Explicação de Jeremias 49

Jeremias 49

Jeremias 49 profetiza sobre os julgamentos que cairão sobre várias nações vizinhas, incluindo Amon, Edom, Damasco, Quedar e Elam. O capítulo contém advertências sobre destruição e desolação iminentes devido aos seus pecados e ofensas contra Deus. As profecias em Jeremias 49 servem como um lembrete da soberania de Deus e do Seu julgamento sobre as nações que se afastam dos Seus caminhos.

Explicação

Os amonitas tomaram posse do território de Rúben e Gade depois que essas tribos foram para o cativeiro. Eles serão punidos por seu orgulho e auto-suficiência, mas a nação não será exterminada.

49:7–22 Edom se orgulhava de sua sabedoria e de sua posição inexpugnável (nas fendas da rocha), mas Deus decretou que ficará sem habitantes. Williams comenta: “A primeira parte do versículo 12 se aplica a Israel; a segunda parte para Edom. Se os filhos de Deus devem ser punidos pelo pecado, quanto mais aqueles que não são Seus filhos!” (Williams, Student’s Commentary, p. 563.) Nenhuma promessa de restauração é feita para Edom.

49:23–27 Damasco (Síria) está destinada à destruição; os seus jovens cairão nas suas ruas, todos os seus soldados serão destruídos, e Damasco será queimada. O versículo 25 pode ser as palavras de um cidadão dentro da citação do Senhor, ao invés de ditas por Ele mesmo, como o “M” maiúsculo da NKJV indicaria.

49:28, 29 O povo nômade de Quedar (os árabes) será derrotado pelos babilônios.

49:30–33 A desprotegida Hazor será invadida por Nabucodonosor, terá seus tesouros roubados e ficará desolada.

49:34–39 Os elamitas (persas) serão espalhados por toda a terra, mas o Senhor os trará de volta nos últimos dias. Deus estabelecerá Seu trono em Elão no sentido de que Ele governará ali em julgamento.

Notas Adicionais:

49.1 Milcom: Nome do deus nacional dos amonitas; “Moloque”, “Milcom” “Melcarte” e ”Malcau” são todos o equivalente do hebraico “Meleque”, o qual quer dizer “Rei” (1 Rs 11.5; 2 Rs 23.13).

49.2 Rabi, atualmente “Amam”, sua capital, no rio Jaboque, cerca de 22 quilômetros a nordeste de Hesbom, capital da Jordânia. Em 1900, era uma pequena vila; em 1960 com 200.000 habitante.

49.3 Ai: Uma cidade amonita a leste do Jordão, mencionada apenas aqui. Não é a cidade de Ai mencionada em Js 7 e 8. Cingi-vos de cilício. Outro meio de lamentar-se ou de mostrar-se arrependimento (48.36, 37; 16.6).

49.4 Luxuriantes vales: Uma larga planície aberta, a 850 metros acima do nível da mar. Era cercada de colinas por três lados, e Rabá foi edificada nessa planície.

49.6 Sorte: Vd. 29.14 e 48.7. Essa nação tem sido restaurada e sua capital fica no reino, em Amam.

49.7 Temã: Um distrito ao norte de Edom (Jó 2.11; Ez 25.13; Am 1.12). Modernamente, Tawilan, 5 quilômetros a leste de Selá (Petra).

49.8 Dedã: Vizinhos de Edom no sudeste, a cujos moradores foi ordenado fugirem, se é que desejavam escapar da mesma sorte de Edom (Is 21.13).

49.10 Esaú: Refere-se a Edom (Gn 25.30). Ladrões noturnos e colhedores de uvas, usualmente deixam coisa para trás, mas o Senhor destruiria Edom totalmente. Seus irmãos: Eles sé haviam misturado com os amalequitas por meio do casamento (Gn 36.12), e também com os horeus (Gn 36.20ss), e os sidônios (1 Cr 4.42).

49.12 Se Israel, sendo escolhida e privilegiada, tinha de sofrer a punição, então Edom não tinha possibilidade de escapar ao juízo, por causa de suas iniquidades. Do ponto de vista de Jeová, o castigo de Jerusalém era uma “obra estranha” (Is 28.21).

49.13 Essa área continua desolada até hoje. Bozra. Uma cidade ao norte de Edom, atualmente Busaireh, cerca de 32 quilômetros a sudeste do mar Morto (Is 34.6; 63.1; Am 1.12; Jr 48.24). Era grande cidade-fortaleza.

49.14-22 Os pecados de Edom contra outros povos foram apontados pelo profeta Amos, dois séculos antes, Am 1.11-12. Acrescenta-se a isto o golpe traiçoeiro desferido contra Jerusalém depois da sua destruição pelos caldeus em 587 a.C. (Sl 137.7; Lm 4.21,22; Ez 25.12-14; 35.15; Jl 3.19), quando tiraram vantagem da queda daquela nação vizinha.

49.16 Alturas: Uma alusão à topografia física de Edom. Petra, sua capital, ficava num anfiteatro de montanhas, acessível somente através de uma estreito garganta serpenteante, chamada Sik.

49.18 Suas... vizinhas: Admá e Zeboim foram destruídas juntamente com Sodoma e Gomorra (Gn 14.2, 8, 19.28; Vd. também Jr 20.16n).

49.19 Rebanho: Mesma palavra que malhada, em 25:30; vd. nota. Pastores: Vd. 10.21n. Quem me pedirá contas? É a mesma expressão encontrada em Jó 9.19.

49.20 Moradas: Mesma palavra que rebanho, no v. 19. Arrastados: É a figura de cães ou feras agarrando e arrastando as ovelhas mais incapazes (15.3).

49.23 Damasco: Capital da Síria, usada para referir-se à nação como, um todo. Hamate, 176 quilômetros ao norte de Damasco. Fica no rio Orontes. Arpade. Cento e cinquenta de dois quilômetros ao norte de Hamate (2 Rs 18.34; 19.13; Is 10.9). Cambaleiam, ou ”derretem-se”, como em Am 9.5, 13; Na 1.5; ou como “esmorecem”, cf. Êx 15.15.

49.27 Ben-Hadade: Era o nome de diversos reis da Síria, e significa “filho de Hadade” (2 Cr 16.2n).

49.28 Quedar: Uma rica” tribo pastoral (Is 60.7), famosa por seus arqueiros (Is 21.17). Viviam em vilas (Is 42.11), no deserto a leste e a sudeste da Palestina (Is 21.16, 17; Jr 2.10), sendo frequentemente mencionados nas inscrições assírias. Hazor, ou ”estabelecimentos em vilas”, provavelmente é um substantivo coletivo, que se refere a tribos árabes, que viviam em estabelecimentos ou vilas fixas. Não eram nômades como outros árabes.

49.31 Babilônios: Entre 599 e 598 a.C., Nabucodonosor liderou uma bem sucedida expedição contra as tribos árabes do deserto, a leste da Síria-Palestina. Tais tribos não tinham fortalezas, e não podiam escapar do ataque em massa da Babilônia. Isto foi antes da queda de Jerusalém, mas depois destas profecias, que pertencem ao período ativo de Jeremias.

49.34 Elão: A leste da Babilônia e do rio Tigre. A média ficava ao norte e a Pérsia ficava a leste. Foram espalhados entre as nações por causa da ajuda que prestaram a Nabucodonosor. Alguns deles ouviam o evangelho em seu idioma no dia de Pentecostes. Em cerca, de 640 a.C., Elão foi subjugada por Assurbanípal, No fim do exílio, era uma província quando os judeus regressaram do exílio. Os elamitas procuraram impedir a reconstrução de Jerusalém (Ed 4.9). Estavam extintos pelo século XI de nossa era. Atualmente fazem parte da Pérsia sob o nome de Cuzistão. Foi-lhes prometida a restauração nos “últimos dias”.

49.38 Meu trono: A soberania de Deus seria revelada, como poder supremo naquela nação. Comp. Dn 4.17; 5.17-31 (e notas).

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