Explicação de Jeremias 18
Jeremias 18
Jeremias 18 usa a metáfora do oleiro e do barro para ilustrar o relacionamento de Deus com Seu povo. O capítulo descreve Deus como o oleiro que molda o destino de Seu povo com base em suas ações. Enfatiza a possibilidade de arrependimento e a disposição de Deus de ceder ao julgamento se o povo se afastar dos seus maus caminhos. O capítulo também fala das consequências da rebelião obstinada. Jeremias 18 transmite uma mensagem da soberania de Deus e da importância de responder ao Seu chamado ao arrependimento. Ressalta a ideia de que os indivíduos têm a capacidade de moldar os seus próprios destinos através das suas escolhas, e que Deus deseja a reconciliação em vez do julgamento.Explicação
18:1–12 O Senhor é o oleiro; Judá (aqui chamado de Israel) é o vaso. A deterioração do navio não foi culpa de Deus, mas de Israel. O barro está nas mãos de Deus para fazer com ele o que Ele deseja – julgamento ou bênção. Deus ameaça o desastre se o povo não se arrepender, mas a resposta deles é que eles andarão de acordo com seus próprios planos.18:13–17 O SENHOR declara o comportamento deles como sem paralelo e antinatural. Por sua idolatria, eles convidam à destruição que surpreenderá aqueles que virem a terra assolada. A RSV provavelmente dá o sentido do versículo 14: “A neve do Líbano deixa os penhascos do Sirion? As águas da montanha secam, a corrente fria que flui?” Você poderia depender dessas coisas na natureza, mas Deus não poderia depender de Seu povo! “Embora a neve não abandone o Líbano, Israel se esqueceu da fonte de água viva da qual a água da vida flui para ele.”18:18 Ouvindo isso, o povo de Jerusalém elabora planos contra Jeremias, expressa fé contínua em seus próprios sacerdotes e profetas, e trama para atacá-lo por calúnias.
(C. F. Keil, “Jeremiah,” em Biblical Commentary on the Old Testament, XIX:300.)
18:19–23 Jeremias lamenta ter pedido a Deus que os poupasse. Tal oração dificilmente é adequada para crentes nesta era de graça.
Notas Adicionais:
18.2 Oleiro. Provavelmente no vale de Hinom, ao sul de Jerusalém, com acesso ao vale e aos poços de Siloé. Incluía o campo para guardar e amassar a argila, o forno e o monturo municipal. Chamado campo do oleiro (Zc 11.13; Mt 27.10).
18.3 Rodas. No heb “sobre duas pedras (circulares)”, onde a inferior era girada com os pés a superior (no mesmo eixo) suportava a argila.
18.6 Uma forte assertiva do absoluto poder e direito de Jeová em governar os seres que Ele criou e as nações que Ele chama à existência (Is 45.9; Rm 9.20, 21).
18.8 Me arrependerei do mal. “Arrepender-se” neste sentido quer dizer apenas “desviar-se”, “voltar atrás”, e a palavra “mal” quer dizer “desgraça” e “punição”.
18.10 As bênçãos ou maldições de Jeová não são arbitrárias, mas dependem da atenção e da obediência a ele dispensadas.
18.11 Deus deixa bem claro que, prefere abençoar, informando-os sobre seus planos com antecedência. Vd. a série de referências nas margens.
18.12 Vd. 2.5. Os oradores não estavam desanimados com seu estado e futuro mas preferiam silenciar o pregador que os perturbava. Essa linguagem dos judeus assinala que estavam no último estágio de maldade e endurecimento. Dureza. Vd. 7.24.
18.14 Líbano ou Síriom. A palavra fenícia para designar o monte, Hermom cujo cume estava perpetuamente coberto de neve. Suas fontes jamais secam; contrastavam com a inconstância de Israel.
18.15 Ídolos. Uma palavra diferente da que aparece em 14.22. Aqui o termo heb significa aquilo que é irreal, isto é, material ou moralmente sem substância e sem base. Falsidade, absurdo, vaidade.
18.16 Meneará. Num gesto de zombaria ou ridicularização.
18.17 Vento. Vd. 4.11. Um vento, que queima, sufocante e destruidor, capaz de iniciar subitamente e com grande violência, vindo do deserto, da banda do oriente ou do sudeste.
18.18 Sacerdote... sábio... profeta. Não podiam conceber o dia em que o estado chegaria ao fim, quando os líderes religiosos não seriam capazes de cumprir seus vários deveres, que formariam a soma da instrução moral e cívica do país (Ez 7.26). Língua, calúnia ou acusação séria, como a acusação de traição, contra Jeremias. • N. Hom. O sábado (1927), é a festa religiosa semanal relembrando que tudo o que somos e o que temos é dado somente por Deus, o Criador, Observa-se pelo descanso das atividades diárias, como tempo, de refrigério espiritual e mental, um dom de Deus concedido aos homens, Êx 16.29; Mc 2.27. O domingo dos crentes aponta para a nova Criação, eterna e gloriosa, garantida pela ressurreição de Jesus.
18.21 Poder da espada, lit., “derrama-os nas mãos da espada”.
18.22 Clamor como aquele quando uma cidade é entregue ao saque.
18.23 Derribados, lit., “feitos tropeçar”. • N. Hom. O décimo oitavo capítulo revela a soberania de Deus sobre a história humana, assim como o oleiro determina que tipo de vaso vai fabricar, devolvendo-o à forma de matéria-prima bruta se não fica à altura, da intenção do criador, 1-9. Há, porém, no caso do homem, a possibilidade do arrependimento, 11. Se o homem não se converter, então fica mais afastado do intenção do Criador, do que qualquer coisa, em toda a natureza, 13-17.
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