagem de devastação e desolação.

48.2 Hesbom: Uma antiga e famosa cidade moabita, certa de 21 quilômetros a leste do extremo superior do mar Morto; capital de Seom dos amorreus, denominada assim por causa do rei Seom. Depois de ter caído por sorte a Rúben, caiu nas mãos dos moabitas (Js 13.17; Is 15.4). Madmém: Moabe.

48.5 Luíte: Ficava numa colina. Horonaim: Ficava em um vale.

48.6 Arbusto: Heb Aroer, quer dizer “toco morto”, que é também a nome de uma cidade de Moabe (v. 19).

48.7 Camos: Era o objeto da adoração nacional de Moabe (Nm 21.29; 1 Rs 11.7). Na qualidade de deus desta, era impotente para impedir seu próprio cativeiro e o cativeiro de seus adoradores.

48.8 Vale: Como em Js 13.11, 27; provavelmente a larga depressão em que se transforma o vale do Jordão ao aproximar-se do mar Morto. Campina. O planalto com cerca de 800 metros acima do mar Mediterrâneo, onde se assediava a maioria das cidades moabitas (Dt 3.10; Js 13.9).

48.11 Mocidade de Moabe: Datava do tempo da conquista dos emins aborígenes pelos moabitas (Dt 2.10). Frequentemente estavam em guerra, mas nunca haviam sido expulsos de sua pátria original, que ficava ao sul do rio Arnom.

48.12 Trasfegarão: Um processo efetuado lenta e cuidadosamente para se proteger as jarras de barro e remover-se o vinho claro que deixava o sedimento no vaso original. No caso de Moabe, nenhum cuidado semelhante seria tomado, mas Moabe seria tratada violentamente.

48.15 Pouco depois da queda de Jerusalém, Nabucodonosor invadiu a Moabe, talvez na expedição punitiva causada pela rebelião de Ismael (39.14n), e a nação nunca voltou a existir; só existiam indivíduos conhecidos como moabitas (Ed 9.1; Ne 13.1,23).

48.17 Cajado formoso: É figura de força e autoridade. A glória nacional e o poder sobre outros (Sl 110.2; Is 14.29; Ez 19.11, 12, 14).

48.18 Dibom: Ficava sobre colinas, cerca de 6 quilômetros ao norte do Arnom, e 23 quilômetros a leste do mar Morto. Atualmente é uma ruína espantosa e sem qualquer coisa notável.

48.19 Aroer: Seis quilômetros a suleste de Dibom, cerca de 500 metros abaixo do rio Arnom.

48.25 Eliminado, lit. “o chifre de Moabe foi serrado”. O chifre era um dos símbolos de poder. O braço é sua influência internacional.

48.28 Boca do abismo: Quer dizer apenas “nos declives dos penhascos”.

48.29, 30 O orgulho é a forma mais severa de resistência diante de Deus, uma vez que consiste na adoração do eu.

48.31 Quir-Heres: Is 16.7. É a atual Kerak, 29 quilômetros ao sul do Arnom e 13 quilômetros a leste do mar Morto; uma poderosa fortaleza numa colina muito inclinada rodeada por ravinas.

48.33 Júbilo: Vd. nota sobre Eia! em 25.30. No hebraico, a palavra é a mesma. Assim sendo, o “Eia”! não era apenas dos pisadores de uvas, mas era também um grito de guerra.

48.34 Eleale: Menos de 2 quilômetros ao norte de Hesbom. Ninrim, provavelmente é a moderna “Wadi Numeirah”, no extremo suleste do mar Morto. Assolação: As fontes de água seriam cortadas (2 Rs 3.25).

48.36 Flautas geme: Eram usadas nos funerais pelo que é um símbolo de lamentação.

48.37 Todas essas coisas são símbolos de lamentação. Vd. 16.6n.

48.40 Águia: Representa o adversário, isto é, Babilônia ou Nabucodonosor (Ez 17.1-17).

48.42 Destruído: Nabucodonosor subjugou a Moabe (605 a 562 a.C.), mas continuou existindo como raça até o primeiro século d.C., ainda que a existência como nação tanto para Moabe como para Amom, parecia haver cessado muito antes do tempo de Cristo.

48.45 Hesbom. Refugiar-se aí era inútil visto que seria um dos primeiros lugares a cair (2). Seom. Outro dos nomes de Hesbom (vd. nota em 48.2; Nm 21.26; Dt 2.26). Nesse tempo era controlado pelos amonitas (49.3).

48.47 Mudarei a sorte, vd. 29.14n. Últimos dias: Nos tempos messiânicos (23.20), Moabe será restaurada. Os sinais de sua restauração são evidentes, atualmente.

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